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Eclipse do Sol: 3 de Novembro de 2013 (eclipse híbrido)

Fig. 1 Imagem do eclipse do Sol em 22 de Setembro de 2006. O eclipse de 3 de Novembro terá este aspecto como visto nas regiões nortes e nordeste do Brasil. (Foto: A. Xavier, Canon PowerShot A300, ISO 100, 1/200 segundos com filtro.) Conforme anunciado aqui anteriormente,   o eclipse parcial da Lua deverá ser seguido por um eclipse total do Sol que, em sua totalidade, não será visível no Brasil. Porém, em uma extensa faixa de dimensões continentais sobre Brasil (Fig. 3), o eclipse poderá ser visto como um eclipse parcial . Isso significa que a Lua irá cobrir apenas parcialmente o Sol, em média 20% da superfície do disco solar. Na regiões mais setentrionais do Brasil, o obscurecimento chegará a 40%. Há uma característica interessante desse que será o último eclipse de 2013: é que ele se trata de um eclipse híbrido . Segundo a ref. 1: Esse será um dos raros eclipses híbridos anular/total nos quais algumas seções da trajetória são anulares, enquanto que outras são totais....

Fotometria lunar no eclipse penumbral de 18 de Outubro de 2013

Imagem da Lua no eclipse penumbral de 19 de Outubro de 2013. À esquerda, ela se encontra eclipsada. P ouco antes da data que marcou o último eclipse da Lua , foi interessante ler na internet alguns astrônomos amadores se queixarem de que este eclipse não valia a pena ser observado. Certamente, o efeito do obscurecimento do limbo lunar com a entrada da Lua na 'penumbra' da Terra não é dos fenômenos mais marcantes para se observar no céu, e o efeito teria passado desapercebido da maioria não tivesse ele sido anunciado previamente por várias fontes. Acontece que a astronomia empírica é feita de fenômenos pouco notáveis. Então, aqui, resolvemos analisar o perfil da curva de luz lunar para 'ressaltar' o efeito e estudá-lo com mais detalhe. Embora seja aparente o obscurecimento como visto na Fig. 1, vamos tornar essa diferença 'explícita' por meio de análise da imagem. Talvez, a abordagem que usamos aqui possa ser usada em outros eclipses, ou sua aplicação s...

Eclipse penumbral: 18 de Outubro de 2013

Fig. 1 Sequência de imagens da lua mostrando a evolução de um eclipse penumbral. Imagem: Observatório de Hong Kong . Veja aqui os resultados de uma análise fotométrica deste eclipse. Um eclipse penumbral ocorre quando a Lua entra a área da penumbra da Terra. A penumbra é a região da sombra que não está completamente obscurecida pelos raios do Sol. A diferença de brilho que se observa na penumbra se deve à diferença de tamanho entre o Sol e a Terra. Então, esse tipo de eclipse faz com que a lua apareça apenas levemente escurecida (como visto desde a Terra, Fig. 1) e sua impressão é bem menos dramática do que em um eclipse total da Lua. Portanto, não espere grande coisa.  O anoitecer do dia 18 de Outubro de 2013 será marcado por um eclipse penumbral que poderá ser visto na Europa, Oeste da Ásia, África, Leste da América do Norte e Leste da América do Sul (o que inclui o Brasil).  Não haverá obscurecimento total, nem avermelhamento da Lua. ...

Cometas em 2013: notícias do ISON (C/2012 S1)

Fig. 1 Imagem do cometa C/2012 S1 (Ison) obtida pelo telescópio espacial Hubble em Abril de 2013. Este cometa irá decepcionar as primeiras previsões de 'o cometa do século'.  Se desgraças nunca mandam notícia antes ou, dizendo em um sentido positivo, se uma coisa muito boa nunca é anunciada cedo demais, essa mesma ideia pode ser estendida aos cometas. Porque, dificilmente, grandes cometas - isto é cometas que são vistos à vista desarmada facilmente por serem muito brilhantes - cumprirão o que, frequentemente, é prognosticado para eles. Por outro lado, cometas brilhantes recentemente não foram anunciados dessa forma, somos como que 'colhidos de surpresa' pela aproximação de um astro que dificilmente revela facilmente os seus segredos. Na verdade, o mais comum é a decepção futura ao se assumir que um cometa, só porque foi descoberto muito tempo antes de seu periélio e teve sua posição cuidadosamente determinada como favorável,  irá de fato realizar o grande ...

Cometas em 2013: C/2012 V2 (LINEAR)

Imagem do cometa C/2012 V2 tirada por D. Peach em 1 de Setembro de 2013. Descoberto no dia 5 de novembro de 2012 por instrumentos do projeto Lincoln Laboratory Near-Earth Asteroid Research (LINEAR) este é, em setembro de 2013, o cometa mais brilhante visível. Isso ainda é mais importante pelo fato de ser observável de forma ótima desde o hemisfério sul. O C/2012 V2 atingiu o periélio em 16 de agosto de 2013 e, agora, lentamente reduz seu brilho. Para observá-lo ainda em setembro/2013 é necessário acordar cedo, antes do nascer do sol. Um bom horário é por volta das 05:00 da manhã, procurando, com um binóculo, por uma nebulosidade nas constelações de Hydra/Pyxis. Esse mesmo horizonte oriental será palco de vários cometas ainda em 2013. Para quem pretende treinar a localização de cometas, o C/2012 V2 é um bom teste de acuidade visual. Posição de C/2012 V2 antes do nascer do sol em Setembro de 2013. A estrela mais próxima da posição do cometa vista um pouco abaixo dele...

Cometas em 2013: novo cometa descoberto por Terry Lovejoy (C/2013 R1)

Imagem do dia 10/9 mostrando o cometa e a presença de um traço de um satélite. Crédito Michael Jaeger. O prolífico descobridor de cometas Terry Lovejoy (da Austrália) anunciou no último dia 9 de Setembro (2013) a descoberta de um novo cometa que recebeu a designação C/2013 R1 (Lovejoy). Para a descoberta, ele usou um telescópio refletor de 20 cm de diâmetro do tipo Schmidt-Cassegrain. O astro se localizava na constelação de Monoceros e brilhava a magnitude 14.5. Outras observações mostraram este novo cometa com uma pequena condensação (coma). Para observá-lo visualmente em Setembro e Outubro é necessário telescópios maiores, porém, ele será visível como um cometa de magnitude 8.0, ou seja, facilmente observável por binóculos no final do mês de Novembro de 2013 . Nessa época (final do mês), o cometa Lovejoy irá passar a aproximadamente 60 milhões de quilômetros da Terra.  Coincidentemente, Novembro será provavelmente o mês para um verdadeiro encontro de cometas n...

Nova Delphini 2013

Fig. 1 Posição da nova na constelação do Delfim, visível com binóculos. Clique no mapa para amplicar. O astrônomo Japones Koichi Itagaka de Yamagata no Japão descobriu uma 'nova estrela' na constelação do Delfim (Fig. 1) no dia 14 de Agosto último. Para isso, ele usou um telescópio refletor de 7 polegadas e uma câmera CCD. Essa estrela recebeu a designação temporária PNVJ20233073+2046041.  Horas mais tarde, ela foi confirmada como um objeto 'novo' que brilhava a mag. 6,8 quase que visível à vista desarmada. Um dia antes da descoberta, nada era visível até a mag. 13 na posição assinalada pelo descobridor. Com esse brilho, a nova estrela pode ser facilmente fotografada com equipamento comum, usando-se exposições curtas de até 30 segundos.  Fig. 2 Mapa feito como Stellarium por Bob King mostrando a aparência da nova estrela em um campo e 2 graus. Os número indicam valores de magnitude (sem a separação decimal).  A aposta é que esse novo objeto continuar...