Podemos calcular, portanto, que a observação telescópica nas condições mais favoráveis será um disco - equivalente, em superfície, a 16 luas cheias. O número de detalhes observáveis, então, com um tal aumento será teoricamente imenso. Para o astrônomo, entretanto, ver "tudo o que se pode ver" sobre a superfície de Marte, serão necessárias observações persistentes, noite após noite, no fim das quais seus olhos tornar-se-ão cada vez mais espertos, até que, por fim seja fácil distinguir pormenores superficiais completamente invisíveis no começo. (R. R. de Freitas Mourão, "O Enigma Marciano"). Ronaldo Rogério de Freitas Mourão (1935-2014) foi um conhecido astrônomo brasileiro e diretor do Observatório Nacional. Dotado de uma cultura imensa, ele escreveu dezenas de obras relacionando a Astronomia com inúmeros outros temas. Já escrevemos aqui , na ocasião de seu falecimento, uma descrição de sua bibliografia. Em nossa biblioteca particular encontramos um livro antigo...
Dedicado aos aspectos práticos da astronomia amadora, bem como ao seu ensino e história.