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Mostrando postagens de 2018

Almanaque astronômico brasileiro 2019

Capa do ALMA 2019 com homenagem ao eclipse de Sobral de 1919. O "Almanaque Astronômico Brasileiro 2019" (ALMA 2019), produzido pela CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais) já está disponível para download.  Organizado por Antônio Rosa Campos, essa obra pode ser baixada GRATUITAMENTE no link: Almanaque Astronômico Brasileiro 2019 Da "apresentação" (item III) da obra, reproduzimos o parágrafo: Chega-se então ao marco de 16 anos de edições contínuas, quando em 2003 foi lançada a sua primeira edição, trazendo sempre como escopo a disseminação da Ciência Astronômica em seu aspecto simples. Assim, continuam inseridos os fenômenos que ocorrerão na abóbada celeste, sendo que neste ano foram introduzidas algumas sugestões por parte dos integrantes da Turma Apus (3ª turma do GREC - Grupo de Reconhecimento e Estudos do Céu) que conta com associados recém-ingressos no CEAMIG e que buscam elevar seus conhecimentos sobre a esfera celeste.    ...

Cometas em 2018: 38P/Stephan-Oterma

Imagem do 38P/Stephan-Oterma por Roland Fichtl de 10 de setembro de 2018. O objeto 38P/Stephan-Oterma é um cometa periódico (dai a designação "P"), que se aproxima do interior do sistema solar a cada 38 anos. Descoberto por J. E. Coggia em 1867.Esse astrônomo confundiu o cometa com uma nebulosa e coube a E. J. M Stephan notar que a pequena mancha observada era, de fato um cometa. Esse astro permaneceu perdido até que o astrônomo Finlandês L. Oterma o redescrobrisse em 1942. Dai o seu nome. Considerado um "cometa obscuro" [1], sua visita em 2018 será favorável em proximidade e o posição em relação à Terra, com máximo de brilho (mag. 6.7) no final de novembro de 2018. Isso porque, segundo [1], essa será uma das melhores aproximações desse cometa no século 21.  Chegará a distância de 0.77 UA da Terra em 15 de dezembro de 2018, mas seu maior brilho se dará em novembro (seu periélio é em 10 de novembro). Sua próxima melhor aproximação será de 0.7 UA em novem...

Cometas em 2018: 46P/Wirtanen (o grande cometa de 2018)

Imagem do cometa Wirtanen tirada em 1997 por T. Credner, K. Jockers, T. Bonev no observatório Pik Terskol, no Cáucaso. Sem qualquer dúvida, o 46P "Wirtanen" será o grande cometa de 2018. Por causa da geometria de posição de sua órbita em relação à Terra, ele é um dos dez cometas que mais terão se aproximado da Terra nos últimos séculos . Será melhor observado a partir da terceira semana de novembro de 2018 . O que faz um grande cometa do ponto de vista do observador na Terra? Certamente seu tamanho, entretanto, a posição em relação à Terra, ponto de máxima aproximação e ângulo de fase com o sol são fatores muito relevantes. Tais condições serão obedecidas pelo 46/P Wirtanen . O cometa 46P foi descoberto em 1948 por Carl Wirtanen no observatório de Lick nos Estados Unidos. Diversas passagens afélicas (pontos mais afastado do sol) foram marcadas por grande proximidade com o planeta Júpiter, o que perturbou seu período orbital. Ao longo do tempo, seu esse período dimi...

Cometas em 2018: C/2016 M1 (PANSTARRS)

Imagem do C/2016 M1 tirada por J. Chambó desde o Novo México em 24/4/2018. C om passagem periélica na data deste post, o C/2016 M1 é um objeto com posição no céu que favorece o hemisfério sul. Não atingirá brilho melhor que mag. 9.0, entretanto, poderá ser visto confortavelmente por observadores do Brasil como um objeto elevado no céu por volta das 19:00. Descoberto em janeiro de 2016 pelo telescópio Pan-STARRS 1 (Haleakala), em agosto de 2018 esse cometa estará localizado na região Norma-Centaurus.  Esse cometa será melhor visto desde um lugar bem escuro, fora do período de lua cheia e por meio de um binóculo. Para encontrá-lo, o mapa da Ref. 1 poderá ser usado. A menor distância da Terra desse objeto foi em 25 de junho último. A referência de posição são as estrelas Alfa e Beta do Centauro. Mapa da posição em agosto de 2018 do cometa C/2016 M1 (Ref. 1) indicando sua posição na região Norma-Centaurus, no hemisfério austral.  O diagrama da órbita do C/20...

Cometas em 2018: C/2017 S3 (PANSTARRS)

Imagem do C/2017 S3 de 2/7/2018 tirada por M. Jäger na Áustria.  A rede de notícias em torno do cometa C/2017 S3 (PANSTARRS) descreve esse cometa como "extraordinário", um das muitas versões de "Nibiru" e simplesmente como um dos grandes cometas de 2018. Será mesmo? Todo esse furor é por conta de um "outburst" ocorrido no início de julho (uma espécie de aumento repentino de brilho). Descoberto em setembro de 2017 com magnitude 21, esse cometa terá seu periélio em 15 de agosto. Espera-se que ele atinja magnitude 4.0 ou 3.0, o que o tornaria visível à vista desarmada, mas envolvido no fulgor do Sol.  Sua posição no céu não favorece, entretanto, observadores do hemisfério sul. No caso do Brasil, observadores nas regiões mais setentrionais serão favorecidos. Um bom mapa para a observação do "cometa verde" como foi chamado, para Agosto de 2018, pode ser visto abaixo (a versão completa está na Ref. 1).  Mapa da posição do "c...

Um eclipse e um planeta em oposição (memorável noite de 27 de julho de 2018)

"Eclipse Lunar" por Scott Kahn.  Lua e marte em Capricórnio brindam o início de uma nova noite pintados de vermelho. Brasil é o melhor país das Américas para se apreciar o evento. O eclipse da lua de 2018, em 27 de julho, será acompanhado bem de perto por marte, o planeta vermelho em uma grande oposição. Lua e marte estarão tingidos de vermelho formando uma bela visão. O planeta por ser essa sua cor própria, a lua por estar oculta na sombra da Terra que, com sua atmosfera repleta de partículas que absorvem o azul, pintam de vermelho sua superfície.  O céu em direção à leste como visto desde Brasília/DF por volta das 18:00. Simulação Stellarium do início da noite de 27/7/2018. O fenômeno todo não será visível do Brasil e nem em todo o Brasil, mas apenas na sua parte oriental.  A lua já nascerá completamente eclipsada. No hemisfério sul é inverno e o Brasil é o melhor país nas Américas para se apreciar o evento. Quem estiver na parte oriental do Brasil (...

Sobre a chuva de meteoros Eta Aquaridas em 2018

A  boa observação de chuvas de meteoros requer exigentes condições que sintetizamos abaixo: Não pode "haver lua" , o que significa que, preferencialmente, o evento não deve estar entre o quarto crescente e o minguante subsequente, mas, principalmente, a proximidade da lua cheia. A presença da lua cheia é um sério empecilho à observação; Altas taxas de "precipitação" . A intensidade das chuva é medida pelo seu " rate " em número de meteoros por hora. É óbvio que, quanto maior esse número, maior a chance de se observar um evento; A posição da radiante . A radiante é um ponto fictício no céu de onde os meteoros "surgem". Na verdade, é um efeito geométrico e depende do arranjo entre as órbitas dos detritos e da Terra. O problema é que, se a radiante estiver muito baixa no horizonte, as chances de observação se reduzem por um efeito muito simples de entender, algo como a diferença de expectativa de receber um pingo de chuva no para-brisa de um...

A constelação de Órion (segundo gregos e egípcios)

Uma representação de Órion como visto no hemisfério sul, pelo sotware Stellarium . Alguns dizem que a constelaçao de Canis Major é de Órion, porque esse era caçador e o cão foi colocado junto a ele no céu. (Pseudo-Hyginus, Astronomica 2. 35, [1]) Órion na mitologia grega Segundo a mitologia grega, Órion (Ωριων), não se sabe se filho de Ireus ou do deus Poseidon com Euriale, natural da Beócia, era um caçador gigante muito bonito conhecido dos habitantes daquela região como Caldaon. Tendo peregrinado até a ilha de Quios, infestada de animais perigosos, sob influência da ninfa Hélice apaixonou-se por Mérope, filha do rei Enopion. Depois de caçar e matar todas as bestas de Quios, trouxe os espolios da caça aos pés da princesa como presente. Entretanto, o rei não queria o casamento. Depois de várias tentativas de aproximação da princesa, Órion conseguiu entrar no quarto de Mérope. Enopion pediu ajuda ao deus Dionísio que fez com que Órion caisse, sob influência dos sátiros...

Conjunções Marte, Saturno e Lua em março, abril e maio de 2018

U ma série de conjunções planetárias envolvendo Marte, Saturno e a Lua ocorrerão de forma sucessiva ao longo do primeiro semestre de 2018. Algumas datas dessas conjunções são: Marte, Saturno e Lua em 10/3/2018 e 11/3/2018 Marte e Saturno em 2/4/2018 Marte, Saturno e a Lua em 7/4/2018, 5/5/2018. A Lua vem a se juntar no par Marte-Saturno como sequência da conjunção do dia 2/4/2018. Marte e Lua em 6/5/2018. Sequência da conjunção do dia 5 de maio, com a Lua próxima a Marte. O aspecto de cada uma dessas conjunções é exibido abaixo por meio do software de simulação Stellarium. Esses encontros planetários ocorrerão antes do alvorecer do dia.  Aspecto da conjunção Marte, Lua e Saturno em 10/3/2018. O horário é antes do alvorecer e a região do céu é a de Sagitário. Aspecto da conjunção Marte-Saturno em 2/4/2018 na região de Sagitário. Conjunção tripla entre a Lua, Saturno e Marte em 7/4/2018 na região de Sagitário. Conjunção tripla da Lua, Saturno e M...

Os 20 cometas que chegaram mais próximo da Terra

D e tempos em tempos, objetos celestes acabam se aproximando muito do planeta Terra. Essa aproximação é considerada perigosa se ela ocorre a menos de 0,05 U. A. da Terra, o que equivale a aproximadamente 20 vezes a distância Terra-Lua.  Abaixo temos uma lista dos 20 cometas mais próximos classificados (segundo [1]) em ordem de distância de aproximação. O mais próximo deles foi o P/SOHO 5 (1999 J6) que chegou a menos de 5 distâncias Terra-Lua da Terra. Entretanto, esse cometa era muito pequeno, tanto que não chegou a exceder magnitude 4.0. Para que um cometa seja de aparecimento notável, uma combinação de fatores é necessária.  Não só o cometa deve ter um tamanho apropriado (principalmente a atividade de seu núcleo), mas principalmente ele deve se aproximar bastante da Terra. Na tabela abaixo as colunas são designadas conforme: CG - Classificação geral em ordem de distância CM - Classificação dos cometas dos tempos modernos DTL - Equivalente em "Distância...

Fotos do Eclipse de 15/2/2018

Imagem do eclipse solar parcial em 15/2/2018 desde Canoas/RS por Isadora Neumann / Agência RBS. Segundo [1]. P ost contendo alguns registros que recebemos ou vimos publicado na rede sobre o último eclipse parcial do sol em 15 de fevereiro de 2015. Imagem do eclipse solar parcial em 15/2/2018 por Leo Málaga desde a Observación Astronómica Mar del Plata (Uruguai). Conforme publicado em [2]. Referências [1]  http://madruga2001.blogspot.com.br/2018/02/por-do-sol-eclipsado-em-canoas-regiao.html  [2] LIADA, Liga Iberoamericana de Astronomía.

Eclipse solar parcial em 15 de fevereiro de 2018

Aparência do eclipse solar parcial em 15/12/2018 com base em evento semelhante registrado na faixa de Gaza em 20/3/2015 (imagem por Khalil Hamra). U m eclipse solar parcial do sol ocorrerá em 15 de fevereiro de 2018 e será visível em grande parte da região sul do Brasil. Em que pese a extensão territorial do evento (ver Fig. 1, a região sul do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul fazem parte dela), esse será um eclipse de baixa cobertura do disco solar (algo em torno de ~ 0,03% no sul do Paraná até ~8% no extremo sul do Brasil.). Dessa forma, quanto mais ao sul o observador se posicionar, maior será a porção do disco do sol ocultada e visível. No resto do Brasil o eclipse não será visto. O problema do horário Como a porção coberta depende da latitude, a duração do evento também dependerá da posição do observador. No extremo sul do Brasil, pouco mais de uma hora será o período de ocultação.   Entretanto, o que mais comprometerá a observação desse e...

Conjunção e Marte e Júpiter em Janeiro de 2018.

Fig. 1 Aspecto da conjunção na constelação da Libra entre Marte e Júpiter em 7/1/2018. U ma conjunção entre Marte e Júpiter será visível na constelação da Libra, antes do nascer do sol nos dias 5, 6,  7 e 8 de Janeiro de 2018. O máximo de aproximação ocorrerá no dia 7/1/2018 (ver Fig. 1) com  uma separação aparente média estimada entre os dois planetas da ordem de 14 minutos de arco. Uma conjunção tripla, com a Lua, poderá ser observada em 11/1/2018, novamente antes do nascer do sol deste dia (Fig. 2).  Fig. 2 Aspecto da conjunção tripla entre Júpiter, Marte e a Lua em 11/1/2018 antes do nascer do sol.