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Será que Betelgeuse (α Orionis) vai explodir?

A grande constelação de Órion. Betelgeuse é a estrela mais brilhante do 'quadrilátero' visto acima nesta foto. B etelgeuse é a conhecida estrela vermelha da grande constelação de Órion, ou o caçador. Ela também é considerada  uma estrela grande na Astronomia, como uma ' gigante vermelha '.  Para um observador cuidadoso e reparador, a forma da constelação de Órion é facilmente distinguível. Visto 'de ponta cabeça' desde o hemisfério sul, a figura do homem tem o seu ombro formado por duas estrelas: Bellatrix (γ Orionis) e Betelgeuse (α Orionis). O primeiro nome serviu para uma personagem do filme 'Harry Potter', mas seu significado como 'a guerreira' é antigo na astronomia. Já Betelgeuse significa 'a mão de Jalsa ' (يد الجوزا , yad al-Jawza, [1]) de origem árabe.  Recentemente, porém, o ombro do gigante apresenta-se visivelmente mais fraco. Sobre Betelgeuse   Betelgeuse é uma estrela variável . Isso significa que, ao ...

Alguns eventos astronômicos em 2020

D. Pedro II observando Vênus com um refrator de 240 mm provavelmente do Observatório de Juvisy de C. Flammarion. Fonte: Diário Imperial . E m comemoração ao nascimento de D. Pedro II, eis alguns dos principais eventos astronômicos de 2020. O ano contará com uma série de eclipses penumbrais da lua, muitas conjunções planetárias e uma importante oposição do planeta Marte em outubro. O ano de 2020 será ainda de muitos cometas que não alcançarão brilho suficiente para serem bem apreciados sem que seja por meio de binóculos ou telescópios. Mas isso pode mudar se um novo e brilhante cometa for descoberto ao longo do ano. Sem dúvida alguma, o grande evento do ano será o eclipse total do sol em 14 de dezembro , que será visto como um eclipse parcial em boa parte do Brasil. A trajetória de totalidade passará pelo Chile e Argentina, uma data memorável para o turismo astronômico na América do Sul. Eclipse penumbral de 10 de janeiro de 2020 Como eclipse penumbral, não haverá imersã...

O trânsito de mercúrio em 2019

Fig. 1 Imagem obtida pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO/NASA) mostrando uma composição de perfis de Mercúrio em  9 de maio de 2016. A inda que 2019 não tenha trazido muitos fenômenos celestes noturnos, ele terá um espetáculo relativamente raro para mostrar no céu de dia. Trata-se da passagem de Mercúrio pelo sol que ocorrerá no dia 11 de novembro de 2019 (segunda-feira). Juntamente com os eclipses de 2019, o trânsito de Mercúrio contribuirá para que este ano seja conhecido dos grandes eventos astronômicos diurnos.  Esse post complementa o evento semelhante que ocorreu em 2016. Ver " O Trânsito de Mercúrio em 2016 ". O que é? As órbitas do planetas, embora individualmente siguam trajetórias em um plano, não estão alinhadas entre si. O plano de referência para medida das órbitas do planetas é o plano da eclíptica , ou plano da órbita da Terra. A orientação da órbita da Terra e de Mercúrio pode ser vista na Fig. 2. Mercúrio é o planeta mais interior, o...

Cometas em 2019: C/2019 Q4 (Borisov)

Imaagem do cometa Borisov como obtida pelo telescópio GTC de 10,5 m nas ilhas Canárias (Espanha).  C ometas em geral podem ser classificados de acordo com suas órbitas. Cometas que têm órbitas fechadas são periódicos. Em uma outra classe estão cometas com  trajetórias parabólicas ou mesmo hiperbólicas. Por terem um excesso de velocidade (se comparados a outros membros do sistema solar), objetos com órbitas hiperbólicas provavelmente nunca pertenceram ao sistema solar: são objetos extra solares ou interestelares, já que sua exata origem (de qual sistema estelar tiveram origem) não pode ser determinada. No dia 30 de setembro, uma busca em campos de imagens do Observatório Astrofísico da Crimeia por Gennady Borisov detectou a presença de um objeto que se distinguia dos asteroides pela presença de uma fraca cabeleira. À medida que novas observações foram sendo obtidas, sua órbita pôde ser calculada. Tratava-se de um objeto que se movia em uma trajetória com enorme excent...

Sete questões sobre o eclipse lunar de julho de 2019

​ Lua eclipsada parcialmente. 25 de abril 2013. 1.  Em qual data e horário ocorrerá o eclipse? O eclipse terá​ ocorrerá na noite de 16 de julho de 2019. Trata-se de um eclipse parcial. O início do eclipse será por volta das 15:43 do horário local (tempo de Brasília) e ocorrerá com a lua abaixo do horizonte. Para Brasília/DF, a lua poderá ser vista já eclipsada por volta das 18:30 do tempo local. Esse também é o instante em que o eclipse estará em seu máximo. A lua nascerá, de fato, parcialmente eclipsada para o Brasil, sendo que a fase parcial (quando a sombra  da Terra deixa o disco lunar) ocorrerá por volta das 8:00 do tempo local. O eclipse tem seu fim (fase penumbral) às 21:17 do tempo local.  Em Brasília, o máximo de obscurescimento ocorrerá com a lua aproximadamente a 8 graus acima do horizonte. 2. Onde poderá ser observado o eclipse? O mapa da Figura ​1​, retirado de ​[1]​, mostra a...

Saiba quando saturno se encontrará com a Lua em 2019

Aspecto da ocultação de saturno pela Lua em 16 de julho feito pelo Stellarium para a cidade de Brasília/DF. Na imagem, alguns dos satélites de saturno também são mostrados como referência. Titã é mais brilhante em cima. O ano de 2019 se distinguirá por inúmeros encontros entre o planeta saturno e a Lua: nada menos de 12 ocultações estão previstas este ano com duas no mês de novembro. Todos esses eventos poderão ser observados como meras conjunções na maior parte da Terra, entretanto, apenas em algumas regiões (conforme indicado abaixo) eles serão fenômenos de ocultação, quando ao lua oculta o planeta . Além da ocultação do planeta principal, ao se utilizar equipamentos mais potentes (p. ex., um telescópio com mais de 10 cm de diâmetro), será possível observar a ocultação progressiva de diversos satélites de saturno. Recomenda-se a observação das ocultações com grandes aumentos (mais de 150X). Considerando a data deste post, as próximas conjunções (e ocultações) de saturno ...

Tenha seu observatório solar em casa

Fig. 1 Filminho do sol feito pelo autor deste blog que mostra a evolução de uma mancha solar, em luz visível entre 21/3/19 a 23/3/19, usando o Heliviewer. Para assistir ao filme acesse   https://helioviewer.org/?movieId=X1p75 Uma interface web de uma nova janela para o sol. O bservar o sol requer inúmeros cuidados. O problema maior, sem dúvida, é o excesso de luz, que é bastante prejudicial aos tecidos da retina no olho. Por isso, equipamentos para observar o sol são bem caros. Além disso, a observação do sol é mais interessante em outras faixas do espectro solar e não apenas no visível. Um telescópio solar para observar essas faixas se parece mais com um rádio em que o observador conseque "sintonizar" um canal e ver o sol em uma determinada frequência. A grande vantagem de observar o sol é que essa é uma atividade que pode ser feita durante o dia, quando a temperatura é maior do que a noite. Por causa disso, também, observatórios solares devem se localizar em r...