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Ocultação de Regulus pela Lua (15 de janeiro de 2017)

C onforme o site "Lunar Occultations" (1): haverá uma ocultação da estrela principal de Leão (Regulus ou α Leo , Mag. 1.4) em 15 de janeiro de 2017, visível em boa parte da América do Sul, conforme o mapa acima. Esse será o primeiro de uma sequência de várias ocultações de Regulus em 2017, a maior parte delas visível no hemisfério sul. A ocultação de janeiro será, porém, a única visível no Brasil. Os horários de desaparecimento e reaparecimento da estrela, em Tempo Universal (UT, horário de Greenwich) podem ser vistos na tabela abaixo: (observadores devem se posicionar no final da noite de 14/1): Na data, a fase da lua será de aproximadamente 91% iluminada. Para a região central e norte do Brasil, não haverá ocultação ou essa será muito rasante. Para Brasília, não haverá ocultação, mas uma bela conjunção com Regulus a aproximadamente 16" de arco de distância do limbo lunar no momento de maior aproximação. Referências 1 -  http://www.lunar-occultations.c...

Os mapas celestes de Toshimi Taki

Região de Eta Carina como representado no mapa celeste de Toshimi Taki em cores invertidas para facilitar a visualização noturna. Ref. (1) A pesar da existência de diversas ferramentas digitais que representam o céu, mapas celestes impressos ainda são bastante úteis. Eles praticamente dominavam os tempos em que computadores ainda eram raros, mas hoje alguns deles podem ser impressos gratuitamente a partir de arquivos da internet. Toshimi Taki do Japão disponibiliza um conjunto de mapas celestes (1) que se pode imprimir, em formato A4 inclusive e que mostras estrelas até a magnitud 8.5, o suficiente para buscas amadoras no céu.  O trabalho de Taki pretende substituir o Sky Atlas 2000 que apresenta cartas muito grandes e de difícil manuseio ao telescópio. As especificações do mapa podem ser encontradas em (1) e, abaixo, fornecemos uma versão em Português. Projeção: Mercator transversa modificada Número de cartas: 146 Escala: 8,4 mm/grau (a segunda edição do "Sky Atla...

Alguns eventos astronômicos em 2017

Cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdušáková como visto em 1 de outubro de 2011. Imagem tirada com um refletor newtoniano de 10" f/3.8 e câmera CCD. Créditos: Michael Jäger, como publicado em  "Universe Today". Quais serão os principais eventos no céu em 2017? Abaixo segue uma lista de eventos já previstos, muitos deles a serem comentados e detalhados ao longo de vários posts em 2017 antes de acontecerem. Em resumo: 2017 será o " ano dos eclipses ". No que vai abaixo, algumas informações sobre outros cometas de 2017 serão postadas oportunamente em posts dedicados. A tabela de efemérides astronômicas é mostrada no final deste post e incluímos uma outra tabela contendo as conjunções mais notáveis de 2017. Máximo de brilho do cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdušáková em janeiro de 2017 Ludmila Pajdušáková, descobridora de cinco cometas,  inclusive o 45P/H-M-P. Imagem: Observatório Skalnaté Pleso. Esse objeto passará a 0,1 U. A. da Terra no começo de Fever...

As Três Marias

Aspecto do Cinturão de Órion com as "Três Marias" conforme visto em um pequeno binóculo. Por Roberto Mura via Wikipedia. Ver também: A constelação de Órion (segundo gregos e egípcios) N ão é incomum a curiosidade em torno das famosas "Três Marias". Que agrupamento de estrelas é esse? Não podem ser encontradas com essa designação em nenhum mapa celeste, então elas se referem a quê? Na verdade, as constelações são designadas sob diversos nomes, mas apenas alguns são conhecidos como "oficiais". As "Três Marias" é um caso não oficial. Trata-se de, como é fácil de se pesquisar na internet, de um nome dado ao " Cinturão de Órion ", na constelação de mesmo nome. O "Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica" (1) de R. R. de Freitas Mourão, assim define esse nome: Três Marias . Asterismo na constelação de Órion, formado por três estrelas brilhantes, em linha reta, e igualmente espaçadas; Três Irmãs, Três Rei...

Ocultação de Mercúrio pela Lua (29 de Setembro de 2016)

Simulação Stellarium do evento de ocultação de Mercúrio pela Lua em 29/9/2016, conforme visto desde Brasília DF, por volta das 5:10 TL. A Lua é aqui representada por seu limbo na parte superior. Mercúrio estará em fase. Será um fenômeno de difícil observação, pois o par Mercúrio-Lua estarão a menos de dois graus do horizonte oriental. A aurora do dia 29 de setembro de 2016 será marcada por uma ocultação do planeta Mercúrio pela Lua, quando apenas a imersão de Mercúrio poderá ser vista. Esse fenômeno não consta no site da IOTA ( International Occultation and Timing Association ) que, por uma razão que desconhecemos, não lista nenhuma ocultação de Mercúrio (1). Trata-se do último evento desse tipo em 2016, de uma série de três ocultações (2), todas elas visíveis apenas no hemisfério sul (que ocorreram em 3/6/2016 e 4/8/2016, mas que não foram visíveis no Brasil).  Fig 1 Mapa da projeção da região onde a ocultação será visível, que cobre boa parte do território brasilei...

Conjunção Venus-Júpiter (27 de agosto de 2016)

C onforme divulgado em nosso post " Alguns eventos astronômicos em 2016 ", haverá uma conjunção muito fechada de Vênus e Júpiter no entardecer do dia 27 de Agosto de 2016. Conjunções planetárias são efemérides bastante frequentes, porém, poucas se destacam por estreita "distância aparente" atingida pelos participantes planetários. Como sempre, o alinhamento (o que também exige posicionamento da Terra) é puro efeito de perspectiva, sendo que a "distância real" dos planetas envolvidos é bastante grande, considerando-se as dimensões do sistema solar. No caso deste evento, a distância aparente entre os principais componentes será da ordem de cinco minutos de arco. Qual será a magnitude aparente do par? A conjunção nos remete a uma interessante questão: dados dois objetos "estelares" com magnitudes aparente m1 e m2, se eles se aproximarem até que não possam ser separados a vista desarmada, qual é a magnitude resultante, m ? Como é espe...

A pesquisa de impacto de meteoros na lua

Registro de um impacto lunar (ponto branco ou "flash" na borda inferior da lua), feito por Iten (ver 3). D entro da abrangência das buscas e investigações feitas em astronomia prática está a observação e registro de impacto de meteoros na lua. Há quem pense que, por estar muito distante, a queda de um meteoro de alguns quilos no solo lunar seja de difícil observação. Não é bem assim. Essa atividade é complementar ao registro detalhado de chuvas de meteoros ao longo dos diversos máximos anuais. Contrário, porém, a essa última tarefa, o registro de impactos precisa do auxílio de telescópios e câmeras, o que abre um campo de investigação aos que detêm esses instrumentos.  Na verdade, há um programa inteiro da NASA dedicado a esse estudo e a atividade está ao alcance de astrônomos amadores: (1)  http://www.nasa.gov/centers/marshall/news/lunar/#.V5eSL2grKUk O projeto "Impactos lunares" tem como missão: Usar observações de telescópios terrestre do lado esc...