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Mostrando postagens de 2016

Alguns eventos astronômicos em 2017

Cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdušáková como visto em 1 de outubro de 2011. Imagem tirada com um refletor newtoniano de 10" f/3.8 e câmera CCD. Créditos: Michael Jäger, como publicado em  "Universe Today". Quais serão os principais eventos no céu em 2017? Abaixo segue uma lista de eventos já previstos, muitos deles a serem comentados e detalhados ao longo de vários posts em 2017 antes de acontecerem. Em resumo: 2017 será o " ano dos eclipses ". No que vai abaixo, algumas informações sobre outros cometas de 2017 serão postadas oportunamente em posts dedicados. A tabela de efemérides astronômicas é mostrada no final deste post e incluímos uma outra tabela contendo as conjunções mais notáveis de 2017. Máximo de brilho do cometa 45P/Honda-Mrkos-Pajdušáková em janeiro de 2017 Ludmila Pajdušáková, descobridora de cinco cometas,  inclusive o 45P/H-M-P. Imagem: Observatório Skalnaté Pleso. Esse objeto passará a 0,1 U. A. da Terra no começo de Fever...

As Três Marias

Aspecto do Cinturão de Órion com as "Três Marias" conforme visto em um pequeno binóculo. Por Roberto Mura via Wikipedia. Ver também: A constelação de Órion (segundo gregos e egípcios) N ão é incomum a curiosidade em torno das famosas "Três Marias". Que agrupamento de estrelas é esse? Não podem ser encontradas com essa designação em nenhum mapa celeste, então elas se referem a quê? Na verdade, as constelações são designadas sob diversos nomes, mas apenas alguns são conhecidos como "oficiais". As "Três Marias" é um caso não oficial. Trata-se de, como é fácil de se pesquisar na internet, de um nome dado ao " Cinturão de Órion ", na constelação de mesmo nome. O "Dicionário Enciclopédico de Astronomia e Astronáutica" (1) de R. R. de Freitas Mourão, assim define esse nome: Três Marias . Asterismo na constelação de Órion, formado por três estrelas brilhantes, em linha reta, e igualmente espaçadas; Três Irmãs, Três Rei...

Ocultação de Mercúrio pela Lua (29 de Setembro de 2016)

Simulação Stellarium do evento de ocultação de Mercúrio pela Lua em 29/9/2016, conforme visto desde Brasília DF, por volta das 5:10 TL. A Lua é aqui representada por seu limbo na parte superior. Mercúrio estará em fase. Será um fenômeno de difícil observação, pois o par Mercúrio-Lua estarão a menos de dois graus do horizonte oriental. A aurora do dia 29 de setembro de 2016 será marcada por uma ocultação do planeta Mercúrio pela Lua, quando apenas a imersão de Mercúrio poderá ser vista. Esse fenômeno não consta no site da IOTA ( International Occultation and Timing Association ) que, por uma razão que desconhecemos, não lista nenhuma ocultação de Mercúrio (1). Trata-se do último evento desse tipo em 2016, de uma série de três ocultações (2), todas elas visíveis apenas no hemisfério sul (que ocorreram em 3/6/2016 e 4/8/2016, mas que não foram visíveis no Brasil).  Fig 1 Mapa da projeção da região onde a ocultação será visível, que cobre boa parte do território brasilei...

Conjunção Venus-Júpiter (27 de agosto de 2016)

C onforme divulgado em nosso post " Alguns eventos astronômicos em 2016 ", haverá uma conjunção muito fechada de Vênus e Júpiter no entardecer do dia 27 de Agosto de 2016. Conjunções planetárias são efemérides bastante frequentes, porém, poucas se destacam por estreita "distância aparente" atingida pelos participantes planetários. Como sempre, o alinhamento (o que também exige posicionamento da Terra) é puro efeito de perspectiva, sendo que a "distância real" dos planetas envolvidos é bastante grande, considerando-se as dimensões do sistema solar. No caso deste evento, a distância aparente entre os principais componentes será da ordem de cinco minutos de arco. Qual será a magnitude aparente do par? A conjunção nos remete a uma interessante questão: dados dois objetos "estelares" com magnitudes aparente m1 e m2, se eles se aproximarem até que não possam ser separados a vista desarmada, qual é a magnitude resultante, m ? Como é espe...

A pesquisa de impacto de meteoros na lua

Registro de um impacto lunar (ponto branco ou "flash" na borda inferior da lua), feito por Iten (ver 3). D entro da abrangência das buscas e investigações feitas em astronomia prática está a observação e registro de impacto de meteoros na lua. Há quem pense que, por estar muito distante, a queda de um meteoro de alguns quilos no solo lunar seja de difícil observação. Não é bem assim. Essa atividade é complementar ao registro detalhado de chuvas de meteoros ao longo dos diversos máximos anuais. Contrário, porém, a essa última tarefa, o registro de impactos precisa do auxílio de telescópios e câmeras, o que abre um campo de investigação aos que detêm esses instrumentos.  Na verdade, há um programa inteiro da NASA dedicado a esse estudo e a atividade está ao alcance de astrônomos amadores: (1)  http://www.nasa.gov/centers/marshall/news/lunar/#.V5eSL2grKUk O projeto "Impactos lunares" tem como missão: Usar observações de telescópios terrestre do lado esc...

Monte um espectroscópio ou espectrógrafo (1)

Fig. 1 Espectroscópio "feito em casa" . A astronomia só se tornou uma ciência moderna quando foi possível estudar a química dos astros. Contra isso levantaram-se várias vozes, dizendo que seria impossível ao homem conhecer a constituição das estrelas. Mas, a Natureza traz em si a mensagem que permite decifrá-la. Isso aconteceu quando, finalmente, foi possível entender que, a partir da decomposição da luz, seria possível desenvolver um método poderoso para detectar e mensurar a química celeste. É bem sabido ser possível decompor a luz por meio de um prisma (1). Isso é conhecido desde a mais remota antiguidade. Foi I. Newton quem primeiro demostrou serem as cores produzidas através de um prisma algo inerente à luz e não ao prisma. Há porém outras maneiras de se produzir o arco-íris. Uma delas é por meio de redes de difração (2). Redes de difração são, porém, dispositivos caros e delicados, restritos à laboratórios de física ou química.  Recentemente, a disponib...