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O que aconteceu aos canais de marte?

Fig. 1 Imagem comparativa de um mapa feito por Eugene Michel Antoniadi (1870-1944) e imagem do telescópio Hubble de marte. Essa imagem estabelece uma "comparação areográfica" entre as mesmas regiões de marte como vista por Antoniadi e registradas pelo Hubble modernamente. O telescópio Hubble é um dos mais avançados sistemas de observação criados, enquanto que Antoniadi foi um dos mais hábeis observadores do início do Século XX. Ver também Fig. 4. " Além disso, a maioria dos canais que foram observados visualmente  no Observatório de Lowell foram gravados repetidas vezes em  um grande número de fotografias feitas durante os últimos quinze anos. Finalmente, que as observações visuais extensivas feitas nesse  observatório foram confirmadas in toto e corroboradas  em detalhes pelas fotografias ."  (E. C. Slipher, ref. 17) " Tenho a suspeita irritante de que existe ainda uma característica essencial no problema dos canais marcianos  q...

Imagens de estrelas em telescópios

Fig. 1 Imagem simulada de uma estrela em um telescópio refrator, o chamado "disco de Airy". Não é possível ver nenhum detalhe da estrela, mas apenas um disco com vários anéis em volta. Por que isso acontece? T elescópios são na verdade filtros de luz. O objetivo principal em termos de funcionalidade de um sistema telescópico é aumentar a quantidade de luz (e não o tamanho da imagem) proveniente de um objeto. Como tudo na Natureza, isso tem um custo. Esse custo vem em forma de uma limitação na capacidade de distinguir objetos localizados muito próximos, ou seja, separar a imagem de duas “fontes ideais” localizadas arbitrariamente próximas uma da outra. O que acontece quando a luz proveniente de um objeto distante (em particular uma estrela) atinge o telescópio ? As frentes de onda que contêm informação sobre a estrela são distorcidas pelo sistema óptico. No caso dos telescópios refletores, as frentes de onda são obrigadas a convergir para um ponto, o ponto focal. ...

Cometas em 2015: C/2014 Q2 (Lovejoy)

Cometa Lovejoy (C/2014 Q2) em foto de Alexandra Albani (desde Banglore, Índia) O ano de 2015 começa com um novo visitante visível à vista desarmada e durante a tarde. Trata-se do cometa C/2014 Q2, chamado "Lovejoy", descoberto em Agosto de 2014 por Terry Lovejoy. É um cometa de logo período (estima-se como 11 mil anos) e que está em boas condições de observação. Atualização:  Foto tirada em 17/1/2014  desde Campinas/SP. Nikon D40. ISO 1600, 30 segundos. Um rastro de satélite também foi capturado atravessando as Híades. (clique na foto para ampliar). Um mapa para encontrar esse cometa nas primeiras semanas de Janeiro de 2015 pode ser visto abaixo. Pela sua posição no céu, é possível inferir que o C/2014 Q2 pode ser visto ao entardecer facilmente, estando próximo à constelação de Órion.  Mapa: cortesia de cometchasing.skyhound.com O objeto apresenta magnitude 4,9 no começo de Janeiro caindo cerca de 0,7 pontos em magnitude até o final do mês. Observador...

Alguns eventos astronômicos em 2015

Sem dúvida, o grande acontecimento do ano a ser noticiado pela mídia será a visita que a sonda New Horizons fará ao último planeta do Sistema Solar, Plutão. O evento está marcado para 14 de Julho. Q uais serão os principais eventos no céu em 2015? Abaixo temos uma lista de eventos já previstos, muitos deles a serem comentados e detalhados ao longo de vários posts em 2015 antes de acontecerem. No que segue abaixo, faltam informações sobre os cometas de 2015 que serão postadas oportunamente em um artigo dedicado. O grande destaque do ano é para o eclipse total da Lua em 28 de Setembro que será plenamente visível no Brasil e a visita da sonda New Horizons a Plutão a 14 de Julho. Janeiro A 14 de Janeiro ocorre a máxima elongação oriental do planeta Mercúrio  facilitando sua observação com a chegada da noite. Fevereiro Exploração espacial: em algum momento de Fevereiro, a sonda Dawn irá se encontrar como o asteroide Ceres . Ceres não é bem uma "pedra" solta no...

A mitologia das Plêiades (aglomerado M45)

Constelação do Touro, mostrando as Híades e as Plêiades. Foto tirada por Ademir Xavier (Campinas/SP). "As Plêiades cujas estrelas são estas: a amada Taigeta,  Electra de  face escurecida, Alcíone e a brilhante Asterope,  Celeno, Maia e Merope, que o grande Atlas gerou... Nas montanhas de Cilene, ela (Maia) desnuda Hermes,  o mensageiros dos deuses"   Hesíodo, "Fragmentos de Astronomia 1'  (from Scholiast on Pindar's Nemean  Odea 2.16) (trans. Evelyn-White) (Épico grego do 8o ou 7o século a. C.) U m dos agrupamentos de estrelas que mais chama a atenção no céu - desde tempos imemoriais - é o aglomerado das Plêiades . Esse conjunto de estrelas está envolto em uma nebulosidade bastante tênue que, em lugares distantes da poluição luminosa, confere ao conjunto um aspecto bastante singular. Com uso de instrumentos, essa nebulosidade ainda é pouco visível, tornando-se destacada em exposições fotográficas de longa duração.  S...

Sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko

Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko.  Imagem de 1995 por by Herman Mikuz (Crni Vhr Observatory, Eslovênia) A nave Rosetta e Philae fizeram história com o pouco no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko no dia 12 de Novembro de 2014. Mas, que cometa é este? No que segue abaixo, traduzimos dados sobre  a descoberta desse cometa disponível no site "Cometography" (1). Resumo O cometa periódico 67P/Churyumov-Gerasimenko tem um núcleo que mede de 3 a 5 quilômetros e que gira com período de 12,7h. Pertence à família dos cometas de Júpiter (cometas com períodos inferiores a 20 anos). Foi descoberto em 1969. Embora tenha período orbital de 6,55 anos, uma análise de sua órbita revelou que o período foi algo maior no passado recente. Durante os primeiros anos do Século XX, o período orbital era de 9,3 horas. Um encontro próximo de Júpiter em Fevereiro de 1959 (0,22 U. A.) reduziu o período para 6,5 anos. O cometa tem sido observado a cada retorno desde sua descoberta. Desc...

Chuva de meteoros Leônidas 2014

Gravura de 1833 representando a tempestade Leônidas com cerca de 100 mil meteoros por hora. A famosa chuva de meteoros Leônidas pode apresentar boa "campanha" em 2014. Associada a restos do cometa Tempel-Tuttle, a noite de 17 para 18 de Novembro de 2014 se mostra como favorável por causa da fase da lua na data, um fino minguante. Quantos meteoros será possível observar este ano? Isso depende de várias condições; em geral essa chuva é considerada de intensidade "moderada", o que representa uma taxa de 10 a 15 meteoros por hora (ou seja, assumindo a taxa máxima, isso representa um meteoro a cada 4 ou 5 minutos). Há que se ter paciência para conseguir ver, condições cristalinas de observação, ausência de nuvens, distância de grandes centros de poluição luminosa etc. Além disso, uma posição de observação confortável também deve ser conseguida para se evitar fadiga.  Este ano o planeta Júpiter estará próximo da posição da radiante (figura abaixo). A posição...