Este texto não é produto de nenhum sistema de AI.
Descoberto pelo sistema ATLAS (acrônimo em inglês para "Sistema de último alerta para asteroides de impacto terrestre"), esse objeto recebeu inúmeras denominações, como: C/2025 N1 e A11PL3z. A designação "3I" vem do fato de ser o terceiro objeto reconhecidamente interestelar a penetrar o interior do sistema solar, depois de 1I/Oumuamua e 2I/Borisov.
Infelizmente, por causa da geometria de posição da órbita da Terra em relação à hipérbole do cometa, não será possível observar o 3I/ATLAS a vista desarmanda e nem com binóculos. Em sua fase de máximo brilho (em torno do periélio) atingirá mag. 10 (ver Fig. 2). Sua observação nas condições mais favoráveis, portanto, exige um telescópio de, ao menos, 12 cm de diâmetro e um sítio de observação longe de qualquer fonte de poluição luminosa nos períodos de ausência de lua.
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| Fig. 2 Curva de brilho do 3I/ATLAS como mostrado na site de S. Yoshida [2]. |
Esse é um objeto para ser visto antes do amanhecer e está bem posicionado no céu para observadores do hemisfério sul. Ao longo de novembro de 2025, ele cruza a constelação da Virgem e se encontra com a lua em 16 de novembro. De acordo com a Fig. 2, esse objeto terá mag. inferior a 14.0 até, pelo menos, o início de 2026.
A histeria coletiva em torno do 3I/ATLAS
No final de 2025, é possível registrar inúmeros informes sobre esse objeto pela declaração - aparentemente lançada pelo astrofísico Avi Loeb - de que esse cometa seria, na verdade, uma nave alienígena. No passado, outros cometas também causaram frenesi público, como foi o caso da possibilidade da cauda do cometa Halley banhar a Terra de gases tóxicos (em seu retorno em 1910, o que causaria o fim da Humanidade), que foi amplamente divulgado pela mídia da época, mas que não tinha fundamento científico.
Porém, a entrada para o 3I/ATLAS na Wikipedia [3] é bastante completa e fornece inúmeras referências sobre o caso. O ponto é que o consenso na comunidade científica faz do 3I/ATLAS um cometa "natural", porém, com origem fora do sistema solar. Não é possível saber o sistema estelar de origem dele, porém, de suas propriedades químicas, infere-se que sua estrela-mãe tenha composição bem diferente da do sol. Isso faz dele um objeto de enorme interesse científico.
Por ser um objeto raro, o 3I/ATLAS também pode ser um objeto interessante para amadores com equipamentos adequados para registro de sua passagem. A Fig.1 traz uma imagem recente tirada por M. Jaeger que mostra inúmeras caudas formadas pela ejeção de material do núcleo. Esse tipo de comportamento também é observado em cometas solares, mas precisa ser registrado ao longo da passagem desse cometa pelo sistema solar.
É altamente provável que outros objetos extrasolares tenham cruzado o sistema solar no passado. Porém, apenas recentemente a tecnologia tornou possível não só descobrir como também registrar os detalhes de sua passagem próximo à Terra. Para saber mais sobre esse cometa, bem como parte do que foi produzido sobre ele cientificamente, recomendamos fortemente a referência [3].
Referência (como disponíveis em 2025)
[1] https://spaceweathergallery2.com/indiv_upload.php?upload_id=227693


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