Talvez poucos sabem que, para se ter acesso a imagens do firmamento em resolução de céu profundo, basta um PC conectado a Internet. Foi-se o tempo de adquirir mapas celestes em papel, que iam até valores limites de magnitude abaixo de dois dígitos. Ou também adquirir caríssimos mapas de maior resolução, apenas disponíveis a observatórios profissionais. Uma ferramenta "leve" e pronta para uso é o software Aladin, que pode ser baixado desde:
http://aladin.u-strasbg.fr/
Clique em "Aladin Desktop" e escolha a versão de seu sistema operacional. Este software já está na versão 8.0 e é bastante leve porque a informação buscada é baixada à medida que é requerida. Alias, há uma versão para o brownser (http://aladin.u-strasbg.fr/AladinLite/), que não requer baixar nenhum aplicativo (mas que exige instalação do plugin JAVA) e que pode ser usado em plataformas móveis com, por exemplo, Ipads. O site acima descreve o software de uma maneira bem singela:
Aladin é um atlas celeste interativo que permite ao usuário visualizar imagens astronômicas digitalizadas de buscas completas, superimpor entradas de catálogos astronômicos e bancos de dados interativamente, acessar dados e informações relacionados ao banco de dados Simbad, do serviço VizieR, além de outros arquivos de objetos astronômicos no campo.O VizieR (http://vizier.u-strasbg.fr/index.gml) é um serviço do Observatório Astronômico de Estrasburgo que é rota de acesso a um grande banco de dados de objetos astronômicos de diversos projetos. Com o Aladin é possível ter acesso ao céu em vários comprimentos de onda e não apenas no visível. Existem muitas funcionalidades associadas ao Aladin, que é uma aplicação feita em JAVA. A ideia do software é dar ao usuário a possibilidade de navegar pelo céu em várias "camadas" de dados - ou seja, a busca no mapa é, na verdade, uma inspeção em um banco.
Uma das funcionalidades mais interessantes desse software é a função de zoom. De fato, ao se abrir o software pela primeira vez, a impressão que se tem é de um mapa da esfera celeste comum. É possível ampliar as regiões até escalas bem pequenas como 1 minuto de arco ou menos.
É possível realizar buscas com nomes conhecidos. Para isso, clique em "Ctrl+R" e preencha (em inglês) o nome do objeto buscado no campo "Location". Se ele estiver na lista interna da base, o resultado será a exibição do objeto no mapa.
É possível realizar buscas com nomes conhecidos. Para isso, clique em "Ctrl+R" e preencha (em inglês) o nome do objeto buscado no campo "Location". Se ele estiver na lista interna da base, o resultado será a exibição do objeto no mapa.
O mapa na luz visível é obtido clicando-se no botão "DSS". Algumas das camadas de busca possíveis são:
- 2MASS: para o infravermelho;
- WISE para o infravermelho;
- GALEX para o ultravioleta;
- PLANCK: para a banda de rádio;
- AKARI: para o infravermelho distante;
- Fermi: para raios gama
- Constell: carrega a fronteira entre as constelações;
- WDS: indica a posição das estrelas duplas na área de busca do usuário;
- GCVS: carrega as posições das estrelas variáveis na área de busca do usuário;
Imagem gravada do software Aladin mostrando pelos círculos amarelos a posição de estrelas duplas. |
Além dessas possibilidades, diversos plugins permitem manipular os dados, como é o caso da ferramenta de fotometria.
O Aladin é ideal para quem procura por um mapa de alta resolução - talvez, durante a execução de uma busca mais detalhada pelo céu, tenha topado com algum objeto desconhecido, possivelmente um asteroide ou cometa. Para o amador da astronomia no visível (observadores de estrelas duplas, variáveis, deep sky etc), pouco relevância parece existir nos mapas além do visível, porém a disponibilização desses extratos de dados em uma mesma ferramenta permite que buscas comparativas sejam feitas. Nesse sentido, a quantidade de informação disponível pelo sistema Aladin é realmente surpreendente.