tag:blogger.com,1999:blog-41277008540943550962024-03-13T16:46:15.930-03:00Astronomia PráticaDedicado aos aspectos práticos da astronomia amadora, bem como ao seu ensino e história.Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.comBlogger145125tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-29082523858911879622024-01-02T15:33:00.004-03:002024-01-02T15:36:32.853-03:00Almanaque Astronômico 2024<p></p><div style="text-align: center;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1hNuXVtp8uiy9ulhQv1-H278woeFA1Mfb7TShhsG-OZhC3dc71fof9n4RM6VmBPITBSpDiO8tu-2638wQD_4rvhgev3xbU6x18W6jNBa9ix_lWUim4hMzdRyH6TxcQ1b_Ov7yYS7Sf5k_TCy62lF3WOsgfQvUv9P8GZNWVpfkH29_UCtqrBftybHmjCc/w279-h400/almanaqueCapa.jpg" /></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;">Recebemos o link de um Almanaque Astronômico para o ano de 2024 (capa acima) como disponível em:</p><p style="text-align: justify;"><a href="https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view">https://drive.google.com/file/d/1M8iuzi67xYPrKj_uNjQRhsGtyOxGJ5rO/view</a></p><p style="text-align: justify;">A obra é organizada por Antônio Rosa Campos e traz em sua capa o selo da CEAMIG (Centro de Estudos Astronômicos de Minas Gerais). Sobre essa edição, os autores comentam:</p><p style="text-align: justify;"><span style="color: #274e13;"></span></p><blockquote><span style="color: #274e13;">Chega-se então ao marco de 21 anos de edições contínuas, quando em 2003 foi lançada a sua primeira edição, trazendo sempre como escopo a disseminação da Ciência Astronômica em seu aspecto simples. Assim, continuam inseridos os fenômenos que ocorrerão na abóbada celeste. </span></blockquote><p></p><p style="text-align: justify;">Trata-se de uma referência bastante completa, com uma grande quantidade de detalhes e dados numéricos sobre efemérides astronômicas para o ano de 2024.</p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-62623134097346784542023-12-02T09:18:00.000-03:002023-12-02T09:18:34.725-03:00Alguns eventos astronômicos em 2024<p style="text-align: center;"></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUBFgaC715nIYs9j1RwlrUx58tU2XqmyOvLMwkb6-uaopTWaNaGwETuKvuaqPPd-eoe6BYGRqvOzJ3qR8G-X99QmTwkHdyg5gcC3ULUzHRVGtp20moGXgbgAx2DNymrkoJxqqNeEVLYLIW6wjRFCfYBN9Bovd1TalDgfzFO8mdZR9TwCij7I6riZC0-cg/s367/dpedroII.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="367" data-original-width="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUBFgaC715nIYs9j1RwlrUx58tU2XqmyOvLMwkb6-uaopTWaNaGwETuKvuaqPPd-eoe6BYGRqvOzJ3qR8G-X99QmTwkHdyg5gcC3ULUzHRVGtp20moGXgbgAx2DNymrkoJxqqNeEVLYLIW6wjRFCfYBN9Bovd1TalDgfzFO8mdZR9TwCij7I6riZC0-cg/s16000/dpedroII.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">"O astrônomo soberano": No dia 2/12 o Dia nacional da Astronomia é comemorado no Brasil em homenagem a D. Pedro II.</td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: right;"><i><span style="font-size: x-small;"></span></i></p><blockquote><p style="text-align: right;"><i>"Como dois acrobatas/ </i><i>Subamos, lentíssimos</i></p><p style="text-align: right;"><i>Lá onde o infinito/</i><i>Nem mais nome tem/</i><i>Subamos!"</i></p></blockquote><p style="text-align: right;"><i><span style="font-size: x-small;"></span></i></p><p style="text-align: right;">(Vinícius de Morais)</p><p style="text-align: justify;">O ano de 2024 será um ano de grandes eventos, principalmente para os entusiastas de cometas. Esse será o ano do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS) um espetáculo no céu previsto para setembro e outubro. Haverá um grande eclipse total do sol, porém, não observado desde o Brasil. 2024 também será um ano com muitas ocultações de estrelas e planetas pela lua que poderão ser vistos no Brasil.</p><p style="text-align: justify;">No que vai abaixo, alguns eventos de meu interesse são apresentados em maiores detalhes. Para outros, faço comentários sobre sua dificuldade de observação.</p><p style="text-align: justify;"><b>Atenção</b>: <span style="color: red;">As previsões de magnitudes (mag.) para os cometas descritos abaixo são <i>estimativas teóricas</i>. Elas podem ser diferentes (para mais ou para menos) conforme a atividade solar e fatores desconhecidos no interior dos cometas.</span></p><div><b>Janeiro</b></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre 3 e 4 de janeiro ocorre o máximo do chuveiro de meteoros Quadrântidas, cuja observação será prejudicada pela presença da lua gibosa. Esse chuveiro é resultado de poeira do <a href="https://iopscience.iop.org/article/10.1086/383213/pdf" target="_blank">cometa extinto 2003 EH1</a>. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mercúrio está em máxima elongação ocidental no dia 12.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div>No dia 22 ocorre uma ocultação da estrela β Tau (<i>Elnath</i>) que será visível no oceano Pacífico.</div><div><br /></div><div>No dia 27 ocorre uma conjunção entre Mercúrio e Marte que será bastante "fechada" (12' de distância ou 0.2 graus.</div><div><br /></div><div><b>Fevereiro</b></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 5 ocorre uma ocultação lunar de <i>Antares</i> (α Sco, mag. 1,09) que não será visível no Brasil. Aqui o evento será observado como uma bela conjunção entre a lua e Antares.</div><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidFDfgbHzzZwTHhhCjY6CBl0Clh1e2UpUoVdtd814MuDr_JrIkoNNYcAZucV0xMVxLuwNc9utR8RKk1ADafWquTHrKS2Zij1gi2COXm_rnRK3r824WW6p5MAoiZ0iXND9oQ8FN0t3wGX2ycaTvB_TWQQruOSy1K4ht87SfaFXyTMoalmiprvVCBvMWy2I/s590/cometaFev2024.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="590" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidFDfgbHzzZwTHhhCjY6CBl0Clh1e2UpUoVdtd814MuDr_JrIkoNNYcAZucV0xMVxLuwNc9utR8RKk1ADafWquTHrKS2Zij1gi2COXm_rnRK3r824WW6p5MAoiZ0iXND9oQ8FN0t3wGX2ycaTvB_TWQQruOSy1K4ht87SfaFXyTMoalmiprvVCBvMWy2I/s16000/cometaFev2024.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cometa C/2021 S3 no dia 14/2 próximo ao aglomerado NGC 6356 ou Mel 171. </td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No dia 14 ocorre o periélio do cometa <a href="http://www.aerith.net/comet/catalog/2021S3/2021S3.html"><i>C/2021 S3 (PANSTARRS</i>)</a>. O cometa poderá atingir mag. 6.0-7.0, tornando-se um objeto visível com um bom binóculo pouco antes do nascer do sol. Esse cometa poderá ser visto por um longo período de tempo (sempre antes do nascer do sol com magnitude entre 7 e 8) desde o final de janeiro até praticamente abril. Em 14/2 ele estará na constelação de Ofíuco próximo à estrela η Oph (<i>Sabik</i>).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 22 ocorre uma conjunção entre Vênus e Marte que se posicionaram a menos de 18' de distância (ou 0.3 graus).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Março</b></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 3 ocorre uma ocultação de Antares pela lua. Esse evento será visível desde o Brasil conforme o mapa abaixo. Em parte do território do Brasil, porém, o evento será parcial. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7gs02kL1ZNKfzSXfCqJvwzH3H4yKPHxHvcdjivrCpY144ZUJJNjtPfc76uxTnXZ5wRyLIJSHkJ8J-INWTpx0Bw6mVcM_Cno46uDdsA3U0aLCd1DMpojl675ydWD6HSqrEztrbm5BB6Pef4_qZReWVbS_iwQBeZKtRLVdB1mw64uHvpMXOi2lGNfFUYV4/s456/antaresoccult.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="354" data-original-width="456" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh7gs02kL1ZNKfzSXfCqJvwzH3H4yKPHxHvcdjivrCpY144ZUJJNjtPfc76uxTnXZ5wRyLIJSHkJ8J-INWTpx0Bw6mVcM_Cno46uDdsA3U0aLCd1DMpojl675ydWD6HSqrEztrbm5BB6Pef4_qZReWVbS_iwQBeZKtRLVdB1mw64uHvpMXOi2lGNfFUYV4/s16000/antaresoccult.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa da ocultação de Antares pela Lua em 3 de março. Note que em boa parte do Brasil apenas o desaparecimento será observado. </td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Em 22 ocorre uma conjunção entre Vênus e Saturno que será visível pouco antes do nascer do sol.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um eclipse penumbral da lua ocorrerá no dia 25 após as 00:00, que será visível como parcial na América do Sul. Não será um evento empolgante dado o leve esmaecimento da superfície da lua cheia. Desde Brasília/DF o evento durará 4 horas e 31 minutos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Abril</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 8 ocorre o tão esperado eclipse solar total que somente será visto desde a América do Norte. É possível que o cometa 12P/Pons-Brooks seja visível no céu para observadores na região de totalidade durante o eclipse de 8 de abril.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 21 ocorre o periélio do cometa <i><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/12P/Pons%E2%80%93Brooks" target="_blank">12P/Pons-Brooks</a> </i>que apresentará um máximo de brilho estimado em mag. 4.0, em tese visível a vista desarmada. Como ele apresentou <a href="https://skyandtelescope.org/astronomy-news/observing-news/comet-12p-pons-brooks-flares-again/" target="_blank">diversos <i>bursts</i> (explosões) recentes</a>, será possível que esse cometa seja ainda mais brilhante? Esse cometa será visto com magnitude pouco maior que 4.0 desde meados de abril até maio ao cair da noite. Na figura abaixo, uma simulação do Stellarium mostra o cometa em seu periélio no dia 21/4 na constelação do Touro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqwenOt2BaLx8Czmf7dTGYsbRVW-0aLBIEYUs6DpfQLa4cgKj9Kv6HqSBjvU61uafyhL13kl9EkxbcZSLVg45Q8PVhrmXkyBkegNzr20SaX_exNr2SHqb952YxjzHAfK0hyphenhyphen47FJykIovlSsyVZvgqJDEoVgFhJd0G-vItqqd30tR8Nb-OidWBaKjmAbfg/s504/cometaAbr2024.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="504" data-original-width="403" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhqwenOt2BaLx8Czmf7dTGYsbRVW-0aLBIEYUs6DpfQLa4cgKj9Kv6HqSBjvU61uafyhL13kl9EkxbcZSLVg45Q8PVhrmXkyBkegNzr20SaX_exNr2SHqb952YxjzHAfK0hyphenhyphen47FJykIovlSsyVZvgqJDEoVgFhJd0G-vItqqd30tR8Nb-OidWBaKjmAbfg/s16000/cometaAbr2024.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Cometa 12P/Pons-Brooks como visto em 21/4 as 18:45 TL. Esse cometa é do "tipo Halley", com período orbital de 71 anos. Sua próxima aproximação será no ano de 2095. </td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No dia 29 ocorre uma conjunção entre Netuno (mag. 7.82) e Marte (mag. 1.15). Embora o mínimo de aproximação seja bastante fechado (algo como 2' de arco), o evento somente será visto quando ambos os planetas estiverem bem acima do horizonte oriental, quando estarão mais separados. Um bom horário de observação é por volta das 4:00. Será uma ocasião para localizar Netuno no céu que estará assinalado pela sua proximidade com o planeta vermelho.</div><br /><div style="text-align: justify;"><b>Maio</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 4 ocorre ocultação de Marte pela lua que não será visível no Brasil onde o evento será uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">De 6-7 ocorre o máximo da famosa chuva <i>Eta Aquáridas</i> que, este ano, não contará com perturbação da lua (próximo a nova) para atrapalhar a observação. O chuveiro é causado por detritos oriundos do famoso cometa Halley.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Observadores devem procurar um <u>local escuro, longe das cidades</u> para melhor observar o chuveiro que, <i>no hemisfério norte</i>, pode apresentar uma taxa de 30 meteoros por hora. No hemisfério sul, um bom horário para observação é a partir das 4:30 do horário local nos dias mais propícios. A radiante (ponto de origem dos meteoros) está localizada próxima à estrela <i>Sadalmelik</i> ou α Aqr (mag. 2.95), porém, meteoros brilhantes poderão ser vistos bem longe (a mais de 45 graus) da radiante.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 19 ocorre o periélio do cometa <i><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/46P/Wirtanen" target="_blank">46P/Wirtanen</a></i> de baixo brilho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 24 ocorre ocultação da estrela Antares pela lua. Esse evento será visto em uma extensa faixa na parte norte do Brasil conforme mostrado no mapa abaixo. Para o resto do país, o evento será observado como uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4H7N56oMaegM7rdIb7rOKs_MkFMKQHyoRBRSHESUI9rXINGpy9APSplYEkq2P6oKYf3dDY2CNa2yDSrM18Rrm6psh2Aus6NlMASzSYKilNIzL_8uHiSTZIr_2rUMo72ekBjdm-dnrBAmAgpQNdSp9Z-TM3WMmEwnolrAoiWXXh9D-oUeEhRBY0Wb8dUo/s380/antaresoccultmay.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="310" data-original-width="380" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4H7N56oMaegM7rdIb7rOKs_MkFMKQHyoRBRSHESUI9rXINGpy9APSplYEkq2P6oKYf3dDY2CNa2yDSrM18Rrm6psh2Aus6NlMASzSYKilNIzL_8uHiSTZIr_2rUMo72ekBjdm-dnrBAmAgpQNdSp9Z-TM3WMmEwnolrAoiWXXh9D-oUeEhRBY0Wb8dUo/s16000/antaresoccultmay.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa da ocultação de Antares pela Lua em 24 de maio.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No dia 31 ocorre uma ocultação de Saturno pela lua que será visível na parte sul da América do Sul. Conforme o mapa abaixo, apenas para o extremo sul do Brasil a ocultação poderá ser vista. No resto do país, o evento será uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-gF8zdtZJm02naMlfOa3Kjnb7Et-KvkbCAgIIMeGldXGnpEPOA_Gr4v88pf1ZNN7n3jBEj8sZLlBvix3egJZTBsnMDURyffSZ4xbtSxGDZHxyxihbsaUYXB51GfbTh_f-7rqiaAhaY8PC8lAyjDBq7zFprL2gekQ9EvX1yPNNrG-G6BVLmGOdpqgWLQQ/s374/antaresoccultmay2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="318" data-original-width="374" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-gF8zdtZJm02naMlfOa3Kjnb7Et-KvkbCAgIIMeGldXGnpEPOA_Gr4v88pf1ZNN7n3jBEj8sZLlBvix3egJZTBsnMDURyffSZ4xbtSxGDZHxyxihbsaUYXB51GfbTh_f-7rqiaAhaY8PC8lAyjDBq7zFprL2gekQ9EvX1yPNNrG-G6BVLmGOdpqgWLQQ/s16000/antaresoccultmay2.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa de ocultação de Saturno pela lua em 31 de maio.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Junho </b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 4, uma interessante conjunção entre Júpiter e Mercúrio, a aproximadamente 7' um do outro (ou 0,11 grau), poderá ser vista pouco antes do nascer do sol. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O cometa <i><a href="http://www.aerith.net/comet/catalog/2023A3/2023A3.html" target="_blank">C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS)</a></i> atinge mag. abaixo de 10.0, sendo visível em pequenos telescópios. O mapa abaixo ilustra a posição desse cometa para o dia 6, localizado entre as estrelas β e ν Vir na constelação da Virgem. Esse cometa poderá ser observado quase durante toda a noite.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeg-KXN9J5qwi3GgoT_2m7JOMJAUPrhB7AlF_qdi9y7ICpH3-RWIQzBhtdtLHZ4tiFbrsM2HtpMBIL5VaE4YQMO4xlRRXAX3WhfViGme2tzyOIxcwvIVieVtx-ZzV1NxbrSCMxklJMDee0Ca3SgZz4pHyhpkm9gRSRGTYOv8gUuzGBQneyHqoVthfz4og/s566/cometaJun2024.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="566" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeg-KXN9J5qwi3GgoT_2m7JOMJAUPrhB7AlF_qdi9y7ICpH3-RWIQzBhtdtLHZ4tiFbrsM2HtpMBIL5VaE4YQMO4xlRRXAX3WhfViGme2tzyOIxcwvIVieVtx-ZzV1NxbrSCMxklJMDee0Ca3SgZz4pHyhpkm9gRSRGTYOv8gUuzGBQneyHqoVthfz4og/s16000/cometaJun2024.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Posição do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS) no dia 6 de junho. Com mag. estimada em 9.8, esse cometa poderá ser visto mais facilmente no início de junho com pequenos telescópios.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">O cometa <i><a href="http://www.aerith.net/comet/catalog/0013P/2024.html" target="_blank">13P/Olbers</a></i> pode ser visto no início do mês próximo ao horizonte ocidental depois do pôr do sol. Esse cometa atinge mag. abaixo de 8.0, porém, sua observação <u>não é favorável</u> ao hemisfério sul por estar muito próximo do horizonte.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 16 ocorre uma ocultação da estrela <i>Spica</i> (α Vir, mag. 0.97) pela lua, porém, apenas visível como conjunção em boa parte do globo, inclusive o Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 27 ocorre uma ocultação de Satuno pela lua, visível apenas no Oceano Pacífico. No Brasil, o evento será uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Julho</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS) atinge mag. 7.0, podendo ser observado com pequenos binóculos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 5 a Terra atinge o afélio, ou ponto de sua órbita onde ela está mais distante do sol. Por coincidência, uma lua nova praticamente de perigeu (no dia 6) ocorre neste dia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 6 ocorre a oposição do asteroide <i>Ceres</i> (ou seria "planetoide"?). Nesse dia ele poderá ser observado com pequenos telescópios a mag. 7.35 próximo à estrela <i>Ascella</i> (ζ Sgr, mag. 3.25) na constelação de Sagitário. Pessoas com grande acuidade visual, em regiões elevadas (acima de 2000 m) e escuras talvez possam observá-lo sem ajuda de instrumentos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 14 ocorre uma ocultação de Spica pela lua, evento que será observável na América do Norte. No Brasil, será uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 15, Marte e Urano estão em uma conjunção muito próxima separados por 0.5 graus na constelação do Touro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma nova ocultação de Antares pela lua ocore no dia 17 que será visível no Brasil como uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 24, a lua oculta Saturno, evento visível apenas no oceano Índico e parte da China e Índia. No Brasil o evento será uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 30 ocorre o máximo da chuva<i> <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Southern_Delta_Aquariids" target="_blank">Delta Aquáridas austral</a></i>, um chuveiro que tem uma média de 25 meteoros por hora e origem cometária desconhecida. O nome da chuva se deve a posição da radiante, próxima a <i>Scat </i>(δ Aqr, mag. 3.25). Este ano, a lua minguante (23%) não afetará as observações e sua posição no céu favorece o hemisfério sul. Para bem observar o evento, é necessário um local escuro após o ocaso do sol. Para Brasília/DF, a lua estará abaixo do horizonte antes das 2:12 do horário local. Em particular, a data está bem colocada no inverno do hemisfério sul, quando é possível prever poucas nuvens, embora as noites mais frias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O mais interessante dessa noite é que ela coincide com o máximo de <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Alpha_Capricornids" target="_blank"><i>Alfa Capricórnidas</i></a>, um chuveiro associado ao cometa <i><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/169P/NEAT" target="_blank">169P/NEAT</a></i>. Assim, o dia 30 de julho será provavelmente a melhor noite para observações de meteoros no hemisfério sul, sendo difícil a um observador preparado deixar de ver algum.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmuHQngC-SxLpZ7_xZtsQXXcBA5NziJqPuA2PbMWyt3mMiwO0ngaUQPBH7zW9K3dDVcWHVuG81ax0oT1jd-wgIgbSGbELvU1U5ukvHdpLXWrFW6nmLexfHcrH2ci-1_BWiTv5Avk1BeNK_RLsvyt0lajPWjgb_7BmxO0t7MqRRO3n510KOc8KLIIyDzbE/s532/deltaaqr.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="523" data-original-width="532" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmuHQngC-SxLpZ7_xZtsQXXcBA5NziJqPuA2PbMWyt3mMiwO0ngaUQPBH7zW9K3dDVcWHVuG81ax0oT1jd-wgIgbSGbELvU1U5ukvHdpLXWrFW6nmLexfHcrH2ci-1_BWiTv5Avk1BeNK_RLsvyt0lajPWjgb_7BmxO0t7MqRRO3n510KOc8KLIIyDzbE/s16000/deltaaqr.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Região de Capricórnio-Aquário onde se localizam as radiantes dos dois chuveiros previstos para o dia 30 de julho. Em 2024 a lua minguante não atrapalhará as observações. Note a presença de Saturno em Aquário no dia do evento.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Agosto</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 1, Vênus inicia trajetória em direção a sua conjunção solar como um fino crescente com mag. -4.28, é o fim da famosa "estrela vespertina". Olhe em direação a Oeste, logo no início da noite.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 12-13 ocorre o máximo das Perseidas, evento que será prejudicado pela presença da lua em fase crescente.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma nova ocultação de Antares pela lua ocore no dia 14 que será visível no Brasil como uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Marte e Júpiter se encontram na constelação do Touro no dia 14, em uma conjunção com separação de 18' de arco ou 0.3 graus. O evento será visto por volta das 4:30 no dia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS) atinge mag. 6.0, podendo ser observado com pequenos binóculos e talvez a vista desarmada. No dia 20 ele poderá talvez ser visto após o por-do-sol muito baixo no horizonte ocidental com mag. pouco acima de 6.0 como mostrado na figura abaixo. Nesse sentido, embora seu brilho seja menor (mag. 7.6), ele estará melhor posicionado para observação no início de agosto.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjcOo6j1cp2gKdArTcao_6hpz8O5dgDYd6rWp-Wq6KPQCbRETp0XYZWS93SR7WtqtDPU1I6RT8jnvE5d7-B7EqX-1fMnQYw456J3WzmvoZaJkhFrg9bKOfo2n5cxP1EgZSxO89MTdzmqrY9zr6coysSsUCLMI_IjTkWaCL7Pm7JBxVPma7DHXU7APNrtY/s635/cometaAgo204.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="635" data-original-width="354" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjcOo6j1cp2gKdArTcao_6hpz8O5dgDYd6rWp-Wq6KPQCbRETp0XYZWS93SR7WtqtDPU1I6RT8jnvE5d7-B7EqX-1fMnQYw456J3WzmvoZaJkhFrg9bKOfo2n5cxP1EgZSxO89MTdzmqrY9zr6coysSsUCLMI_IjTkWaCL7Pm7JBxVPma7DHXU7APNrtY/s16000/cometaAgo204.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Simulação Stellarium do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS, mag. 6.0) no dia 20 de agosto como visto desde Brasília/DF as 18:50. </td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Em 20, Vênus emerge de sua conjunção solar como um fino crescente com mag. -4.06, é o início da famosa "estrela matutina". Olhe em direção a Leste antes do nascer do sol.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma interessante ocultação de Saturno pela lua ocorre no dia 21 de agosto (em TU). Essa ocultação poderá ser vista em boa parte do Brasil no dia 20 conforme indicado pelo mapa abaixo. A lua estará praticamente cheia, mas no resto do país o evento será visto como uma conjunção. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgem9EIYoLMOhdolhURKusbIXgoRFmfWFM7hLrezzrR9IJVsMBgygqQTlVX9BTd1RQFYjpxj5UmflxnQlp3qLlc5874A7uNXhSuWecsnKY_FUzEO7uuPaKGQWJ-zaTzx1KxDhKW1xrx6TMkDVh4U5nxc2_m3MiEJM06tjeIgFRgufpRZdjSj0rCBHKyvE0/s390/saturnoccult.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="302" data-original-width="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgem9EIYoLMOhdolhURKusbIXgoRFmfWFM7hLrezzrR9IJVsMBgygqQTlVX9BTd1RQFYjpxj5UmflxnQlp3qLlc5874A7uNXhSuWecsnKY_FUzEO7uuPaKGQWJ-zaTzx1KxDhKW1xrx6TMkDVh4U5nxc2_m3MiEJM06tjeIgFRgufpRZdjSj0rCBHKyvE0/s16000/saturnoccult.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Ocultação de Saturno pela lua em 21 de agosto. Note que o evento será uma conjunção na parte sudeste-sul do Brasil e que será vista no Brasil no dia 20 de agosto.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Esse evento será visto desde Brasília/DF a partir das 22:16 do horário local no dia 20, quanto a borda da lua ocultará parte dos aneis de Saturno conforme mostrado na figura abaixo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht598aFbpH0odxWQdBJgYa3P0gBRJNJ1GfJkSdegP0-qvTSC1_i6mwl_kRGFVyIUJi2wwkkibsW2wKnZiaRq8AMRclK0EumwwzB9uSQdx8MMgVZiOP65ZlwEFQVaGocNpsP3TZ0cjmC-MpGWxX1sGvBvEO2aKgO7RYhbtKjX4HCHGhTNNUs4Lh3udsFIg/s505/saturnoccult2.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="383" data-original-width="505" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEht598aFbpH0odxWQdBJgYa3P0gBRJNJ1GfJkSdegP0-qvTSC1_i6mwl_kRGFVyIUJi2wwkkibsW2wKnZiaRq8AMRclK0EumwwzB9uSQdx8MMgVZiOP65ZlwEFQVaGocNpsP3TZ0cjmC-MpGWxX1sGvBvEO2aKgO7RYhbtKjX4HCHGhTNNUs4Lh3udsFIg/s320/saturnoccult2.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Aspecto do início da ocultação como visto desde Brasília/DF no dia 20 de agosto, as 22:16 do horário local. O evento será interessante, pois ocorrerão ocultaçãos sucessivas das diversas luas de Saturno.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No dia 26, a lua transita o aglomerado da <i>Plêiades</i>. Infelizmente, o evento não será visível no Brasil. Porém, uma "conjunção" entre as Plêiades e a lua egressa do trânsito poderá ser vista nesse dia depois do nascer da lua segundo o horário local (para Brasília/DF isso corresponde a 1:00 TL).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Setembro</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 5 ocorre uma ocultação de Vênus pela lua visto desde a Antártica. No Brasil, será uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 6 ocorre uma ocultação de Spica pela Lua, evento que será visto como uma conjunção na América do Sul.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 8 ocorre a oposição do planeta Saturno (mag. 0.57) na constelação de Aquário e o mês será favorável para sua observação. Seu diâmetro aparente será 19.22".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Chegamos finalmente ao mês de aproximação do grande cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS). Tomando como horário de observação as 5:30 TL da manhã, desde Brasília/DF o cometa começará a ser visto a partir do dia 13 com mag. 3.1 baixo no horizonte oriental, subindo gradualmente, até o final do mês, para entrar em outubro com mag. 0.3. Na figura abaixo, uma simulação mostra o aspecto do cometa as 5:30 desde Brasília no dia 26, quando ele atingirá mag. 0.8. Esse será o primeiro período de observação do cometa para Brasília/DF (o segundo ocorrerá em outubro).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgncR2SQNHAE2oIg3bcRHQ8bHZwl2VFK3y7rBTrNMc7lNjOzTdU5KBRhsQaVLAMtwDw4UTMlW5GqoW-_GpCWM4nfjcwDnhyphenhyphenyRb1407vQqkywgbDsdEVfWvehKCpMjGoCHOlqMg32qd33ZQ-9ex5fhZ7FZvkun2i6eHd4rcGZ45-9xNA8WzfjjNYrYxAJ8U/s516/cometaSet24.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="516" data-original-width="507" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgncR2SQNHAE2oIg3bcRHQ8bHZwl2VFK3y7rBTrNMc7lNjOzTdU5KBRhsQaVLAMtwDw4UTMlW5GqoW-_GpCWM4nfjcwDnhyphenhyphenyRb1407vQqkywgbDsdEVfWvehKCpMjGoCHOlqMg32qd33ZQ-9ex5fhZ7FZvkun2i6eHd4rcGZ45-9xNA8WzfjjNYrYxAJ8U/s16000/cometaSet24.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Aspecto do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS) como visto desde Brasília/DF as 5:00 do tempo local no dia 26 de setembro. Sua mag. estimada na data é 0.8 sendo facilmente visto à vista desarmada próximo ao horizonte oriental próximo à constelação do Sextante.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No final de 17 no Brasil ocorrerá um <i>eclipse parcial da lua </i>na constelação de Peixes. No Brasil, o evento será visto integralmente, com parte da sombra da Terra (umbra) sendo projetada sobre o disco da lua. Em sua maior parte o eclipse será penumbral, notando-se leve esmaecimento do disco lunar. O eclipse se inicia as 00:41 (TU), tem seu máximo as 2:12 (TU) e finaliza as 4:47 (TU) do dia 18.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6w0XLH4TWHpSPfHMoqSo7kwKsqb-b8xrDhp_E8q_Iwamxz7jRp67tQ5cbsy_B_rv3CZkbMJhrQojQ5qKhOZbUyRDnt7y5JVy9zAcBIpvMvATpPKDKeWTU-yNhAy3LGqJhyI3fsYmK2h6uoHndMp_u9N5CBNhwNKncIe0rkz64xRvd97krA2uTNpsu01Y/s489/luaeclipse.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="319" data-original-width="489" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6w0XLH4TWHpSPfHMoqSo7kwKsqb-b8xrDhp_E8q_Iwamxz7jRp67tQ5cbsy_B_rv3CZkbMJhrQojQ5qKhOZbUyRDnt7y5JVy9zAcBIpvMvATpPKDKeWTU-yNhAy3LGqJhyI3fsYmK2h6uoHndMp_u9N5CBNhwNKncIe0rkz64xRvd97krA2uTNpsu01Y/s320/luaeclipse.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aspecto da lua eclipsada parcialmente as 00:00 (horário de Brasília) no dia 18 de setembro (horário TU).</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No dia 27, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) atinge seu periélio, ou ponto de maior aproximação com o sol na distância de 0.391 UA.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Outubro </b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 2 ocorre um eclipse anular do sol. O eclipse é anular pois a lua estará em seu apogeu (ponto mais afastado em sua órbita do baricentro do sistema Terra-lua). Esse evento será visível no extremo sul da América do Sul (Patagônia) e será parcial em boa parte do Brasil. No extremo sul do Brasil, a lua encobrirá o disco do sol em cerca de 20%.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjKjpD8RG4DNDNbRjl37qcHYEnYVHt6rHbgbPfnWJDSXW5B48xQR0rnqbiPtN3Sb2eaeQdF0BdzOlYMFJQ_b4aZGwBlJGPsiweZRm_fBhEjsjpUB4rILzdFWCOwJD_ErdASVep2XBqBD1elvcgZtvThdqcqNnun5fSG4qY-Cij0qK9Io4zVbFKlgTi53w/s404/eclipseOct2024.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="404" data-original-width="400" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgjKjpD8RG4DNDNbRjl37qcHYEnYVHt6rHbgbPfnWJDSXW5B48xQR0rnqbiPtN3Sb2eaeQdF0BdzOlYMFJQ_b4aZGwBlJGPsiweZRm_fBhEjsjpUB4rILzdFWCOwJD_ErdASVep2XBqBD1elvcgZtvThdqcqNnun5fSG4qY-Cij0qK9Io4zVbFKlgTi53w/s320/eclipseOct2024.jpg" width="317" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Trajetória e região do eclipse anular do sol em 2 de outubro.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No dia 7 ocorre uma ocultação de Antares pela lua visível no Oceano Pacífico, evento que será uma conjunção no Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 12 o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) atinge o perigeu, ou ponto mais próximo da Terra (distância de 0.556 UA). Sua observação poderá ser continuada em outubro, sendo observado como um astro vespertino com mag. acima de 1.0.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 14 ocorre uma ocultação de Saturno pela lua que será observada na América do Sul como uma conjunção.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 19 ocorre o trânsito da lua pelo aglomerado das Plêiades. Infelizmente, o evento não favorecerá o hemisfério sul. Uma conjunção entre a lua e esse aglomerado poderá ser vista, porém, logo após o nascer da lua. Para Brasília/DF, deve-se olhar em direção ao leste após as 21:00 do horário local.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 21-22 ocorre pico do chuveiro Oriônidas associadas ao cometa Halley. Infelizmente a presença da lua gibosa poderá prejudicar a observação dos meteoros mais débeis.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 31, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS) continua a ser observado logo após o anoitecer desde o hemisfério sul como um astro de mag. 4.5. Ele estará localizado na constelação de Ofíuco como mostrado na simulação do Stellarium.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcXXVPIc4NVtFY9BZxvN6qZ3j3ZoEuNIxZGDT_6g7pmpq00I8E1IA9grceq50z5qgKyTK1ncWO5s9Bk8kywcb7PHnPapqeAFNUOeV1LZi7bUvQ4mn0BtjGVSk2i4mAGe2Xf5bO5MZvsvIO0jgwev-e-GZ-KmuGBlmHp-e3aaWhGSiOMLOcTGWkMVRYOYQ/s460/cometaOct24.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="460" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgcXXVPIc4NVtFY9BZxvN6qZ3j3ZoEuNIxZGDT_6g7pmpq00I8E1IA9grceq50z5qgKyTK1ncWO5s9Bk8kywcb7PHnPapqeAFNUOeV1LZi7bUvQ4mn0BtjGVSk2i4mAGe2Xf5bO5MZvsvIO0jgwev-e-GZ-KmuGBlmHp-e3aaWhGSiOMLOcTGWkMVRYOYQ/s16000/cometaOct24.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Aspecto simulado do cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS) em 31 de outubro as 19:00 do TL de Brasília. Nessa noite o cometa poderá ser localizado na constelação de Ofíuco.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><div style="text-align: justify;"><b>Novembro </b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 3 a lua estará em conjunção com Mercúrio. Tendo passado pela fase de nova no dia 1, o fino crescente estará também próximo à Antares formando uma bela conjunção. É possível observar vários trânsitos da lua pelas estrelas de fundo da constelação do Escorpião, uma região bastante populada de estrelas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 11, a lua oculta Saturno em um evento que será visto no extremo norte do Brasil e da América do sul conforme o mapa abaixo. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFTbE9saSbMgqhiEfOKh13U7a5E8G4Kn3FsKCulVo_6PCmTmZ8mGCcamPIR-RUIIMAKvdaJTQTs1l6tnuaasA9_A3hG_EY9sQ963s_f_6UEmrKydeDu4cAasWZassE97HN-nr0fH1eF7Y1TSyoxm1byr83UWZNRxFzFumiO-f_3jve9P4gB0Ikv5Al6qM/s378/saturnoccultNov.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="326" data-original-width="378" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFTbE9saSbMgqhiEfOKh13U7a5E8G4Kn3FsKCulVo_6PCmTmZ8mGCcamPIR-RUIIMAKvdaJTQTs1l6tnuaasA9_A3hG_EY9sQ963s_f_6UEmrKydeDu4cAasWZassE97HN-nr0fH1eF7Y1TSyoxm1byr83UWZNRxFzFumiO-f_3jve9P4gB0Ikv5Al6qM/s16000/saturnoccultNov.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Região de ocultação de Saturno pela lua em 14 de novembro. O extremo norte do Brasil é parte da região de ocultação, que será observado como uma conjunção no resto do país.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No dia 16, a lua transita pelo aglomerado das Plêiades. O evento, entretanto, ocorre em grande parte do Brasil depois do alvorecer. Para Brasília/DF, olhe em direção a Oeste por volta das 4:30 do horário local para ver a conjunção da lua com o aglomerado.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 16 ocorre a oposição do planeta Urano, momento de melhor observação desse planeta. Seu diâmetro aparente será de aproximadamente 3.8" e o planeta estará localizado na constelação de Touro.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Entre 17-18 ocorre o chuveiro das Leônidas cuja observação, este ano, será prejudicado pela proximidade com a lua cheia.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 29, o cometa C/2023 A3 (Tsuchinshan- ATLAS) atinge o brilho 8.0 e ainda é observado com binóculos ao atravessar a constelação da Águia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Dezembro</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 6, Marte inicia seu movimento retrógrado. É o resultado de uma compensação de movimentos orbitais entre esse planeta e a Terra. É o início também da temporada de observação de Marte que ruma para a oposição em janeiro de 2025.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 7 ocorre a oposição do planeta Júpiter, sendo o melhor momento para sua observação. Este ano, Júpiter se localiza na constelação de Touro e, na data, terá um diâmetro aparente de 47.1".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 8 ocorre a última ocultação de Saturno pela lua em 2024, visível no Pacífico setentrional. O evento será observado como uma conjunção na América do Sul.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O pico das <i>Gemínidas</i> ocorre em 14-15. Esse chuveiro é produzido por detritos de um asteroide recentemente descoberto. Entretanto, a proximidade com a lua cheia no dia 15 prejudicará as observações este ano.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Em 15 ocorre a última ocultação de β Tau (<i>Elnath</i>, mag. 1.65) pela lua de 2024. O desaparecimento da estrela será visto apenas no noroeste e extremo do Brasil, pouco antes do nascer do sol conforme mostra o mapa abaixo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipvLdH3XW4Bf7eJPosfsWapKg0zX2k3dGK0D1X78sA4N_MkPZ2cCs8-MRjOjhzYlEdFmvfoXaIXRYy2_KfYx6yE4YtrFd9gheuj0eNf8r6KCcmmLSdXRlRgC04SRB4lRzc3VqnHSMb5g3sNrlhKyvJeNAvsNWcWsPjcdzcb1L_pbI8LihEhyphenhyphenkjZN4PeVc/s397/Elnathoccult.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="321" data-original-width="397" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipvLdH3XW4Bf7eJPosfsWapKg0zX2k3dGK0D1X78sA4N_MkPZ2cCs8-MRjOjhzYlEdFmvfoXaIXRYy2_KfYx6yE4YtrFd9gheuj0eNf8r6KCcmmLSdXRlRgC04SRB4lRzc3VqnHSMb5g3sNrlhKyvJeNAvsNWcWsPjcdzcb1L_pbI8LihEhyphenhyphenkjZN4PeVc/s16000/Elnathoccult.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Ocultação de β Tau pela lua em 15 de dezembro. O desaparecimento será observado apenas no noroeste e extremo norte do Brasil.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Em 18 ocorre ocultação de Marte pela lua, evento que será visível apenas no Ártico.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No final de dezembro, Marte poderá ser observado no céu com diâmetro aparente de 15" dando início à temporada de observação daquele planeta que antecede sua oposição logo no começo de 2025.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Siglas</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><p>TL: tempo loca (de Brasília)</p><p>TU: <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Tempo_Universal_Coordenado#:~:text=O%20Tempo%20Universal%20Coordenado%20(abreviado,outras%20zonas%20hor%C3%A1rias%20do%20mundo." target="_blank">Tempo Universal</a> (Greenwich)</p><p>UA: Unidade Astronômica</p></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Referências</b></div><div style="text-align: justify;"><ul><li><a href="https://in-the-sky.org/">https://in-the-sky.org/</a> </li><li><a href="http://www.aerith.net/">http://www.aerith.net/</a> </li><li><a href="http://astro.vanbuitenen.nl/comets">http://astro.vanbuitenen.nl/comets</a> </li><li><a href="https://starwalk.space/en/news/planetary-conjunctions">https://starwalk.space/en/news/planetary-conjunctions</a></li></ul></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-48014809213389069372023-09-17T10:34:00.000-03:002023-09-17T10:34:16.612-03:00Nova recorrente: T CorB terá um máximo em 2024?<div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhvhaOiW5sHACodwJM07PA7ZAC_gWZEqWY0ckBORBQ-HKIBljK8y5ukEpkWNjWnAVSyIhbHPW58G2rPwaxguqtkYj1gyGZnM-1uLWVk8KYBZNgIX7aV_Mqawxf7GcKIkTo80ZQr7SIkRW55pdlZ1o1kHEzDjKUrNe2kLgpn0gTS3TgOFufDa67gtZ3xYZQ"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEhvhaOiW5sHACodwJM07PA7ZAC_gWZEqWY0ckBORBQ-HKIBljK8y5ukEpkWNjWnAVSyIhbHPW58G2rPwaxguqtkYj1gyGZnM-1uLWVk8KYBZNgIX7aV_Mqawxf7GcKIkTo80ZQr7SIkRW55pdlZ1o1kHEzDjKUrNe2kLgpn0gTS3TgOFufDa67gtZ3xYZQ" /></a></div><div style="text-align: center;">Fig. 1 Um modelo para T CorB segundo a <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Nova">Wikipedia</a>.</div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Há uma história fascinante ligada a <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/T_Coronae_Borealis" target="_blank">T CorB ou "T Coronae Borealis"</a> (AAVSO 1555+26, TIC 462607643 ou HD 143454), uma estrela de mag. 10 na constelação da Coroa Boreal. Dizem que, de temos em tempos, essa estrela apresenta um fenômeno de aumento súbito de brilho que pode levá-la a se tornar visível à vista desarmada.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A estrela em si é um sistema binário formado por duas componentes: uma gigante vermelha (chamada componente "fria" justamente por ser vermelha) e uma anã-branca que canibaliza a gigante e tem seu próprio disco de acreção (Fig. 1). O conjunto binário é chamado também "par simbiótico" por causa talvez dessa relação mais ou menos perigosa que seria melhor descrita como uma espécie de "parasitismo estelar".</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A novidade é que a <a href="https://britastro.org/" target="_blank">Associação Astronômica Britânica</a> já lançou alguns informes para início de uma campanha de observação dessa estrela. Segundo um artigo escrito por Jeremy Shears [1]:</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="color: #073763;">É necessária vigilância, e os observadores são encorajados a manter um olhar atento sobre o T CrB. São solicitadas observações noturnas visuais e digitais (CCD/CMOS) para monitorar o desvanecimento atual e identificar o mínimo do mergulho Peltier pré-erupção, que será o aviso de 3 meses da erupção. Gráficos estelares de comparação do campo estão disponíveis no site do VSS (7). No momento em que este artigo foi escrito, T CrB apresentava mag. 10, portanto, um pequeno telescópio é suficiente para observá-la. Durante a queda, é provável que seu brilho diminua brevemente para a mag. 12.</span></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Diz a história que essa estrela foi descoberta em 1866 por J. Birmingham durante uma erupção em que atingiu a mag. 2.0 em maio daquele ano. Outra erupção ocorreu em fevereiro de 1946 (NOVA CrB 1946). Parece que o máximo ocorre aproximadamente a cada 80 anos, como consequência da intermitência do derramamento de matéria da gigante vermelha sobre o disco de acreção de sua companheira anã. O fenômeno em si (chamada "erupção") é muito rápido, ele requer observadores em monitoramento constante, pois com a mesma velocidade que o máximo chega ele se vai, não dura mais de um dia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para observadores interessados em localizar essa estrela, um mapa da posição de T CorB pode ser visto abaixo:</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMA7_QUSI4vma7qoRaI9x2HCNMZA8s5a8soF9qbPE6-MpgZ5p8SPx6JSb1SpY8VklFP9xeOH-Qa6f60-ahRl_7SjlXFXNckOMC-_kvy9SK4XBv16q3u3pq0cMpVGFHLK8RN-aPrIeGgIzVuXGG_oT1kDDzDZCigc7SjgwTnSbua4chpZo2jeDQGHB4P2M/s1732/CrB%20T%20025.04%209d.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1732" data-original-width="1221" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgMA7_QUSI4vma7qoRaI9x2HCNMZA8s5a8soF9qbPE6-MpgZ5p8SPx6JSb1SpY8VklFP9xeOH-Qa6f60-ahRl_7SjlXFXNckOMC-_kvy9SK4XBv16q3u3pq0cMpVGFHLK8RN-aPrIeGgIzVuXGG_oT1kDDzDZCigc7SjgwTnSbua4chpZo2jeDQGHB4P2M/w451-h640/CrB%20T%20025.04%209d.jpg" width="451" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 2 Mapa da posição de T CorB fornecido pela <a href="https://britastro.org/vss/xchartcat/t-cr-b_.html" target="_blank">Associação Astronômica Britânica</a>. Essa estrela tem mag. 10, mas está prevista uma erupção até a mag. 2.0 para o iníco de 2024 (provavelmente janeiro).</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Essa estrela se localiza próximo a ε e δ Cor conforme mostrado no mapa. A grande questão no momento é saber <i>quando será o novo máximo</i>. Segundo Shears, <a href="https://arxiv.org/abs/2308.10011" target="_blank">um artigo recentemente publicado</a> prediz o próximo máximo para o início de 2024 [2]. É um ponto da conclusão 5 desse artigo que:</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="color: #073763;">Uma comparação da curva de luz AAVSO para o período 2005-2023 com o modelo da explosão de 1946 criado por Schaefer (2023) torna possível prever a data da próxima erupção do tipo nova clássica do T CrB - o início de 2024.</span></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Portanto, que os observadores diligentes estejam atentos!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><b>Referências</b></div><div><br /></div><div>[1] Shears J (2023). Get set for the next eruption of the recurrent nova T Coronae Borealis! <a href="Shears J (2023). Get set for the next eruption of the recurrent nova T Coronae Borealis! https://britastro.org/section_news_item/get-set-for-the-next-eruption-of-the-recurrent-nova-t-coronae-borealis" target="_blank">https://britastro.org/section_news_item/get-set-for-the-next-eruption-of-the-recurrent-nova-t-coronae-borealis </a></div><div><br /></div><div><span style="text-align: justify;">[2] Maslennikova, N. A., Tatarnikov, A. M., Tatarnikova, A. A., Dodin, A. V., Shenavrin, V. I., Burlak, M. A., ... & Strakhov, I. A. (2023). Recurrent Symbiotic Nova T Coronae Borealis Before Outburst. arXiv preprint arXiv:2308.10011.</span></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-64735759748925197722023-09-08T16:49:00.011-03:002023-09-08T22:11:56.576-03:00Cometas em 2023: C/2023 P1 (Nishimura)<p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"></span></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU7UN4V5PNJu25rp514FDyqCQ0vq4l-H2giVftzsWFlzpW6KynVU6S6SLxVK5-eKanIq8mmevnqGajbxJlKU8Vuf8PmP1SGtzmC9l1i28Jyh0FrcxuS6zQqrRgxlpHvBsZtgCe-0FlDo0Ag8Yie7B9uH-O4drB4o21GXgMJ3_udEioDYvvaDm0iPysFPw/s500/nishimura01.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="326" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjU7UN4V5PNJu25rp514FDyqCQ0vq4l-H2giVftzsWFlzpW6KynVU6S6SLxVK5-eKanIq8mmevnqGajbxJlKU8Vuf8PmP1SGtzmC9l1i28Jyh0FrcxuS6zQqrRgxlpHvBsZtgCe-0FlDo0Ag8Yie7B9uH-O4drB4o21GXgMJ3_udEioDYvvaDm0iPysFPw/s16000/nishimura01.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cometa C/2023 P1 (Nishimura) observado desde a Áustria por Michael Jaeger em 3/9.</td></tr></tbody></table><span style="font-size: x-large;"><i>E</i></span>sse interessante cometa foi descoberto de maneira espetacular pelo astrônomo amador japonês H. Nishimura no último 11 de agosto. Espetacular porque sua existência passou incólume por inúmeros sistemas de imageamento robotizados para ser descoberto por um humano dedicado. Parabéns ao seu descobridor!<p></p><p style="text-align: justify;">Esse cometa tem condições peculiares de observação no hemisfério sul. Em primeiro lugar por causa de sua posição no céu, está praticamente junto ao sol, o que torna difícil sua observação em latitudes tropicais austrais antes de 12/9 (data de sua maior aproximação com a Terra). Esse cometa será melhor observado depois que tiver sua passagem periélica, o que ocorrerá após 17/9/2023 [1].</p><p style="text-align: justify;">De fato, o site <a href="https://cometchasing.skyhound.com/">cometchasing</a> [2] não dá como certo que esse cometa seja observável no hemisfério sul em setembro de 2023. Colocamos este post para orientação de nossos leitores, dadas as inúmeras notícias do norte sobre esse cometa na internet [3], sem a preocupação de saber se ele é um objeto apropriado para observação no hemisfério sul.</p><p style="text-align: justify;">Com bastante dificuldades o cometa poderá ser visto desde Brasília/DF emergindo das "brumas do crespúsculo" como mostra a Fig. 2 abaixo, que é uma simulação do Stellarium para o dia 18/9 as 18:50. Nessa data, para Brasília, o cometa será um objeto muito baixo no horizonte ocidental, com magnitude próxima a 3.5. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnpLiGafKh5Fc1tj6TEzL47HZ1uUXBQPr-jWf1GZLYLgVa3QcPdlqWUOnFxeJ5urWgIMQxjiZK3D4zCGcRrxlpnK7tbYaG4HyZYBNAGkKExx-SlzCeKnJDGLaonSuNaw7B4StWfMERBn5ubseK8OxoUjiGIr9V-V_oJJiOCwd6cL8kAW0ghjHqv6q5np0/s531/nishimura02.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="531" data-original-width="396" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnpLiGafKh5Fc1tj6TEzL47HZ1uUXBQPr-jWf1GZLYLgVa3QcPdlqWUOnFxeJ5urWgIMQxjiZK3D4zCGcRrxlpnK7tbYaG4HyZYBNAGkKExx-SlzCeKnJDGLaonSuNaw7B4StWfMERBn5ubseK8OxoUjiGIr9V-V_oJJiOCwd6cL8kAW0ghjHqv6q5np0/s320/nishimura02.jpg" width="239" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 2 Cometa Nishimura emergindo das brumas do crepúsculo no dia 18/9 por volta das 18:50 como visto desde Brasília/DF. Nessa data, o cometa será um objeto localizado a menos de 1 grau acima do horizonte oeste.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Em 21/9, o cometa já terá se elevado um pouco mais em relação ao horizonte e será observado junto ao planeta Marte, na constelação da Virgem. Em compensação, seu brilho se reduzirá para mag. 4.6. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os dias 20-22/9 parecem ser as datas para melhor observação desse cometa. Mesmo assim, ele não poderá ser observado a mais de 5° em relação ao horizonte, o que fará com que sua observação seja um desafio. Depois do dia 28/9, esse cometa desaparece por tempo indeterminado para os observadores na Terra.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div><b>Referências</b></div><div><br /></div><div><br /></div><div>[1] <a href="http://astro.vanbuitenen.nl/comet/2023P1" target="_blank">http://astro.vanbuitenen.nl/comet/2023P1 </a></div><div>[2] <a href="https://cometchasing.skyhound.com/">https://cometchasing.skyhound.com/</a> </div><div>[3] <i>Descoberto há um mês, cometa Nishimura será visível neste fim de semana.</i> <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/09/06/descoberto-ha-um-mes-cometa-nishimura-sera-visivel-neste-fim-de-semana.ghtml">https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2023/09/06/descoberto-ha-um-mes-cometa-nishimura-sera-visivel-neste-fim-de-semana.ghtml</a> É uma notícia falaciosa sobre a observação desse cometa.</div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-58855955166564333982023-05-22T08:43:00.001-03:002023-05-22T12:26:37.903-03:00Cometas em 2023: C/2021 T4 (Lemmon)<p></p><div style="text-align: center;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2nu6vT0TtfUbO4Ej6Pr75_kac_8fueRB7kX3V0KngBWIDTuH5qPN_Q-vwJUAddafQw0uM1I-LYP9zofvXLp-qz0vpZh-ZY_yOXOMJrotw0-34hgZSY-P173ggY-5v2uIsovgdXRuUDfCartbmCS4bC423VDhbi88eTAqsS3aKvS-ERz16DwVzNiJi/s485/lemmon2023_02.png"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2nu6vT0TtfUbO4Ej6Pr75_kac_8fueRB7kX3V0KngBWIDTuH5qPN_Q-vwJUAddafQw0uM1I-LYP9zofvXLp-qz0vpZh-ZY_yOXOMJrotw0-34hgZSY-P173ggY-5v2uIsovgdXRuUDfCartbmCS4bC423VDhbi88eTAqsS3aKvS-ERz16DwVzNiJi/s16000/lemmon2023_02.png" /></a></div><div style="text-align: center;">Imagem do cometa Lemmon em 19/5/23 por G. Pappa. Fonte: <a href="http://www.aerith.net">www.aerith.net</a> .</div><br /><div style="text-align: justify;">Sem dúvida, o cometa C/2021 T4 (Lemmon) é o objeto mais bem p<span style="text-align: justify;">osicionado para observação no hemisfério sul e, em particular, no Brasil em 2023. Há outros cometas que poderão exceder seu brilho, como 62P/Tsuchinshan 1 ou o 103P/Hartley 2, porém, o periélio do cometa Lemmon coincide com o inverno no Brasil. Nesse época, o céu costuma não apresentar nuvens em uma extensa área na região sul-sudeste.</span></div><p></p><p style="text-align: justify;">Como podemos ler <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/C/2021_T4_(Lemmon)">aqui</a>, o cometa Lemmon é um objeto do sistema solar de <i>longo período</i>, descoberto no observatório do Monte Lemmon em outubro de 2021. Seu periélio ocorre em 31/7/2023, porém, a data de máxima aproximação com a Terra é em 20/7/23. Em 22/7 sua posição no interior do sistema solar pode ser apreciada na Fig. 1. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_fqOY6aNbbKjURurGcPWtr3cI4ln-ukLE9d55SvOzZIUO05syBU41LOIgkHGK7KeUfShZE0Pza-XPxDZrlxTkk3Xkq626JtoK17Zwn6Q1RrzlmkDRl4wSF3sSP1LpnRzyW0tz2vh2dbz3UAz3QIMXck-QiLD-6ag2wpy0wq_pitN1rMy35k3bk6Dd/s756/lemmon2023_01.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="334" data-original-width="756" height="282" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg_fqOY6aNbbKjURurGcPWtr3cI4ln-ukLE9d55SvOzZIUO05syBU41LOIgkHGK7KeUfShZE0Pza-XPxDZrlxTkk3Xkq626JtoK17Zwn6Q1RrzlmkDRl4wSF3sSP1LpnRzyW0tz2vh2dbz3UAz3QIMXck-QiLD-6ag2wpy0wq_pitN1rMy35k3bk6Dd/w640-h282/lemmon2023_01.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1 Posição do cometa C/2021 T4 no interior do sistema solar em 22/7/23.</td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;">Na data de máxima aproximação, estará localizada a aproximadamente 0.5 UA de distância da terra e em declinação -56 graus, favorecendo muito a observação no hemisfério sul. </p><p style="text-align: justify;">Também estará em elongação de144 graus, como mostrado na Fig. 1, praticamente em oposição. Estima-se que alcançe mag. 7.0-8.0, o que o faz um objeto excelente para observação por binóculos e telescópios em lugares escuros e sem a presença da lua. Em 17/7/23 há uma lua nova, o que indica condições ideais de observação nas semanas próximas à data de máxima aproximação.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6l5PjkRf0ShDqDya_YWp-Fa64qu2o8trvpk60ydyKyOo_WgN7Yyr7jAhUJZ257HKTPIuAQm9dfK2k_ERZiWcCbg2nTcRSXFlVa5G0BMZWtSfQcQeiqOl44ImiqL6DgGX3v3gq1WaNze016Yi8Q-QrXqNKX7sAs9xu2J7ps33-6jX1CBKyEyWUxSm2/s678/lemmon2023_03.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="522" data-original-width="678" height="493" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj6l5PjkRf0ShDqDya_YWp-Fa64qu2o8trvpk60ydyKyOo_WgN7Yyr7jAhUJZ257HKTPIuAQm9dfK2k_ERZiWcCbg2nTcRSXFlVa5G0BMZWtSfQcQeiqOl44ImiqL6DgGX3v3gq1WaNze016Yi8Q-QrXqNKX7sAs9xu2J7ps33-6jX1CBKyEyWUxSm2/w640-h493/lemmon2023_03.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 2 Posição do cometa C/2021 T4 em 20/7/2023.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No início de julho até o dia 18/7/2023 estará localizado na constelaçao do Grou (<i>Grus</i>) dirigindo-se "oficialmente" para o <i>Telescopium</i>. Na data de máxima aproximação, estará localizado entre as constelações do <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Pavo_(constellation)">Pavão</a> e do <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Indus_(constellation)">Índio</a>, próximo da estrela <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Alpha_Pavonis">α Pavonis</a> (Peacock). Desde Brasília, por exemplo, alcançará a elevação de 62 graus acima do horizonte sul, podendo ser observado após o por do sol. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Será um objeto interessante que poderá ser fotografado com câmeras sem acompanhamento em modo de exposição com auxílio de um tripé para prover estabilidade. </div><p style="text-align: justify;"><b>Referências</b></p><p style="text-align: justify;"><a href="http://www.aerith.net/comet/catalog/2021T4/2021T4.html">http://www.aerith.net/comet/catalog/2021T4/2021T4.html</a></p><p style="text-align: justify;"><a href="http://astro.vanbuitenen.nl/comet/2021T4">http://astro.vanbuitenen.nl/comet/2021T4</a></p><div style="text-align: justify;"><br /></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-86030527604377531152023-03-06T10:37:00.006-03:002023-03-06T10:49:55.554-03:00Recursos em astronomia para usar em casa II (Python + TESS)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLRbWXEBG01It7BqqJJfmff7lpYBLvlj8w5_8yTGfDFdr5Hl5fAaY7-reRr_hN8lBpWRGLjYjl5lwl_Ug_wgaDkPuNgAzNN2SfZtE-vk6-nBWUkRy4Ia50QRQfTYbrhzihq_Oq-o4-UY6-EoIpfyO3mFOu_EuuPElQ1qYcvrm0imPlaiVqqPw9Swd2/s754/algol.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="261" data-original-width="754" height="221" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLRbWXEBG01It7BqqJJfmff7lpYBLvlj8w5_8yTGfDFdr5Hl5fAaY7-reRr_hN8lBpWRGLjYjl5lwl_Ug_wgaDkPuNgAzNN2SfZtE-vk6-nBWUkRy4Ia50QRQfTYbrhzihq_Oq-o4-UY6-EoIpfyO3mFOu_EuuPElQ1qYcvrm0imPlaiVqqPw9Swd2/w640-h221/algol.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Análise da curva de luz da variável eclipsante Algol por meio de dados do telescópio TESS. Fonte: catálogo SIMBAD.</td></tr></tbody></table><br /><div><div style="text-align: justify;">Como continuação da série "<i>Recursos em astronomia para usar em casa</i>" vamos aqui descrever como trabalhar com dados astronômicos distribuídos em larga escala na internet por meio da linguagem de programação Python.</div><div><br /><div style="text-align: justify;">Leitores que não tenham conhecimento dessa linguagem podem usar como referência de aprendizado [<a href="https://www.devmedia.com.br/python-tutorial/33274" target="_blank">1</a>-2]. Os comandos apresentados aqui podem ser reproduzidos usando o recurso Jupyter Notebooks [<a href="https://jupyter.org/try-jupyter/lab/" target="_blank">3</a>] de modo online.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Nossa ideia aqui é demonstrar a rapidez com que dados de qualidade podem ser acessados, mesmo de telescópios espaciais. No caso, usaremos dados da missão TESS (satélite de busca de exoplanetas em trânsito, Fig. 1) [2] lançada em 2018 e que é formada por diversos telescópios que escaneiam o céu nas proximidades da Lua para estudos em fotometria estelar e busca de exoplanetas.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2WlUNy3BUz1qRNN-WT7XV4VYokCBj-mOGLnKsFDV9AJnQcw7BqKBA8LutqtmshxW1Pa_9tK7-mzHhRQx8uTBbeUWL5SIwJ_VkIVAep0j8fcvrU-qJrqU_2PXGGP9b8HWj7fZWzBzwuHEc_8KSs3qkEYUiRLhe_rtBwYt5b1t9-wTqoj1ecDrOadj7/s510/tess01orbit.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="311" data-original-width="510" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2WlUNy3BUz1qRNN-WT7XV4VYokCBj-mOGLnKsFDV9AJnQcw7BqKBA8LutqtmshxW1Pa_9tK7-mzHhRQx8uTBbeUWL5SIwJ_VkIVAep0j8fcvrU-qJrqU_2PXGGP9b8HWj7fZWzBzwuHEc_8KSs3qkEYUiRLhe_rtBwYt5b1t9-wTqoj1ecDrOadj7/s16000/tess01orbit.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 1 Órbitas da missão TESS de busca de exoplanetas. A órbita de serviço final é mostrada em azul. Fonte: <a href="https://astronomy.com/magazine/news/2021/08/tess-a-behind-the-scenes-look-at-nasas-latest-planet-hunter" target="_blank">Astronomy magazine</a>.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Captura da curva de luz TESS de Beta Persei.</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sabe-se que <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Algol" target="_blank"><i>β</i> Persei</a>, também chamada "<i>Algol</i>", é uma estreva variável. Sua variabilidade é extrínseca, isto é, causada pelo fato de ser uma <i>estrela binária</i> (na verdade, uma estrela tripla). Por meio do catálogo SIMBAD [<a href="http://simbad.cds.unistra.fr/simbad/" target="_blank">4</a>], podemos acessar diversas informações sobre essa estrela pela busca "<i>basic search</i>" do link fornecido usando como texto de busca "beta Per". Uma informação relevante para acessar sua curva de luz é seu número TIC (TESS Input Catalog) que, para Algol, é 346783960.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Esse número é importante, pois dá acesso aos dados disponíveis em uma série de catálogos online. Como vimos no post anterior, isso pode ser feito através do arquivo Barbara A. Mikulski [<a href="https://mast.stsci.edu/portal/Mashup/Clients/Mast/Portal.html" target="_blank">5</a>]. Uma outra maneira é por meio da biblioteca Python lightcurve [<a href="https://docs.lightkurve.org/" target="_blank">6</a>]. Como a descrição desse tutorial diz, esse recurso em Python possibilita</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="color: #073763;">Uma maneira amigável de analisar dados de séries temporais sobre o brilho de planetas, estrelas e galáxias. O pacote está focado em apoiar a ciência com os telescópios espaciais Kepler e TESS da NASA. </span></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Para permitir seu uso, devemos instalar a biblioteca antes com o comando:</div><div style="text-align: justify;"><pre style="background-color: #272822; color: #f8f8f2; font-family: Consolas, monospace; font-size: 9,8pt;"><span style="color: #66d9ef; font-style: italic;">import </span>lightkurve <span style="color: #66d9ef; font-style: italic;">as </span>lk</pre></div><div style="text-align: justify;">Nesse caso, lk é apenas um nome para o "instanciamento" de uma classe que permite acessar os dados externamente. Para se plotar gráficos, convém também carregar a biblioteca matplotlib por meio do comando:</div><div><pre style="background-color: #272822; color: #f8f8f2; font-family: Consolas, monospace; font-size: 9,8pt;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #66d9ef; font-style: italic;">import </span>matplotlib.pyplot <span style="color: #66d9ef; font-style: italic;">as </span>plt</span></pre></div><div>Esses comandos são colocados no início do script Python e devem ser precedidos pela instalação das bibliotecas por meio do comando pip install:</div><div><br /></div><span style="font-family: courier;">pip install lightkurve</span><div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma vez que os dados de uma certa estrela podem ser capturados em mais de um campo ao longo do tempo (ou seja, um mesmo setor do céu é periodicamente revisto pelo TESS), é necessário saber qual o "setor" onde os dados podem ser acessados. Para fazer isso, o seguinte comando pode ser utilizado:</div><div><pre style="background-color: #272822; color: #f8f8f2; font-family: Consolas, monospace; font-size: 9,8pt;"><span style="font-size: x-small;">search_result <span style="color: #f92672;">= </span>lk.<span style="color: #66d9ef;">search_lightcurve</span>(<span style="color: #fd971f; font-style: italic;">TIC_numb</span>, <span style="color: #aa4926;">author</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #e6db74;">'SPOC'</span>)<br />TESS_sectors<span style="color: #f92672;">=</span>[sec <span style="color: #66d9ef; font-style: italic;">for </span>sec <span style="color: #66d9ef; font-style: italic;">in </span>search_result.mission]<br />kindex<span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #ae81ff;">0<br /></span><span style="color: #66d9ef;">print</span>(<span style="color: #e6db74;">'Available sector(s) for '</span>, <span style="color: #fd971f; font-style: italic;">TIC_numb</span>, <span style="color: #e6db74;">'::'</span>)<br /><span style="color: #66d9ef; font-style: italic;">for </span>sec <span style="color: #66d9ef; font-style: italic;">in </span>TESS_sectors<span style="color: #f92672;">:<br /></span><span style="color: #f92672;"> </span><span style="color: #66d9ef;">print</span>(<span style="color: #e6db74;">'['</span>, kindex, <span style="color: #e6db74;">'] ='</span>,sec)<br /> kindex<span style="color: #f92672;">+=</span><span style="color: #ae81ff;">1</span></span></pre></div><div><div style="text-align: justify;">a função <span style="font-family: courier;">search_lightcurve(TIC_numb, author='SPOC')</span> toma um <i><span style="font-family: courier;">TICnumb</span></i> de entrada e retorna uma estrutura "search_result" contendo inúmeros dados referentes ao TIC passado. Dentre eles, os setores TESS por uma busca recorrente em "search_result.mission". Em março de 2023, o código acima para TIC_numb='346783960' retorna:</div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: courier;">Available sector(s) for TIC 346783960 ::</span></div><div><span style="font-family: courier;">[ 0 ] = TESS Sector 18</span></div><div><span style="font-family: courier;">[ 1 ] = TESS Sector 58</span></div><div><br /></div><div>O setor mais recente é o 58. Esse número é usado como entrada para uma nova chamada da função search_lightcurve com adição do parâmetro 'sector' correspondente:</div><div><pre style="background-color: #272822; color: #f8f8f2; font-family: Consolas, monospace; font-size: 9,8pt;"><span style="font-size: x-small;">search_result <span style="color: #f92672;">= </span>lk.<span style="color: #66d9ef;">search_lightcurve</span>(<span style="color: #fd971f; font-style: italic;">TIC_numb</span>, <span style="color: #aa4926;">author</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #e6db74;">'SPOC'</span>, <span style="color: #aa4926;">sector</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #fd971f; font-style: italic;">sector_numb</span>)<br />light_curve<span style="color: #f92672;">=</span>search_result.<span style="color: #66d9ef;">download</span>()</span></pre></div></div><p style="text-align: justify;">Todos os dados capturados pelo telescópio espacial para Algol no setor indicado são gravados na estrutura <i><span style="font-family: courier;">light_curve</span></i>. Essa não é uma variável, mas um conjunto grande de dados (como uma classe) que contém a curva de luz. A curva de luz pertinente pode ser imediatamente colocada em um gráfico usando a biblioteca matplotlib e o comando</p><pre style="background-color: #272822; color: #f8f8f2; font-family: Consolas, monospace; font-size: 9,8pt;"><span style="font-size: x-small;">light_curve.<span style="color: #66d9ef;">normalize</span>().<span style="color: #66d9ef;">plot</span>(<span style="color: #aa4926;">linewidth</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #ae81ff;">0</span>, <span style="color: #aa4926;">marker</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #e6db74;">'.'</span>, <span style="color: #aa4926;">color</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #e6db74;">'blue'</span>)<br />plt.<span style="color: #66d9ef;">show</span>()</span></pre><p style="text-align: justify;">que resulta na Fig. 2 abaixo. Note que a função <span style="font-family: courier;">plot()</span> permite diversos parâmetros de entrada como "color" que especifica uma cor para a linha do gráfico. Da maneira como está progamado acima, o gráfico resultante é feito por meio de pontos em azul.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnety5NvQFZJiUd53dyJhamNP1MyN_G8A20XvOWjNSdvmddCH7VNwr14pUYTUhxeRhKzYeS03F8s9yK_v444rcXbp23KPoAUCora045yhlWXr77R1E6cskJ3j9eIGsvNPSrHwSw42XSUHz5_Jo14nKbtA6StiFxOl8ZWw5oorCT3eh2RXzAEoVCVFe/s986/fig02.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="532" data-original-width="986" height="346" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnety5NvQFZJiUd53dyJhamNP1MyN_G8A20XvOWjNSdvmddCH7VNwr14pUYTUhxeRhKzYeS03F8s9yK_v444rcXbp23KPoAUCora045yhlWXr77R1E6cskJ3j9eIGsvNPSrHwSw42XSUHz5_Jo14nKbtA6StiFxOl8ZWw5oorCT3eh2RXzAEoVCVFe/w640-h346/fig02.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig. 2 Fluxo normalizado para Algol obtido pelo telescópio espacial TESS obtido pelos códigos em Python descritos aqui. Esses gráfico mostra os máximos e mínimos da variável eclipsante. No eixo x o tempo desde a época 2457000 BTJD (data Juliana Baricêntrica) é utilizado e o valor resultante é lido em dias. </span></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">A partir da curva de luz é possível, por exemplo, determinar o período de variação de brilho que corresponde ao tempo que o par principal em Algol leva para revolucionar em sua órbita em torno de um centro de massa comum. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Os mínimos mais profundos (<i>principais</i>) ocorrem quando a estrela mais brilhante é eclipsada pela mais fraca, enquanto que os mínimos menos profundos (<i>secundários</i>) ocorrem nos momentos de eclipse da estrela mais fraca pela mais brilhante. Por causa disso, a forma e distância entre os mínimos contêm informação sobre a temperatura das estrelas do par. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Periodograma da curva de luz</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O leitor pode mensurar o período calculando a diferença de tempo entre os mínimos principais. Entretanto, a biblioteca lightcurve possui funções específicas que disponibilizam análise mais específicas da dinâmica da curva de luz. Um desses recursos é a função que calcula o <i>periodograma</i> da curva. Um periodograma é um diagrama de períodos fundamentais encontrados em uma série temporal. Uma curva senoidal pura, por exemplo, terá um periodograma composto por apenas uma frequência. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O periodograma pode ser obtido pela função <span style="font-family: courier;">to_periodogram()</span> que é membra de <span style="font-family: courier;">light_curve</span> usando o código abaixo. Esse código também especifica os comando para se plotar o diagrama de períodos como mostrado na Fig. 3. </div><div style="text-align: justify;"><pre style="background-color: #272822; color: #f8f8f2; font-family: Consolas, monospace; font-size: 9,8pt;"><span style="font-size: x-small;">pg <span style="color: #f92672;">= </span>light_curve.<span style="color: #66d9ef;">to_periodogram</span>(<span style="color: #aa4926;">oversample_factor</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #ae81ff;">10</span>)<br />pg.<span style="color: #66d9ef;">plot</span>(<span style="color: #aa4926;">title</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #e6db74;">'Espectro de períodos de '</span><span style="color: #f92672;">+</span><span style="color: #fd971f; font-style: italic;">TIC_numb</span>)<br />plt.<span style="color: #66d9ef;">xlim</span>(<span style="color: #ae81ff;">0</span>,<span style="color: #ae81ff;">5</span>)<br />plt.<span style="color: #66d9ef;">show</span>()</span></pre></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhidXrZw0A22vWHWwFnM8wFP8gWrVyYm5xn6tjlEhnSeVxociEJBgPJXfJ18ATAogtYAHYdDpK8XYzvh3tx_kBGmBEgnEN5niq4S228lNp8z_g8sWdKmwZXcDYIjy_6v9uDl6LoqJwxbLOI-vyZNtPKw4hVpsYJ8yQix_AG-UWGsZSX7GNdehbsEibJ/s848/fig03.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="848" height="302" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhidXrZw0A22vWHWwFnM8wFP8gWrVyYm5xn6tjlEhnSeVxociEJBgPJXfJ18ATAogtYAHYdDpK8XYzvh3tx_kBGmBEgnEN5niq4S228lNp8z_g8sWdKmwZXcDYIjy_6v9uDl6LoqJwxbLOI-vyZNtPKw4hVpsYJ8yQix_AG-UWGsZSX7GNdehbsEibJ/w640-h302/fig03.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-small;">Fig. 3 Periodograma ou diagrama de períoidos da curva de Algol mostrada na Fig.2 obtida por meio da chamada da função <span style="font-family: courier;">to_periodogram()</span>. </span></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">No eixo y da Fig. 3 encontramos a potência em fluxo de eletrons/segundo, enquanto que no eixo x a frequência na unidade 1/dia. Ocorrem diversos picos, correspondentes à distribuição de potência da curva de luz. O pico mais alto está próximo do período principal de oscilação e é comensurável com o período orbital de revolução do par. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O período para o máximo é facilmente determinado como o membro period_at_max_power da estrutura pg retornada pela aplicação da função <span style="font-family: courier;">to_periodogram()</span>. Para monstrar na linha de comando esse período de máximo basta fazer:</div><div style="text-align: justify;"><pre style="background-color: #272822; color: #f8f8f2; font-family: Consolas, monospace; font-size: 9,8pt;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #66d9ef;">print</span>(<span style="color: #e6db74;">'Periodo na máxima potência'</span>, pg.period_at_max_power)</span></pre></div><div style="text-align: justify;">que retorna o valor 1.43618 dias. O período de revolução corresponde ao dobro desse valor, ou 2.87 dias.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Diagramas de fase</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma importante ferramenta de pesquisa são os diagramas de fase "dobrada". Por meio desse recurso, escolhe-se um momento da curva de luz e um valor P de período e projeta-se, em um mesmo gráfico, as repetições da curva a cada P escolhido. Se P corresponder ao valor de uma periodicidade maior do brilho, então as diversas curvas se alinham umas sobre as outras, revelando a precisão de um ajuste obtido.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para obter o diagrama de fase, invoca-se a função <span style="font-family: courier;">fold()</span> que é membra de <span style="font-family: courier;">light_curve</span>. Essa função permite admite alterar o período de dobra por meio do parâmetro "period" e um múltiplo de fase, wrap_phase. A série de comandos abaixo realizada a dobradura de fase e plota um gráfico de pontos (scatter) usando como período o retorno de perido_at_max_power corrigido por um valor (1-eps), onde <span style="font-family: courier;">eps = 0.002</span>. Note que esse valor eps é ajustado na mão. O valor 0.002 foi o que melhor retornou curvas sobrepostas como mostrado na Fig. 4. </div><div style="text-align: justify;"><pre style="background-color: #272822; color: #f8f8f2; font-family: Consolas, monospace; font-size: 9,8pt;"><span style="font-size: x-small;">eps<span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #ae81ff;">0.002<br /></span>light_curve.<span style="color: #66d9ef;">fold</span>(<span style="color: #aa4926;">period</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #ae81ff;">2.</span><span style="color: #f92672;">*</span>(<span style="color: #ae81ff;">1</span><span style="color: #f92672;">-</span>eps)<span style="color: #f92672;">*</span>pg.period_at_max_power, <br /> <span style="color: #aa4926;">wrap_phase</span><span style="color: #f92672;">=</span><span style="color: #ae81ff;">2</span>).<span style="color: #66d9ef;">scatter</span>()<br /></span><pre style="font-family: Consolas, monospace;"><span style="font-size: x-small;"><span style="color: #66d9ef;">print</span>(<span style="color: #e6db74;">'Melhor período encontrado ='</span>,\</span></pre><pre style="font-family: Consolas, monospace;"><span> </span><span> </span><span> </span><span> </span>(<span style="color: #ae81ff; font-size: small;">2.</span><span style="color: #f92672; font-size: small;">*</span><span style="font-size: small;">(</span><span style="color: #ae81ff; font-size: small;">1</span><span style="color: #f92672; font-size: small;">-</span><span style="font-size: small;">eps)</span><span style="color: #f92672; font-size: small;">*</span><span style="font-size: small;">pg.period_at_max_power))</span></pre><span style="font-size: x-small;">plt.<span style="color: #66d9ef;">show</span>()</span></pre></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnba6zYps0QNCD1Gya4A9xIqO8AJ6X6__4WuhYBGSBGiQG3AdTkwHcwJFe74QimgvQHC2FN4OkffQ3DgF_mg9Z60EFG5uNPp0WfLda3-BDASHOSR1UC-1eYpyV1VoIf4YUr_sk1CL52mXB2YTVnq5eFeXqWlUfC4s5c2A2EaFZ3ekz5Q_4PipJKKYC/s736/fig04.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="364" data-original-width="736" height="316" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnba6zYps0QNCD1Gya4A9xIqO8AJ6X6__4WuhYBGSBGiQG3AdTkwHcwJFe74QimgvQHC2FN4OkffQ3DgF_mg9Z60EFG5uNPp0WfLda3-BDASHOSR1UC-1eYpyV1VoIf4YUr_sk1CL52mXB2YTVnq5eFeXqWlUfC4s5c2A2EaFZ3ekz5Q_4PipJKKYC/w640-h316/fig04.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 4 Diagrama de fase dobrada (phase folding) para a curva de luz da Fig. 2 e período ajustado a partir do retornado segundo o periodograma da Fig. 3.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O melhor período encontrado foi assim 2.8666162 dias. Notamos que o diagrama de fases dobradas se altera se não houver especificação do período até, pelo menos, 4 casas depois do ponto decimal. Asim, concluímos que o período pode ser definido com grande precisão a partir da análise realizada usando dobradura de fase. Esse períodos em unidades de tempo da Terra é igual a 2 dias, 20 horas e 47 minutos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Um outro exemplo: sistema sextuplo Sistema TYC 7037-89-1 ou TIC 168789840</b></div><p style="text-align: justify;">Como Algol é uma binária muito conhecida, aplicamos aqui o método descrito acima com sistema TYC 7037-89-1 ou TIC 168789840. Trata-se de uma singela estrelinha de mag. visual 11.5 na constelação do <i>Eridanus</i>, classificada como "binária eclipsante" no SIMBAD, mas que foi recentemente confirmado como um sistema de estrelas sextuplas [<a href="https://www.nasaspaceflight.com/2021/01/tess-triple-binary-eclipsing-star-system-close-exoplanets/" target="_blank">7</a>]. Para isso substituimos o TIC de entrada pelo valor 168789840 e buscamos por dados no setor 32. A curva de luz resultante é conforme a Fig. 5.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6fHZ05GLK17EiQqXHybgWc0F8FFKaCV70DkMJUB8VsEps4jFcA1lUxlWH10HoLvcOc4hONrD4RBtVE2tG-AjNt5k29dgxcxygiRD_GXInfSrrzZqiObyanOKhvFolnyNSTEE8WpYxrmYvXSukdSfH5l3MjRQRZAfECVvqwlX_1KYPZOMwmML4DDMt/s740/fig05a.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="740" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6fHZ05GLK17EiQqXHybgWc0F8FFKaCV70DkMJUB8VsEps4jFcA1lUxlWH10HoLvcOc4hONrD4RBtVE2tG-AjNt5k29dgxcxygiRD_GXInfSrrzZqiObyanOKhvFolnyNSTEE8WpYxrmYvXSukdSfH5l3MjRQRZAfECVvqwlX_1KYPZOMwmML4DDMt/w640-h300/fig05a.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 5 Curva de luz TESS para o sistema TYC 7037-89-1 exibindo uma complexa sequência de mínimos. Esse sistema corresponde a um conjunto de 6 estrelas que formam um sistema sextuplo eclipsante.</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">O mais impressionante foi a confirmação de que se trata de um sistema sextuplo (o que é raro) e, ainda mais, todos os componentes se alinham em relação à Terra para produzir eclipses! A estrutura do periodograma é mostrada na Fig. 6.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPGoJw27s8BnAfZguIVLggLJrZsMb4xRFcrBVoRfnfNnxevp8azcKXOnJwruRDiWh5Bu-rK3DP2UytO6EuGjgNlBYMmeHE4bMJRxxl6BfWREGUZigORhxR1bEvwpRcjaYvsceCTOiwVMEB5mRh9UGrXOcWiaFGnpNOJus4so-UB5X3FBueR4UeYPhs/s741/fig05b.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="386" data-original-width="741" height="334" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPGoJw27s8BnAfZguIVLggLJrZsMb4xRFcrBVoRfnfNnxevp8azcKXOnJwruRDiWh5Bu-rK3DP2UytO6EuGjgNlBYMmeHE4bMJRxxl6BfWREGUZigORhxR1bEvwpRcjaYvsceCTOiwVMEB5mRh9UGrXOcWiaFGnpNOJus4so-UB5X3FBueR4UeYPhs/w640-h334/fig05b.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 6. Periodograma obtida pelo método descrito aqui para o sistema sextuplo. A presença de inúmeros picos secundários em torno do principal revela a existência de outros componentes na estrutura dos eclipses. </td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">O diagrama de fase ajustado (para <span style="font-family: courier;">eps = 0.002</span>) é mostrado na Fig. 7.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ-czUL7124ELa7KdRDFX09neqpn-8gyysT8y9HGDmLXQvgYChiUt2aRHCZXcFjDzoWNvmZKMcki_XUqBDKr9R69IW4-AFtC_ZnPgsma7VUydmYV2sN06Xgyyv1-GEEvPBVXd7ybzv8UbZoH7yffqCSEfcQuFSYjA5B-FIy4ygUWqxVdyw7h5GVtSb/s752/fig05c.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="346" data-original-width="752" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZ-czUL7124ELa7KdRDFX09neqpn-8gyysT8y9HGDmLXQvgYChiUt2aRHCZXcFjDzoWNvmZKMcki_XUqBDKr9R69IW4-AFtC_ZnPgsma7VUydmYV2sN06Xgyyv1-GEEvPBVXd7ybzv8UbZoH7yffqCSEfcQuFSYjA5B-FIy4ygUWqxVdyw7h5GVtSb/w640-h294/fig05c.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 7 Diagrama de fase dobrada para o período principal correspondente ao máximo do periodograma e corrigido para o fator eps = 0.002. </td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;">A presença de mínimos que não coincidem na Fig. 7 revela a existência de outros pares emaranhados na estrutura de variação de brilho. Esses foram separados e identificados como produzidos por eclipses periódicos de 3 pares de estrelas. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="text-align: center;">O período principal encontrado com o código acima foi 1.5691781 dias.</span></p><p><b>Referências</b></p><p>[1] Devmedia (2022). Python Tutorial. <a href="https://www.devmedia.com.br/python-tutorial/33274">https://www.devmedia.com.br/python-tutorial/33274</a> </p><p>[2] UFF (2009) Tutorial de Introdução ao Python. <a href="https://www.telecom.uff.br/pet/petws/downloads/tutoriais/python/tut_python_2k100127.pdf">https://www.telecom.uff.br/pet/petws/downloads/tutoriais/python/tut_python_2k100127.pdf</a> </p><p>[3] <a href="https://jupyter.org/try-jupyter/lab/">https://jupyter.org/try-jupyter/lab/</a></p><p>[4] <a href="http://simbad.cds.unistra.fr/simbad/">http://simbad.cds.unistra.fr/simbad/</a> </p><p>[5] <a href="https://mast.stsci.edu/portal/Mashup/Clients/Mast/Portal.html">https://mast.stsci.edu/portal/Mashup/Clients/Mast/Portal.html</a></p><p>[6] <a href="https://docs.lightkurve.org/">https://docs.lightkurve.org/</a></p><p>[7] C. Gebhardt (2021). <i>TESS reveals triple-binary eclipsing star system & Sun-like star with extremely close exoplanets</i>. Ver: <a href="https://www.nasaspaceflight.com/2021/01/tess-triple-binary-eclipsing-star-system-close-exoplanets/">https://www.nasaspaceflight.com/2021/01/tess-triple-binary-eclipsing-star-system-close-exoplanets/</a></p><p><br /></p><p><br /></p><p>https://docs.lightkurve.org/tutorials/1-getting-started/what-are-periodogram-objects.html </p></div></div></div><div><br /></div></div></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-7301591216122220402023-01-17T12:58:00.008-03:002023-02-01T13:39:17.748-03:00 Cometas em 2023: C/2022 E3 (ZTF)<br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLO2wOQmQdexFryVopa2CQ96quYv_QzCZ6pS5rJAKd0RJ94QKlVOfx9i9cD4CAWwUU5GG_AZCZnnPcTizp45KxfM4rym9d8OAYh9yJnTvwUzAurVZkDwBzYDlhVJX0t2X6A13m-JsXPps2NE2s3J8GfbMlnCzsdPyR7g_vpKvgXX8soELygpI30Fd7/s845/ZTF2023.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgLO2wOQmQdexFryVopa2CQ96quYv_QzCZ6pS5rJAKd0RJ94QKlVOfx9i9cD4CAWwUU5GG_AZCZnnPcTizp45KxfM4rym9d8OAYh9yJnTvwUzAurVZkDwBzYDlhVJX0t2X6A13m-JsXPps2NE2s3J8GfbMlnCzsdPyR7g_vpKvgXX8soELygpI30Fd7/s320/ZTF2023.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="text-align: start;">Imagem do cometa C/2022 E3 (ZTF) 18/12/2022 por Michael Jager.</span></td></tr></tbody></table> <br /><div><div style="text-align: justify;">Trata-se de um cometa que tem recebido atenção exagerada de inúmeros sites nacionais. Muitos desses sites replicam sem contestação o que traduzem de outros sites externos empolgados por um cometa favorável ao hemisfério norte.</div><p style="text-align: justify;">Até o momento, será o cometa mais brilhante em 2023 para o Brasil, muito embora seu brilho atinja mag. 4.5 em janeiro de 2023 em favor do hemisfério norte e se reduza para 5.0 em fevereiro. Isso torna o C/2022 E3 (ZTF) de difícil observação a não ser na zona rural. Definitivamente, não é um alvo para observação fácil para o grande público fixado nas grandes cidades. Além da posição boreal, a empolgação com sua chegada se deve a uma variação inesperada de brilho que o colocou no limite da observação visual. Aguardaríamos outra explosão de brilho?</p><p style="text-align: justify;">Como é um cometa com órbita de excentricidade próxima a 1.0 (uma parábola) trata-se de um corpo que, provavelmente, não retornará ao sistema solar interior. É um membro da distante núvel de Oort. </p><p style="text-align: justify;">Em janeiro de 2023 atingiu o periélio no dia 12. Será um objeto de difícil observação no hemisfério sul em seu brilho máximo, exceto para localizações mais próximas do equador. É o caso para observadores na região norte do Brasil, principalmente nos Estados de Amapá e Roraima. No final de janeiro atinge sua posição mais boreal possível e mais próxima da terra (0,284 UA de distância), próximo à estrela Polaris da Ursa Menor (declinação +71 graus). </p><p style="text-align: justify;">Depois de sua máxima aproximação, segue em direção ao hemisfério austral, porém, quando estiver em posição favorável para observadores do hemisfério sul terá reduzido de brilho de forma significativa, tornando-se visível apenas por meio de instrumentos. </p><p style="text-align: justify;"><b>Referências</b></p><p style="text-align: justify;"><a href="https://cometchasing.skyhound.com/">https://cometchasing.skyhound.com/</a></p><p style="text-align: justify;"><a href="http://www.aerith.net/comet/catalog/2022E3/2022E3.html">http://www.aerith.net/comet/catalog/2022E3/2022E3.html</a></p></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br />Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-66538073820443563802023-01-04T08:02:00.001-03:002023-03-06T09:48:39.646-03:00Recursos em astronomia para usar em casa (TESS)<p style="text-align: center;"> <img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnYQCOzaeH5DYeghxHN9k3u2cbvVvQX6MMfw-OJOM8SRyS1ZCX4KTdZu_RQjZJXlYrZXaMGEhZzBVE2f8wg21qgwmRbhllPD5-Nx_johUDcnCSWkFe0u5BRqxJa5qaLjkxIbnmKhQB-6_ZbnmOTDaWJyNPAIMNCY691Lrc1vUfea9A0MQ699pwqNMK/s1600/tess01P.jpg" /></p><div style="text-align: justify;">Da mesma forma como nossa vida se influenciou pelas plataformas digitais e mídias socias da internet, a Astronomia é hoje uma "comunidade virtual", onde pouco importa possuir um instrumento para fazer contribuições relevantes, desde que se participe da comunidade certa. Muitas comunidades de pesquisa disponibilizaram um grande número de recursos de acesso a dados gerados por instrumentos profissionais. Esses recursos podem ser usados para se fazer descobertas. </div><br /><div style="text-align: justify;">Assim, nasce a possibilidade do astrônomo amador fazer contribuições, mesmo sem a necessidade de qualquer equipamento, exceto um computador com acesso à internet. Um exemplo prático é o banco de dados MAST (<i>Mikulski Archive for Space Telescopes</i>, acessível via <a href="https://mast.stsci.edu">https://mast.stsci.edu</a>) que reúne milhares de entradas de dados sobre corpos celestes obtidas por inúmeros telescópios, inclusive espaciais.</div><br /><div style="text-align: justify;">Dentre os telescópios espaciais está o TESS (<i>Transiting Exoplanet Survey Satellite</i>, informação disponível em <a href="https://tess.mit.edu/science/">https://tess.mit.edu/science/</a>) ou satélite de buscas por planetas em trânsito. A missão espacial TESS é uma continuação da missão Kepler responsável pela descoberta de milhares de planetas alienígenas ou "exoplanetas". Esse é o nome dado a planetas que orbitam outras estrelas. Um dos objetivos do TESS é achar planetas pequenos (com diâmetro menor que 4 diâmetros da Terra) em torno de estrelas suficientemente brilhantes.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeiAw9xaEJTVPeu6w-F3nRgsCdyhZRWl8ftJhxPP72eFcD9GYb5C3PKtAERNIGsPmgKwVqRfHuSPqEliBXLrokTQ8Z40MIE1tnfMxcahPPD25clYAHk7ZG4BAVf3gVPJOWNWkAscvCqzRFjeafy720Ea_KwK-j_EcOrijDwZO1Bwn8nIwGIvxmlebL/s527/tess02.gif" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="500" data-original-width="527" height="304" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgeiAw9xaEJTVPeu6w-F3nRgsCdyhZRWl8ftJhxPP72eFcD9GYb5C3PKtAERNIGsPmgKwVqRfHuSPqEliBXLrokTQ8Z40MIE1tnfMxcahPPD25clYAHk7ZG4BAVf3gVPJOWNWkAscvCqzRFjeafy720Ea_KwK-j_EcOrijDwZO1Bwn8nIwGIvxmlebL/w320-h304/tess02.gif" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Figura 1 Como se descobrem planetas alienígenas. Uma redução de brilho é observada quando um planeta passa na frente do disco da estrela. Imagem segundo [1]. Para ter eficiência, é necessário dispor de um instrumento que monitore constantemente o brilho de amplos setores no céu. Esse é o caso da missão TESS.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><div>A TESS usa o método dos "trânsitos". Quando um planeta passa na frente de uma estrela, ocorre uma queda de luz (Fig. 1). Essa redução de brilho é detectada pelo telescópio. Na missão TESS 4 câmeras de 10 cm de diâmetro vasculham o céu periodicamente e produzem registros de brilho ao longo de vários dias. A redução observada de brilho é diretamente proporcional ao diâmetro do planeta alienígena. Dessa forma, quanto maior o planeta em relação à estrela, maior a chance de ele ser descoberto. Por outro lado, para um determinado diâmetro de planeta, quanto menor a estrela que o abrigue, maior a chance também de descoberta.</div><div><br /></div><div>Há possibilidade real de astrônomos amadores contribuírem na descoberta de novos planetas usando dados da TESS, pois todos os seus dados são públicos. Uma maneira de se começar a analisar esses dados é por meio do projeto "Planet Hunters TESS" [1], que é um projeto voltado para "cidadãos cientistas". Ali é possível aprender a analisar curvas de brilho, discutir possíveis casos de interesse ou aprender sobre curvas de estrelas variáveis. Nesse último caso, é grande a chance de se topar com uma estrela variável ou binária eclipsante. Há milhões de entradas disponíveis.</div><div><br /></div><div>Ao longo de vários posts, vamos discutir aqui as perspectivas de uso desses dados. Neste primeiro, mostramos um pouco sobre como é possível usar o MAST para acessar dados do TESS. Com acesso à internet é possível imediatamente visualizar dados de curva de luz. Aqui apresento um procedimento geral para isso. </div><div><br /></div><div><b>Acesso e análise dos dados do MAST da estrela </b><b style="background-color: white; color: #202124; font-family: arial, sans-serif; font-size: 14px; text-align: left;"><i>π</i></b><b> Mensae.</b></div><div><b><br /></b></div></div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE4vr44zm1t4PQe0xK15qvFW3gvjorzqmtXbwZGqYBFjYSEgMHO_RUPNEWbr77_SXFeLcCZgzz27kzwfYX4MP96kEggf7CpEHad65GCsQgJFPJkgZETGD8nrDpS1a9aGOgYiegUy1uLViQOmRIm9rmRLXNAmP5OiGhLU97im6mDZIwHDLf4CMAq0kz/s599/tess03p.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="344" data-original-width="599" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhE4vr44zm1t4PQe0xK15qvFW3gvjorzqmtXbwZGqYBFjYSEgMHO_RUPNEWbr77_SXFeLcCZgzz27kzwfYX4MP96kEggf7CpEHad65GCsQgJFPJkgZETGD8nrDpS1a9aGOgYiegUy1uLViQOmRIm9rmRLXNAmP5OiGhLU97im6mDZIwHDLf4CMAq0kz/s16000/tess03p.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 2 Campo de busca da estrela TIC 261136679 para acesso aos dados do telescópio TESS.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Como vamos acessar dados do TESS, precisamos conhecer como é feita a catalogação das estrelas na base de dados desse telescópio. Toda estrela em seu catálogo é registrada como um número com a sigla TIC (que significa <i>TESS Input Catalog</i> ou “catálogo de entradas TESS”) na sua frente. Por exemplo, um planeta foi descoberto na estrela π Mensae [2]. A estrela que abriga o planeta recebeu a designação TIC 261136679, embora seu nome também possa ser achado como “π Mensae” (ou SAO 258421, HD 39091 etc). Ao se entrar no catálogo [1], simplesmente copiamos “TIC 261136679” para o campo “end enter target” no campo superior direito e clicamos “search” como mostra a Fig. 2. O resultado da busca é uma página parecida como a Fig. 3.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqPl1VtpEoMjpTRU9pZKpXwUorhZqqyzNeo25i-SjMPJ-tbWq-dBf9_WG2A8D09_v1YV_w0SzKykqdOf3m9yNvGp_pgdgltWI78vAc-2TcYykL1EUrAxgtEBOit4OX_k3k3uUn2O1HUb4hBrgnI0xknCaQVFVNfInKMADp8jbqfEcVMa44bKim-z8D/s600/tess04p.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="217" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiqPl1VtpEoMjpTRU9pZKpXwUorhZqqyzNeo25i-SjMPJ-tbWq-dBf9_WG2A8D09_v1YV_w0SzKykqdOf3m9yNvGp_pgdgltWI78vAc-2TcYykL1EUrAxgtEBOit4OX_k3k3uUn2O1HUb4hBrgnI0xknCaQVFVNfInKMADp8jbqfEcVMa44bKim-z8D/s16000/tess04p.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 3 Resultado da busca. A imagem da estrela é vista na parte direita.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Como mostrado nessa figura, restringimos o acesso para apenas dados TESS clicando-se na caixa disponível sob o título “Mission” na parte esquerda da tela. A imagem da estrela é mostrada na parte direita. Esse mapa é, de fato, uma foto que pode ser ampliada. Na parte central podemos ver vários segmentos de dados correspondentes às campanhas de observação realizadas em que dados do campo contendo a estrela procurada podem ser encontrados. Sob o título de coluna “Actions”, podemos clicar no botão com o símbolo:</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9zpEnEWqXXASostuwyx-Tz-6idkGkrb9Bg23AKGDf4LYWSKqdmw4T1BbEWZRC_YlB2JPeBGq1d2HWEo5eEhqt9kVrJ6s5myUS8b3hftgPEzJtnS5ecAwzWnfY94LigeMmPTiHyo_gPwhpginVgZEYlmZeZTpq_X6ZyrY_EbJnZvBWnyl6iLCUV9I6/s33/tess05.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="27" data-original-width="33" height="27" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj9zpEnEWqXXASostuwyx-Tz-6idkGkrb9Bg23AKGDf4LYWSKqdmw4T1BbEWZRC_YlB2JPeBGq1d2HWEo5eEhqt9kVrJ6s5myUS8b3hftgPEzJtnS5ecAwzWnfY94LigeMmPTiHyo_gPwhpginVgZEYlmZeZTpq_X6ZyrY_EbJnZvBWnyl6iLCUV9I6/s1600/tess05.png" width="33" /></a></div><div style="text-align: justify;">que dá acesso a uma provável curva de luz já disponibilizada. Ao se seguir esse caminho, conforme a rapidez de sua conexão, aparecerá uma janela como mostrada na Fig. 4.</div><div style="text-align: justify;"><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZwKIndMnfP1q-U3NUJlkHsFARB9U8tUmfuDzP0mycedSY9xjAMm-4BlvFSM72XVMgFQICy2RG1UcKA8q76MA-FlG4JCvRAJwu2XHJX1l0NdU7dLqOCHbZnXiaTs58Uq1wzfmuFssTssy8s-zxsP2vMOLO-e-s3OUk9OFKKTwEouGbeXASZmcuf2Dy/s600/tess06p.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="307" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZwKIndMnfP1q-U3NUJlkHsFARB9U8tUmfuDzP0mycedSY9xjAMm-4BlvFSM72XVMgFQICy2RG1UcKA8q76MA-FlG4JCvRAJwu2XHJX1l0NdU7dLqOCHbZnXiaTs58Uq1wzfmuFssTssy8s-zxsP2vMOLO-e-s3OUk9OFKKTwEouGbeXASZmcuf2Dy/s16000/tess06p.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 4 Visualizador de curva de luz.</td></tr></tbody></table><br /><div>Há duas opções de dados como mostrado na parte direita. O bloco em laranja (PDCSAP) corresponde aos dados processados. O bloco em verde/azul (SAP) são dados não processados. Deve-se escolher os dados processados. É possível alterar alguns parâmetros do gráfico da curva de luz central usando as opções que aparecem na parte esquerda. Para a série temporal (curva de luz) processada, o gráfico correspondente ao conjunto de número 14 é mostrado na Fig. 5. </div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUagfqJiuN7FLi9IGShUqGGhKsLZlSUW2BIMcNzSbGph93T9qtVhyCMhUfI4nlkVCzF2PqnGvzxZhBJBCjwGPDOt3PIkdVuZ3oMyK1kvYnFRCKas70D1Vcsd8ankwNmgCPuCQT76K5PSeR3fcD_sIbwOXg0xyJhMZKGG4fmN8UR_-gRytF5OJxjgX1/s400/tess07p.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="365" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUagfqJiuN7FLi9IGShUqGGhKsLZlSUW2BIMcNzSbGph93T9qtVhyCMhUfI4nlkVCzF2PqnGvzxZhBJBCjwGPDOt3PIkdVuZ3oMyK1kvYnFRCKas70D1Vcsd8ankwNmgCPuCQT76K5PSeR3fcD_sIbwOXg0xyJhMZKGG4fmN8UR_-gRytF5OJxjgX1/s16000/tess07p.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 5 Dados processados do TESS para um dos setores em que a estrela π Mensae pode ser encontrada. As quedas de luz são produzidas por eventos de trânsito de um exoplaneta [2].</td></tr></tbody></table><br /><div>Esse gráfico mostra a variação de brilho (medido em fluxo de número de partículas por segundo) ao longo do tempo medido em dia. Há diversas quedas de luz observadas em intervalos regulares. O faixa central sem dados corresponde ao período de tempo em que o telescópio TESS estava transmitindo dados à Terra e, por isso, não foram tomadas medidas nesse intervalo. O tempo é medido em BJD (datas Julianas-Besselianas) diretamente relacionados a intervalos de tempo em horas e dias terrestres. </div><div><div><br /></div><div>As quedas observadas de luz na Fig. 5 são eventos de trânsito do exoplaneta. As variações na grande massa de dados entre os fluxos 1.46418 e 1.46504 são oscilações naturais no brilho da estrela ou resultado de incertezas no sensor. Essas oscilações determinam o limite de sensibilidade do telescópio TESS, pois, se as quedas observadas na Fig. 5 estivesse todas dentro desse intervalo, o planeta não teria sido observado. </div><div><br /></div><div>O intervalo de tempo entre as quedas é o período de trânsito do planeta que corresponde ao seu período orbital. O gráfico no MAST (Fig. 5) é interativo. Podemos medir o período simplesmente calculando a diferença nos tempos (eixo x) entre dois trânsitos sucessivos. Por exemplo, há uma queda mais ou menos em BJD 12,748 e outra imediatamente anterior em BJD 6,482. A diferença corresponde ao período de 6,26 dias. Para testar a validade desse tempo, abrimos a opção “phase folding” que realiza uma “dobradura de fase” na curva de luz de forma a empilhar dados no tempo conforme um período de tempo fornecido. Para isso, clicamos na opção “<i>Phase folding</i>” na parte esquerda do gráfico da Fig. 4, inserimos o valor 6,26 no campo “<i>Period (days)</i>” e clicamos em “<i>enable phase folding</i>”. O resultado é mostrado na Fig. 6. As quedas estão todas “encavaladas” em um mesmo intervalo de fase que se inicia em zero. Dessa forma confirmamos a descoberta de um planeta alienígena! Como no caso de TIC 261136679, existem milhares de outras estrelas que aguardam a contribuição de pessoas para identificar essas quedas de brilho nos gráficos. Esse é o objetivo do programa [1].</div></div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcy50ia0FvKlAAoW2sZhDQf1A_Y0z3kgqDDKXpcJ_CiYUhFJd8wKtvJyLh_ApBQbscpUG992lo_hX0bl6PFyr1vRUCuHKqQMNQRCBGUVUCSkwS4vY4j311Gi46HvhDn3NviCWUsqO8oI9RLtRnSzDNqmZE94Gn6HlVyWZ81btb5Rxs_vIHPFIyU2Lf/s600/tess08p.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="342" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhcy50ia0FvKlAAoW2sZhDQf1A_Y0z3kgqDDKXpcJ_CiYUhFJd8wKtvJyLh_ApBQbscpUG992lo_hX0bl6PFyr1vRUCuHKqQMNQRCBGUVUCSkwS4vY4j311Gi46HvhDn3NviCWUsqO8oI9RLtRnSzDNqmZE94Gn6HlVyWZ81btb5Rxs_vIHPFIyU2Lf/s16000/tess08p.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 6 Resultado da operação de “dobradura de fase” com inserção do período de trânsito observado. </td></tr></tbody></table><br /><div><div>A estrela <span style="text-align: center;">π</span> Mensae (mag. Visual 5,67) é classificada como uma estrela do tipo G0V que dista 18,2 parsecs da Terra, ou quase 60 anos-luz. Ela tem massa muito próxima a do Sol, assim como um raio parecido com ele. Portanto, se estivéssemos no sistema de <span style="text-align: center;">π</span> Mensae, nosso sol teria brilho aparente apenas um pouco inferior.</div><div><br /></div><div>De fato, o sistema de <span style="text-align: center;">π</span> Mensae abriga pelo menos dois planetas, chamados b e c respectivamente. O período de c é 6,26 dias (segundo [2], 6,2679±0,00046 dias), enquanto que b tem período muito maior, da ordem de 2093 dias. O planeta c dista 10,2 milhões de quilômetros da estrela e tem uma massa igual a 4,82 massas da Terra [2], ou seja, é uma “superterra”. Para se ter uma ideia, Mercúrio dista em média 62 milhões de quilômetros do Sol. Por estar muito próxima da estrela, a superterra <span style="text-align: center;">π</span> Mensae c é um verdadeiro inferno. Um terceiro planeta “d” foi anunciado [3], mas permanece não confirmado.</div><div><br /></div><div><div>Outros planetas confirmados são:</div><div><ul><li>TIC 298663873 [4]: com período de 260 dias, ele somente teve um trânsito pelo TESS. Sua descoberta, feita por cientistas cidadãos, permitiu o monitoramento do trânsito quase que imediatamente. O período foi determinado por meio de medidas de velocidade radia.</li><li>TIC 307210830 [5]: aqui TESS revelou um sistema triplo, onde os componentes internos são rochosos e têm massas semelhantes à da Terra.</li></ul><div>De uma lista com mais 280 entradas somente obtidas com dados do TESS. O leitor consegue encontrar no MAST as curvas de luz para os exemplos acima?</div></div></div><div><br /></div><div><b>Conclusão</b></div><div><br /></div><div>O exemplo aqui apresentado mostra que há mais chances de se descobrir algo novo e relevante nesses dados do que por meio de telescópios que o astrônomo amador tenha em sua casa, não importa o quão caro e equipado ele seja. Por outro lado, quem tem equipamentos sofisticados e munidos de fotosensores pode se envolver em campanhas de confirmação de variação de brilho de muitos alvos do TESS como, por exemplo, o caso TIC 298663873 que é um exoplaneta de longo período. </div><div><br /></div><div>Foi-se a época em que a Astronomia dependia crucialmente de instrumentos de amadores. Hoje, ela pode se beneficiar das pessoas, porém, muito mais por meio do acesso, análise e manipulação de um volume enorme de dados públicos obtidos por instrumentos profissionais e missões espaciais. Esses dados estão catalogados e calibrados, uma condição imprescindível para que tenham valor científico.</div><div><br /></div><div>Entretanto, para que seja possível fazer descobertas, é preciso conhecimento no acesso, análise e interpretação dos dados. Nesse sentido, vamos apresentar como isso pode ser conseguido em uma série de posts futuros. </div></div></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><div><b>Referências</b></div><div><br /></div><div>[1] <a href="https://www.zooniverse.org/projects/nora-dot-eisner/planet-hunters-tess">https://www.zooniverse.org/projects/nora-dot-eisner/planet-hunters-tess</a></div><div><br /></div><div>[2] Huang, C. X., Burt, J., Vanderburg, A., Günther, M. N., Shporer, A., Dittmann, J. A., ... & Rinehart, S. A. (2018). TESS discovery of a transiting super-Earth in the pi Mensae System. The Astrophysical Journal Letters, 868(2), L39.</div><div><br /></div><div>[3] <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Pi_Mensae">https://en.wikipedia.org/wiki/Pi_Mensae</a> </div><div><div><br /></div><div>[4] Dalba, P. A., Kane, S. R., Dragomir, D., Villanueva, S., Collins, K. A., Jacobs, T. L., ... & Villaseñor, J. N. (2022). The TESS-Keck Survey. VIII. Confirmation of a Transiting Giant Planet on an Eccentric 261 Day Orbit with the Automated Planet Finder Telescope. The Astronomical Journal, 163(2), 61.</div><div><br /></div><div>[5] Cloutier, R., Astudillo-Defru, N., Bonfils, X., Jenkins, J. S., Berdiñas, Z., Ricker, G., ... & Villasenor, J. (2019). Characterization of the L 98-59 multi-planetary system with HARPS-Mass characterization of a hot super-Earth, a sub-Neptune, and a mass upper limit on the third planet. Astronomy & Astrophysics, 629, A111.</div></div></div><div><br /></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-4067244139492065542022-12-02T07:50:00.002-03:002022-12-02T08:01:08.506-03:00Alguns eventos astronômicos em 2023<p><b></b></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji-NOsCmXsLjGlczD2LlsP3vpQHdXt7s_szMiDzh61UdTZImdUriQxxLntHZznSbrzQuBHIEhcnSiD3KEvMprtg7lGCs1tCiMzIBGneq7R8aDu00xdOE5L7ewhYpRoCvhJFzNOCeC6qwpPMykuG_hE6ghMPcEd6XVgesfEYEf-01vpJjMb--0kwfuc/s574/morrocastelo02.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="171" data-original-width="574" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji-NOsCmXsLjGlczD2LlsP3vpQHdXt7s_szMiDzh61UdTZImdUriQxxLntHZznSbrzQuBHIEhcnSiD3KEvMprtg7lGCs1tCiMzIBGneq7R8aDu00xdOE5L7ewhYpRoCvhJFzNOCeC6qwpPMykuG_hE6ghMPcEd6XVgesfEYEf-01vpJjMb--0kwfuc/s16000/morrocastelo02.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Observatório Imperial, Morro do Castelo, Rio de Janeiro (imagem: autor desconhecido, provavelmente do início do Século XX).</td></tr></tbody></table><p></p><div><span style="font-size: x-large;">Q</span>uais são os eventos astronômicos previstos para 2023? Em tese, 2023 não será um ano de grandes eventos. O destaque é o eclipse anular do Sol visível quase que em todas as Américas em 14 de outubro. Esse será um eclipse visível em muitas regiões do Brasil.</div><div><div><p style="text-align: justify;">Notícias mais detalhadas sobre cometas, eclipses e outros eventos poderão ser postados aqui ao longo de 2023. Outras conjunções planetárias (suas datas, planetas envolvidos e separação) são apresentadas na última tabela.</p><p><b>Cometas em 2023</b></p><div style="text-align: justify;">O grande cometa no início do ano é o ZTF (C/2022 E3) que terá sua máxima aproximação da Terra no início de fevereiro. O nome ZTF é uma abreviação de "<i>Zwicky Transient Facility</i>", o observatório onde foi descoberto. Esse cometa alcançará brilho superior (~mag. 5.0) ao do cometa C/2017 K2 (PanSTARRS) visível ainda no início de 2023. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Outros destaques cometários em 2023 são C/2021 T4 (Lemmon) com mag. 7.0, 62P/Tsuchinshan 1 com mag. 7.0.</div><p><b>Janeiro</b></p><p style="text-align: justify;">Uma ocultação de Urano pela Lua ocorre em 1 de janeiro que será visível apenas no norte da Europa. No Brasil, será uma conjunção.</p><p style="text-align: justify;">Em 3 de janeiro ocorre uma conjunção entre a Lua e Marte. Em alguns lugares Marte será oculto pela Lua, não visível no Brasil.</p><p style="text-align: justify;">Em 13 de janeiro ocorre o periélio do cometa ZTF (C/2022 E3). No início de 2023 espera-se que esse cometa atinja mag. 6.0. </p><p style="text-align: justify;">Em 31 de janeiro, a Lua volta a ocultar Marte, mas a ocultação não será visível no Brasil.</p><p><b>Fevereiro</b></p><p style="text-align: justify;">Em 2 de fevereiro, ocorre o máximo brilho do cometa ZTF (C/2022 E3). Será um cometa favorável para observadores do hemisfério norte. </p><p style="text-align: justify;">Em 22 de fevereiro, a Lua oculta Júpiter. O evento é visível no extremo sul do Brasil. Nas outras regiões, é uma conjunção como mostrado na figura abaixo.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifsZ-TNzstI44CpfrZqGnXTE2xolgHu5D7XZDja6S_g2K4INNaqFM1du8zDc2jQJqSyg9LlEU7UGPTHWFcm8JAta4PiEROnbJHEIlhI_JlhX7uLfzWdN6S1pfaniLB3OAne4JnljrlFDygEIskDmqa1tEv1MiBGx5lnoNTC_E52hzGcjJHzKyKrlCG/s500/info_230222_moonjupoccult.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="256" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEifsZ-TNzstI44CpfrZqGnXTE2xolgHu5D7XZDja6S_g2K4INNaqFM1du8zDc2jQJqSyg9LlEU7UGPTHWFcm8JAta4PiEROnbJHEIlhI_JlhX7uLfzWdN6S1pfaniLB3OAne4JnljrlFDygEIskDmqa1tEv1MiBGx5lnoNTC_E52hzGcjJHzKyKrlCG/s16000/info_230222_moonjupoccult.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ocultação de Júpiter pela Lua em 22/2.</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><b>Março</b></p><p style="text-align: justify;">Em 1 de março ocorre uma conjunção entre Júpiter e Vênus.</p><p style="text-align: justify;">O asteroide Ceres está em oposição em 21 de março posicionado na constelação de <i>Coma Berenices</i> e visível a mag. 7.1. É a melhor época para observar esse corpo celeste com binóculo ou telescópio.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsT9Evm-TmzSGpOP5ZbOqDvtgqL1PYd0ILsSt5Qe6-qhpM3uGJxF8iE_2PSBaHoMixg3rgg9qUK9U72MEYvY57edz8aIFLB_d5X9banCLfoJXi-C-3FVhz_4qTPzc0myRU-WWROS4ZS_QXMhJx9OYNcQ-oUf7vIYGshSjE0p0pTwqrwkrdcP0V1P5h/s300/ceres.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="294" data-original-width="300" height="294" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsT9Evm-TmzSGpOP5ZbOqDvtgqL1PYd0ILsSt5Qe6-qhpM3uGJxF8iE_2PSBaHoMixg3rgg9qUK9U72MEYvY57edz8aIFLB_d5X9banCLfoJXi-C-3FVhz_4qTPzc0myRU-WWROS4ZS_QXMhJx9OYNcQ-oUf7vIYGshSjE0p0pTwqrwkrdcP0V1P5h/s1600/ceres.jpg" width="300" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O asteroide Ceres está em oposição em 21 de março.</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Em 24 de março ocorre uma conjunção entre a Lua e Vênus. Em algumas partes do mundo, a Lua ocultará Vênus (não visível do Brasil).</p><p style="text-align: justify;">Emm 28 de março, a Lua oculta Marte. Evento não visível no Brasil que será visto como uma conjução.</p><p><b>Abril </b></p><p style="text-align: justify;">Em 20 de abril haverá um "eclipse solar híbrido". Por causa da distância da Lua na data, em algumas partes da trajetória de totalidade, o eclipse será total e, em outras, será anular. De qualquer forma, esse eclipse <i>não será visível em nenhuma parte das Américas</i>. </p><p>Em 22 de abril ocorre o máximo da chuva de meteoros "Líridas". Por causa da recente lua nova (eclipse dia 20), a Lua não atrapalhará a observação desse chuveiro.</p><p><b>Maio</b></p><p>Haverá um eclipse penumbral da lua no dia 5 que não será visível nas américas em qualquer parte delas.</p><p>Em 6-7 de maio ocorre o pico do chuveiro das Eta Aquáridas que podem produzir até 60 meteoros por hora. Por causa da recente lua cheia (eclipse penumbral dia 5), a Lua atrapalhará a observação desse chuveiro.</p><p style="text-align: justify;">A Lua oculta Júpiter em 17 de maio em um evento não visível no Brasil, onde ele será visível como uma conjunção.</p><p><b>Julho</b></p><p>Uma sequência de conjunções da Lua com os planetas Mercúrio, Vênus e Marte ocorre em 19, 20 e 21 de março respectivamente.</p><p>Em 28 de julho, Mercúrio e a estrega Regulus (alfa Leo) se encontram no céu. O par poderá ser visto ao cair da tarde.</p><p>O máximo das "Delta Aquáridas" ocorre entre 28-29. Esse chuveiro produz em média 20 meteoros por hora como resultado de detritos do cometa Marsden-Kracht. Como a Lua estará próxima de cheia (em 1 de agosto), a Lua atrapalhará a observação.</p><p><b>Agosto </b></p><p style="text-align: justify;">Em 12-13 de agosto ocorre o máximo da radiante "Perseidas" como resultado de detritos do cometa Swift-Tuttle. É provável que a Lua (nova em 16 de agosto) não atrapalhe a observação desses meteoros. </p><p style="text-align: justify;">Em 18 de agosto ocorre umam conjunção tripla envolvendo a Lua, Marte e Mercúrio. A tripla será vista ao cair da tarde. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkLdtvX4udGQDUpWdnLOfpYXAwUSVXcLKzGMTqiByHmIgiyTq8Qbm6Wd-e-NiXCSCyco-ySkc8eTG3jk9m2V16sdZzbeHjY47VkL5mTJsY-rSYaX_LO4IuwNe-_esBpIzoh5uEa2_raFyqRYNZRkftgkUj87O9WKntwK6ZteUnIqwhd-Q6ITBCQJQ5/s400/info_220818_tripleconj.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="267" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkLdtvX4udGQDUpWdnLOfpYXAwUSVXcLKzGMTqiByHmIgiyTq8Qbm6Wd-e-NiXCSCyco-ySkc8eTG3jk9m2V16sdZzbeHjY47VkL5mTJsY-rSYaX_LO4IuwNe-_esBpIzoh5uEa2_raFyqRYNZRkftgkUj87O9WKntwK6ZteUnIqwhd-Q6ITBCQJQ5/s16000/info_220818_tripleconj.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Conjunção tripla em 18 de agosto.</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Em 25 de agosto a Lua oculta Antares (alfa da constelação do Escorpião), num evento que não será visível no Brasil onde ele ocorrerá como uma conjunção.</p><p>Em 27 ocorre a oposição do planeta Saturno.</p><p><b>Setembro</b></p><p><span style="text-align: justify;">Em 18 de setembro, Vênus atinge o maior brilho. Será visto de manhã, antes do nascer do Sol como a "Estrela D'Alva". Seu brilho não será muito diferente alguns dias antes e depois desta data.</span></p><p><span style="text-align: justify;">Em 21 de setembro a Lua oculta Antares (alfa da constelação do Escorpião), num evento que não será visível no Brasil onde ele ocorrerá como uma conjunção.</span></p><p><b>Outubro</b></p><p style="text-align: justify;">Em 14 de outubro ocorrerá um eclipse anular do sol que será visível em boa parte do continente americano, inclusive o Brasil, ao cair do sol. A trajetória da anularidade cortará o Brasil na região norte como mostrado no gráfico. Nas outras regiões do Brasil (até o limite da região sul), o eclipse será parcial. A coroa solar não será visível durante esse eclipse. Em Brasília/DF o disco do sol será ocultado em seu máximo de 63%, o que ocorrerá as 16:47 do horário local.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhulxTemJo4aCSh4G_2aStJiW37dR7tcn64q2tgqjyKtBuE5IXQHKFpN6WiW0vxWF7VIVqC05Hzd8qoMWrIlv_wOGzG0pJj3WX3-cdMvGpe2jY-Duqz3DQBRpRZzh7fbPmRJYzXiUJbyv3sgyCi9gbmYFdArwNKdGNwavuiFgkqwU84V9Kl--0keVYa/s600/info_231014_eclipse.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="376" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhulxTemJo4aCSh4G_2aStJiW37dR7tcn64q2tgqjyKtBuE5IXQHKFpN6WiW0vxWF7VIVqC05Hzd8qoMWrIlv_wOGzG0pJj3WX3-cdMvGpe2jY-Duqz3DQBRpRZzh7fbPmRJYzXiUJbyv3sgyCi9gbmYFdArwNKdGNwavuiFgkqwU84V9Kl--0keVYa/s16000/info_231014_eclipse.jpg" /></a></div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiA1nY66f1vCMlb55XiGJxvubl5S4-9fHXYLfg_nnnuGhq93eQfff4U-9-VUWDdjrjTkITjiwTWZf0kSPip-x_ODY5aL-ii1isR5ZGbKs7l4OEOs__bhcXtjJ6qnmldrfQ-5PF-Fcu5BZchFzShfX1_ziaqUEjnhRNkTQkV8Vx6byetXit9fyGbTcTi/s320/info_231014_eclipse02.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aspecto do eclipse solar de 14 de outubro como visto desde Brasília (16:47).</td></tr></tbody></table><br />Em 18 de outubro a Lua oculta Antares (alfa da constelação do Escorpião), num evento que não será visível no Brasil onde ele ocorrerá como uma conjunção.<br /><br />Em 28 de outubro ocorre um eclipse parcial da lua, visivel em parte do Brasil quando a Lua surgir no horizonte no começo da noite. Apenas uma parte da "umbra" tocará o disco lunar. <div><br /><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdjlT60_VEG02oVUvihCwiljKWF3B8P06RHaNZ90Be4TpxiFY7Vg6dBX2e2Qi19lq7c4KUIzsusjOvohvzFLkSqhJwaG1zXX1KULG_5nD3goC5Hb7OpHjUY913EhzFvgDtDVp5ckiSF8lg1L5ucjekK4yQ0MyvrAJ_lqblWm1dVZuHr-LbwDIy55mZ/s500/info_231028_eclipse.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="384" data-original-width="500" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdjlT60_VEG02oVUvihCwiljKWF3B8P06RHaNZ90Be4TpxiFY7Vg6dBX2e2Qi19lq7c4KUIzsusjOvohvzFLkSqhJwaG1zXX1KULG_5nD3goC5Hb7OpHjUY913EhzFvgDtDVp5ckiSF8lg1L5ucjekK4yQ0MyvrAJ_lqblWm1dVZuHr-LbwDIy55mZ/s16000/info_231028_eclipse.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aspecto do eclipse lunar penumbral de 28/10 conforme informado <a href="https://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEplot/LEplot2001/LE2023Oct28P.pdf" target="_blank">aqui</a>.</td></tr></tbody></table><div><p><b>Novembro</b></p><p>Em 3 de novembro ocorre a oposição do planeta Júpiter.</p><p>Em 13 de novembro ocorre oposição do planeta Urano.</p><div style="text-align: justify;">O chuveiro das "Leônidas" ocorre em 17-18 com um máximo estimado de 15 meteoros por hora. Com uma lua nova no dia 13, a Lua não atrapalhará a observação desses meteoros pois estará abaixo do horizonte.</div><p><b>Dezembro</b></p><p style="text-align: justify;">Em 13-14 ocorre o máximo do chuveiro "Gemínidas". Estima-se que 2023 haverá uma aparição favorável desses meteoros associados a detritos do meteoro 3200 Feton. Estima-se que meteoros de diversas tonalidades numa taxa de 120 por hora possam ocorrer. Com lua nova em 12/12, a Lua não atrapalhara as observações. Mesmo assim, o céu deverá estar limpo e a observação se dar em um local escuro, longe das luzes artificiais. </p><p><b>Luas novas de 2023 </b></p><p style="text-align: justify;">As únicas luas que interessam à observação do céu são as luas novas. Pode-se considerar dias apropriados à observação os que antecedem ou se sucedem a aproximadamente 7 dias da data das luas novas. Em 2023 essas luas ocorrem nas datas:</p><p><span style="font-family: courier;">Janeiro 21, </span><span style="font-family: courier;">Fevereiro 20</span>, <span style="font-family: courier;">Março 21</span>, <span style="font-family: courier;">Abril 20</span>, <span style="font-family: courier;">Maio 19</span>, <span style="font-family: courier;">Junnho 18</span>, <span style="font-family: courier;">Julho 17, </span><span style="font-family: courier;">Agosto 16, </span><span style="font-family: courier;">Setembro 14, </span><span style="font-family: courier;">Outubro 14, </span><span style="font-family: courier;">Novembro 13, </span><span style="font-family: courier;">Dezembro 12</span></p><p><span style="font-family: inherit;"><b>Conjunções planetárias (sem envolver a Lua)</b></span></p><p><span style="font-family: courier;"><b>Data (BRLT) Envolvidos Separação</b></span></p><p><span style="font-family: courier;">22 Jan 2023 16:36 -03<span style="white-space: pre;"> </span>Venus-Saturno<span style="white-space: pre;"> </span>0°21'<span style="white-space: pre;"> </span></span></p><p><span style="font-family: courier;">15 Fev 2023 09:19 -03<span style="white-space: pre;"> </span>Venus-Neptuno<span style="white-space: pre;"> </span><0°01'<span style="white-space: pre;"> </span></span></p><p><span style="font-family: courier;">02 Mar 2023 06:35 -03<span style="white-space: pre;"> </span>Mercurio-Saturno 0°55'<span style="white-space: pre;"> </span></span></p><p><span style="font-family: courier;">02 Mar 2023 07:41 -03<span style="white-space: pre;"> </span>Vênus-Júpiter<span style="white-space: pre;"> </span>0°32'<span style="white-space: pre;"> </span></span></p><p><span style="font-family: courier;">31 Mar 2023 03:13 -03<span style="white-space: pre;"> </span>Vênus-Urano<span style="white-space: pre;"> </span>1°17'<span style="white-space: pre;"> </span></span></p><p><span style="font-family: courier;">04 Jun 2023 01:34 -03<span style="white-space: pre;"> </span>Mercurio-Uranus<span style="white-space: pre;"> </span>2°54'<span style="white-space: pre;"> </span></span></p><p></p><p><span style="font-family: courier;">26 Jul 2023 09:45 -03<span style="white-space: pre;"> </span>Vênus-Mercúrio<span style="white-space: pre;"> </span>5°17'</span></p><p><b>Referências</b></p><p>Granato, M., Costa, I. L. C. D., Martins, A. C., Reis, D. C., & Suzuki, C. (2007). Restauração do círculo meridiano de Gautier e reabilitação do pavilhão correspondente: Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST). Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, 15, 319-357.</p><p><a href="https://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEplot/SEplot2001/SE2023Apr20H.GIF">https://eclipse.gsfc.nasa.gov/SEplot/SEplot2001/SE2023Apr20H.GIF</a></p><p><a href="https://www.fullmoonology.com/2023-new-moons/">https://www.fullmoonology.com/2023-new-moons/</a></p><p><a href="https://in-the-sky.org/">https://in-the-sky.org/</a></p></div></div></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-91622546759181690302022-11-10T08:54:00.002-03:002022-11-10T09:09:29.700-03:00Cometas em 2022: C/2017 K2 (PanSTARRS)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhn8a_IVlINK7P48eHoTeAlLRwbyeT5V2zLHjcNLQmESgZ3ds-BEUu-sgAw_vvctjBUMvIOEOTVy0SMg2QPMeCrmt8TCUBLgzkwVHN3pHnkek3Gr0qaIInI3ZDriB_G7FyIQsKi7pDTyaArlwomjMLlrBqENZ_TZGRaF7EeaHUn89gYQeKczeuRHJM/s400/C2017_K2_(PANSTARRS).jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="256" data-original-width="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhn8a_IVlINK7P48eHoTeAlLRwbyeT5V2zLHjcNLQmESgZ3ds-BEUu-sgAw_vvctjBUMvIOEOTVy0SMg2QPMeCrmt8TCUBLgzkwVHN3pHnkek3Gr0qaIInI3ZDriB_G7FyIQsKi7pDTyaArlwomjMLlrBqENZ_TZGRaF7EeaHUn89gYQeKczeuRHJM/s16000/C2017_K2_(PANSTARRS).jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Imagem de D. Wipf do Cometa C/2017 K2 (PANSTARRS) obtida em 9 de julho de 2022. </td></tr></tbody></table><br /><div>Um cometa que atingirá mag. 7.0, mas que permanecerá visível por instrumentos ópticos por um longo período de tempo (de outubro de 2022 a março de 2023). Foi em parte uma decepção, pois se esperava que atingisse ao menos mag. 5.0 e ficasse visível à vista desarmada.<br /><div><br /><div style="text-align: justify;">Descoberto em maio de 2017, o C/2017 K2 (PanSTARRS) é considerado um habitante da núvem de Oort com uma órbita hiperbólica. Isso significa que pode nunca mais retornar às proximidades do sol depois de seu periélio em 19 de dezembro de 2022. Estima-se que ele levou milhões de anos para sair de sua posição na nuvem a cerca de 50 mil UA de distância do sol para nos visitar em 2022. Esse cometa foi descoberto pelo "<i>Panoramic Survey Telescope and Rapid Response System</i>" e por isso é chamado Pan-STARRS.</div><p><b>Como será aparição em 2022.</b></p><p style="text-align: justify;">É um objeto particularmente favorável para observadores do hemisfério sul tendo em vista que o cometa cruza a linha do equador celeste em julho de 2022, permanecendo no hemisfério austral até 2023 inclusive.</p><p style="text-align: justify;">O brilho máximo desse objeto é estimado em 7.0, entretanto, podem ocorrer surtos de atividade que aumentarão o brilho de seu núcleo de forma inesperada. De fato, em um interessante artigo de Deborah Byrd podemos ler:</p><span style="color: #0c343d;"><blockquote style="text-align: justify;">O cometa bate recordes ao se tornar ativo mesmo sob a débil luz do sol distante. Astrônomos nunca viram um cometa ativo tão distante como esse, onde a luz solar é apenas 1/225 daquela que brilha na Terra. As temperaturas lá são da orde de -260C. Mesmo em tais temperaturas congelantes, uma mistura de antigos gelos na superfície - de oxigênio, nitrogênio, dióxido e monóxido de carbone - começou a sublimar e ser lançado como poeira. Esse material se expande em um vasto halo de poeira (de 130 mil quilômetros de diâmetro) chamado coma, que forma um envelope em torno do núcleo.</blockquote></span><p style="text-align: justify;">Esse é portanto um objeto com atividade incomum, mesmo a uma distância muito grande do sol. A variação de luz medida para esse cometa pode ser vista na página de Seiichi Yoshida (aerith) e mostra uma curva com máximo pouco abaixo de 7.0. Um mapa detalhado da posição desse cometa pode ser baixado <a href="https://cometchasing.skyhound.com/comets/2017_K2.pdf" target="_blank">aqui</a>. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgYyfMLohSx-g3LwPeIIY_b5CMy0t9dHI36vVvXy6ow8rWelfWgksqhih1hebf3rBuFSVLDX4q7lfIbtV0e8DXdkHGUwqVgWv3Wyy3SxB9h4wc4aX6xRxEVLE61a3W8Q9eVYuvMfAdfd1Y3DhInEqksB8wgim-Q0BYEYxWPAXbLeuwKPtzJRWVVRZEr/s16000/c2017K2im01.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Posição orbital do cometa em novembro de 2022. (vanbuitenen)</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><b>Referências</b></p><p style="text-align: justify;"> <a href="http://www.aerith.net/comet/catalog/2017K2/2017K2.html">http://www.aerith.net/comet/catalog/2017K2/2017K2.html</a></p><p style="text-align: justify;"><a href="https://earthsky.org/space/c2017-k2-panstarrs-farthest-inbound-active-comet/">https://earthsky.org/space/c2017-k2-panstarrs-farthest-inbound-active-comet/</a></p><p style="text-align: justify;"><a href="https://en.wikipedia.org/wiki/C/2017_K2">https://en.wikipedia.org/wiki/C/2017_K2</a></p><p style="text-align: justify;"><a href="http://astro.vanbuitenen.nl/comet/2017K">http://astro.vanbuitenen.nl/comet/2017K</a>2</p><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-45616765232877333302021-12-25T22:32:00.001-03:002021-12-25T22:33:44.588-03:00Cometas em 2021: C/2021 A1 (Leonard)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg3WPYlXGqIa_rXdebuhY9yaB2DkvC5u6js5C-sUTP1AfFKAPkRv3MW72jKneK7iuo008Bkhe_YXFH8WQoif_M1qY8R2IHDzO9Gb6IH7hqsNwFsMbb0i-15VGeHIy9NfLbog7c9Ih8Or1u7Gs4ze6ME8AyXTdqb7r2qe4XWtKFPrfuYMXSC4bIjaJRJ=s410" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="391" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEg3WPYlXGqIa_rXdebuhY9yaB2DkvC5u6js5C-sUTP1AfFKAPkRv3MW72jKneK7iuo008Bkhe_YXFH8WQoif_M1qY8R2IHDzO9Gb6IH7hqsNwFsMbb0i-15VGeHIy9NfLbog7c9Ih8Or1u7Gs4ze6ME8AyXTdqb7r2qe4XWtKFPrfuYMXSC4bIjaJRJ=s16000" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Desenho pelo autor do cometa C/2021 A1 (Leonard) como visto desde Brasília/DF em 25/12/2021 por meio de um telescópio refletor de 5 polegadas f/12 e uma ocular de 17 mm.</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Finalmente o grande cometa de 2021 se torna visível no hemisfério sul. A figura acima é um esboço em papel (negativo) de um desenho que fiz de minha observação do C/2021 A1 desde Brasília no dia 25 de dezembro, por volta das 20:00. É possível imaginar que, em céus rurais, esse cometa no final de 2021 deve ser um verdadeiro espetáculo, já que não foi difícil encontrá-lo com um binóculo em um céu tão poluído como de Brasília.</p><p style="text-align: justify;">O aspecto mais notável dele na data da observação acima foi a concentração do núcleo, visível como uma pequena estrela de cor alanjada (pode ser efeito da atmosfera, já que ele estava a menos de 20 graus de elevação). Seu núcleo tem cerca de 10 km de diâmetro e, no dia da observação, a distância de mais de 90 milhões de quilômetros não se mostrou obviamente na imagem. A condensação visível é parte da região mais central da coma, o que podemos chamar "núcleo óptico" do cometa (em contraposição ao seu "núcleo físico").</p><p style="text-align: justify;">No final de dezembro de 2021, o C/2021 A1 poderá ser visto como uma condensação de mag. 4.0-5.0 entre as constelações do Microscópio e o Grou, se elevando em relação ao horizonte Oeste à medida que os dias passam. O periélio desse cometa ocorrerá em 3 de janeiro de 2022, quando então ele terá reduzido seu brilho para mais de mag. 5.0. Em boa parte de janeiro de 2022 ele será visível como um <i>astro vespertino</i> entre as citadas constelações, não muito longe da estrela "Aldhanab" ou γ Grus. Sua observação nessas condições será sempre melhor depois das 19:30 do horário local. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiKv3gOfyL-dCvNOMQ3oWBjel0SVqfABAUox6g69f_n918pqeh6v2ilNUoy5Ry2RiT9Mbd0jeWvQEvt1ocQRNxJ7pbj_QLwMXcIKOwvyLfvaDp4cBbQnDDkwieXSbvdNRlpwhAfxh_KTwAJ0O20BCxccbuNMrLvF2QWAst1D7pmj8v5dXzmWfqzB2SO=s600" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="323" data-original-width="600" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiKv3gOfyL-dCvNOMQ3oWBjel0SVqfABAUox6g69f_n918pqeh6v2ilNUoy5Ry2RiT9Mbd0jeWvQEvt1ocQRNxJ7pbj_QLwMXcIKOwvyLfvaDp4cBbQnDDkwieXSbvdNRlpwhAfxh_KTwAJ0O20BCxccbuNMrLvF2QWAst1D7pmj8v5dXzmWfqzB2SO=s16000" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Posição do cometa Leonard em 25/1/22 pouco depois de escurecer como visto desde Brasília/DF. Olhe e direção ao horizonte oeste, pouco abaixo da estrela gama da constelação do Grou. Nessa data, sua observação será melhor por meio de um pequeno telescópio. </td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Vamos encontrá-lo já com mag. 8.0 no final de janeiro, mesmo assim um astro acessível à binóculos e, claro, um bom telescópio. Sua posição em 25/1 é marcada na simulação Stellarium da figura acima. </p><p style="text-align: justify;">A partir da metade de fevereiro de 2021, ele será visível como um astro de magnitude 10 no céu matutino, ainda na mesma região entre o Grou e o Microscópio. Gradativamente, esse cometa perderá brilho, tornando-se um objeto somente acessível a médios e grandes telescópios.</p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-121211918733448562021-12-02T12:24:00.001-03:002021-12-02T12:25:46.933-03:00Alguns eventos astronômicos em 2022<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-8yKBzGBe44I/YadOKfH-R3I/AAAAAAAAT5E/S8NOgGzZGO8yH2N7nZilrXW1_X15Jd8UQCNcBGAsYHQ/s561/DPedroInspecionaLUneta.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="561" data-original-width="350" src="https://1.bp.blogspot.com/-8yKBzGBe44I/YadOKfH-R3I/AAAAAAAAT5E/S8NOgGzZGO8yH2N7nZilrXW1_X15Jd8UQCNcBGAsYHQ/s16000/DPedroInspecionaLUneta.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">D. Pedro II inspeciona um "grande refrator".</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: right;"><i>O Imperador tem feito tanto pela ciência, </i></div><div><div style="text-align: right;"><i>que todo sábio lhe deve o maior respeito</i>. (Charles Darwin sobre D. Pedro II)</div><p></p><div style="text-align: justify;">O ano de 2022 terá alguns eventos astronômicos interessantes, como um eclipse total da Lua visível inteiramente no Brasil. Esse, entretanto, não será o único de 2022. Um cometa recentemente descoberto - o <b>C/2017 K2</b> (<i>PanSTARRS</i>) - será visível ao longo de vários meses no segundo semestre de 2022. Esse cometa terá boas condições de observação com binóculos no hemisfério Sul. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O final de 2022 trará a oposição do planeta Marte, que atingirá diâmetro máximo de 17'', o que permitirá observar marcas areográficas em sua superfície, bem como registros fotográficos.</div><p></p><p style="text-align: justify;">Apresentamos abaixo esses e alguns outros eventos previstos para cada um dos meses do ano próximo, com destaque para sua observabilidade desde o Brasil.</p><p>Detalhes de alguns dos eventos descritos abaixo serão apresentados ao longo de 2022.</p><p><b>Janeiro</b></p><p style="text-align: justify;">O cometa C/2021 A1 (Leonard) é visível com mag. 6.0 (ou seja, acessível por meio de binóculos e pequenos instrumentos). No início do mês, ele pode ser observado entre as constelaçõs do Peixe Austral e o Grou. Portanto, sua posição favorece observadores do hemisfério sul, logo após o pôr do Sol. </p><p><b>Fevereiro </b></p><p style="text-align: justify;">Um belo alinhamento de planetas pouco antes do nascer do Sol em 28 de fevereiro. É, na verdade, a formação de duas conjunções no céu matutino.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-pj3675Ty90I/YadQdJPsJBI/AAAAAAAAT5g/ETVk_PDUh4Mlx20a7ahLW9cmXTGQo9VEACNcBGAsYHQ/s558/con_220228_alinhamento.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="558" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-pj3675Ty90I/YadQdJPsJBI/AAAAAAAAT5g/ETVk_PDUh4Mlx20a7ahLW9cmXTGQo9VEACNcBGAsYHQ/s16000/con_220228_alinhamento.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Alinhamento de planetas (duas conjunções visíveis ao mesmo tempo) em 28 de fevereiro.</td></tr></tbody></table><p><b>Março</b></p><p style="text-align: justify;">Conjunção quádrupla em 28 de março. Olhe em direção à Leste, pouco antes do nascer do Sol.</p><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-VdGa70wyzbw/YadPzK3Z6_I/AAAAAAAAT5U/bNdQyHeE_aMmId-319foY1TRgOg7d7O_QCNcBGAsYHQ/s460/con_220328_quadrupla.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="395" data-original-width="460" height="275" src="https://1.bp.blogspot.com/-VdGa70wyzbw/YadPzK3Z6_I/AAAAAAAAT5U/bNdQyHeE_aMmId-319foY1TRgOg7d7O_QCNcBGAsYHQ/s320/con_220328_quadrupla.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Conjunção quádrupla pouco antes do nascer do sol em 28 de março.</td></tr></tbody></table><br /><b>Abril</b><p></p><p style="text-align: justify;">Conjunção muito próxima entre Vênus e Júpiter entre 30 de março e 1 de abril. Olhe em direção à Leste, antes do nascer do Sol. O dia 27 de abril também trará uma conjunção tripla, envolvendo a Lua, Vênus e Júpiter também antes do nascer do Sol. </p><p style="text-align: justify;">Um eclipse parcial do Sol ocorrerá em 30 de abril. Entretanto, esse eclipse será visível principalmente no Pacífico Sul, à Oeste do Chile e não será visível no Brasil.</p><p><b>Maio</b></p><p style="text-align: justify;">A transição do dia 15-16 de maio trará talvez o melhor eclipse total da Lua dos anos recentes, evento inteiramente visível nas Américas e, principalmente, do Brasil. Para Brasília, o eclipse se inicia às 22:32 do horário local no dia 15/5 e atinge a totalidade às 0:29 do dia 16/5. A fase parcial do eclipse termina às 2:55. Antes da data do eclipse, traremos mais detalhes sobre esse evento.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-kZzqEMpml2g/YadTNzdjM3I/AAAAAAAAT5o/C7n7i9PsPe8eqFcZtg-KC8k-DRUCJcv4gCNcBGAsYHQ/s500/ecl_220515_totallua.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="407" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-kZzqEMpml2g/YadTNzdjM3I/AAAAAAAAT5o/C7n7i9PsPe8eqFcZtg-KC8k-DRUCJcv4gCNcBGAsYHQ/s16000/ecl_220515_totallua.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;">Entre 6 e 7 de maio ocorre o máximo da chuva de meteoros <i>Eta Aquáridas</i>. Como a Lua se põe muito cedo (a Lua cheia ocorre apenas em 16/5 com o eclipse reportado acima), ela não perturbará a observação desse ano. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ZDhfR5QL0PI/YadUkv4KT2I/AAAAAAAAT5w/ZZZIwvxB_YEufYhDDHr6fvt2izbnJOotgCNcBGAsYHQ/s395/eve_220506_etaAquaridas.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="395" data-original-width="350" src="https://1.bp.blogspot.com/-ZDhfR5QL0PI/YadUkv4KT2I/AAAAAAAAT5w/ZZZIwvxB_YEufYhDDHr6fvt2izbnJOotgCNcBGAsYHQ/s16000/eve_220506_etaAquaridas.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Posição do chuveiro de Eta Aquaridas, confore indicado para pouco antes do nascer do Sol de 6 de maio (como visto desde Brasília/DF ou Latitude 15<b style="background-color: white; color: #202122; font-family: sans-serif; font-size: 14px; text-align: start;">°</b>). Marte, Júpiter e Vênus alinhados são uma boa referência para sua localização.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Entre 24-25 de maio ocorrre uma conjunção tripla entre a Lua, Marte e Júpiter, visível no céu da manhã, antes do nascer do Sol.</div><div><p style="text-align: justify;"><b>Junho</b></p><p style="text-align: justify;">Estão previstas boas condições para observação do cometa C/2017 K2 (PanSTARRS), que foi descoberto no Havaí em maio de 2017. Em junho, ele atinge mag. 6.0.</p><p style="text-align: justify;">Esse é o "grande cometa" de 2022 (pelo menos por enquanto), que poderá ser observado ao longo de vários meses do ano (até março de 2023) e atingirá um pico de brilho próximo à mag 5.0 em dezembro de 2022. Mais informações serão providas ao longo de 2022 aqui em um post especial.</p><p style="text-align: justify;"><b>Julho</b></p><p style="text-align: justify;">A chuva de meteoros <i>Eta Aquáridas</i> poderá ser observada em boas condições entre 28 e 29 de julho, já que a Lua estará nova nesses dias. No hemisfério sul, a observação é mais favorável antes do nascer do Sol.</p><p><b>Agosto</b></p><p style="text-align: justify;">Uma interessante conjunção em 19 de agosto poderá ser vista, da Lua e Marte, com presença especial do aglomerado aberto das Plêiades. Olhe em direção à Leste, antes do nascer do Sol.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-n2-hqvGv4hg/Yadcxrf6zEI/AAAAAAAAT54/YJbi2JnRXxY0s_i5HKdL0ertFls6OiEdQCNcBGAsYHQ/s324/con_220819_pleiades.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="290" data-original-width="324" src="https://1.bp.blogspot.com/-n2-hqvGv4hg/Yadcxrf6zEI/AAAAAAAAT54/YJbi2JnRXxY0s_i5HKdL0ertFls6OiEdQCNcBGAsYHQ/s16000/con_220819_pleiades.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Conjunção da Lua e Marte em 19 de agosto, com a presença das Plêiades.</td></tr></tbody></table><br /></div><div>O dia 14 de agosto é marcado pela oposição do planeta Saturno.</div><div><br /></div><div><b>Setembro </b></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;">O grande destaque de setembro é a oposição de Júpiter no dia 26, quando esse planeta terá um diâmetro aparente de 48,8". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde a Europa, será possível observar uma ocultação de Urano pela Lua no dia 14. Esse evento não será visível do Brasil.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Outubro </b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A Lua tem uma conjunção com Saturno no dia 6, com Júpiter no dia 9 e com Marte no dia 15. Marte ruma para sua oposição, tendo atingido diâmetro aparente de 12''. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">No dia 25 ocorrerá um eclipse parcial do Sol, visível apenas na Europa. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Novembro</b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Um eclipse parcial da Lua (para observadores no Brasil) ocorre no dia 8. Ésse eclipse será total para observadores no meio do Oceano Pacífico. A região de observabilidade pode ser vista no diagrama abaixo. No Brasil, o eclipse será visto com a Lua a se por no horizonte Oeste, logo, ele será tanto mais visível quanto mais próximo da borda ocidental da América do Sul estiver o observador. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Desde Brasília/DF, p. ex., apenas o início da fase penumbral será visível a partir das 5:02 do dia 8/11.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-0onnOIzrdL4/YajgQtubKmI/AAAAAAAAT7Y/ErjotQkIoNQJpGBe6o0_GfD3KVEJ-QtQwCNcBGAsYHQ/s500/ecl_221108_eclipseParcial.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="219" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-0onnOIzrdL4/YajgQtubKmI/AAAAAAAAT7Y/ErjotQkIoNQJpGBe6o0_GfD3KVEJ-QtQwCNcBGAsYHQ/s16000/ecl_221108_eclipseParcial.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">A região em branco é onde o eclipse da Lua de 8/11 poderá ser observado. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>Dezembro </b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O grande destaque deste mês é a oposição de Marte que ocorrre logo no dia 1 (o dia de maior proximidade da Terra é em 8/12). Durante a oposição, Marte se encontrará mais próximo da Terra, ocasião em que sua observação com telescópio é mais apropriada, bem como chances de boas fotos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-7p2ZYwsP91g/YaeEzkbgP2I/AAAAAAAAT6A/QdnEnmEZpRMh6rWG27fhwf_f3pyS6InhwCNcBGAsYHQ/s500/opo_2212_mars.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="146" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-7p2ZYwsP91g/YaeEzkbgP2I/AAAAAAAAT6A/QdnEnmEZpRMh6rWG27fhwf_f3pyS6InhwCNcBGAsYHQ/s16000/opo_2212_mars.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: left;">Diagrama ilustrativo da oposição de Marte conforme <span style="color: #0000ee;"><u>https://www.alpo-astronomy.org/</u></span></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">O diagrama acima mostra a evolução do diâmetro aparente de Marte desde março de 2022 até abril de 2023. Mais informação sobre esse evento será trazida ao longo do ano próximo.</div><div><p><b>Referências</b></p><p></p><ol style="text-align: left;"><li><a href="https://www.timeanddate.com/eclipse/lunar/2022-may-16">https://www.timeanddate.com/eclipse/lunar/2022-may-16</a></li><li><a href="http://www.alpo-astronomy.org/jbeish/2022_MARS.htm">http://www.alpo-astronomy.org/jbeish/2022_MARS.htm</a></li><li><a href="https://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEplot/LEplot2001/LE2022Nov08T.pdf">https://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEplot/LEplot2001/LE2022Nov08T.pdf</a> </li></ol><p></p><p><br /></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /><p></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><br /><p></p></div></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-20244607087036460782021-11-14T17:07:00.003-03:002021-11-14T17:10:41.466-03:00Eclipse parcial da Lua (19 de novembro de 2021)<p> </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-QP9aJ-12tJ8/YZFm4JoEayI/AAAAAAAASvE/uLENF7cUFd8fMrH1Eq94U2dQhbDd-c2PACNcBGAsYHQ/image.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="306" data-original-width="682" src="https://lh3.googleusercontent.com/-QP9aJ-12tJ8/YZFm4JoEayI/AAAAAAAASvE/uLENF7cUFd8fMrH1Eq94U2dQhbDd-c2PACNcBGAsYHQ/s16000/image.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1 Região aproximada de visibilidade do eclipse parcial do dia 19/11. Fonte: timeanddate.com.</td></tr></tbody></table><br /><p></p><p><i>Informações importantes sobre o Eclipse de 19 de novembro próximo</i>.</p><p></p><ol style="text-align: left;"><li style="text-align: justify;">Descrito como um eclipse parcial da Lua, a imagem da Fig. 1 ilustra a região de visibilidade prevista, com seu máximo em uma área sobre o Oceano Pacífico.</li><li style="text-align: justify;">Será um eclipse visto em sua maior parte na América do Norte, Austrália e faixa oriental da América do Sul, não sendo visível em nenhum momento na Europa, África e Oriente Médio. Na parte oriental da China, a Lua será vista eclipsada no horizonte leste.</li><li style="text-align: justify;">No Brasil esse eclipse será visível:</li><ol><li style="text-align: justify;">Quanto mais para o ocidente estiver o observador (Estados do Acre, parte oeste do Amazonas, Roraima e Rondônia);</li><li style="text-align: justify;">Quando a Lua estiver em ocaso a Oeste, ou seja, será um eclipse visível no final da madrugada, quase início do dia.</li><li style="text-align: justify;">Para a parte oriental do Brasil (região mais populosa), apenas a fase inicial (entrada na penumbra) será visível. Nesse sentido, será um "eclipse fraco", ou seja, com uma pequena variação de tonalidade visível no disco da Lua nessas regiões do Brasil. Quando a Lua estiver em sua totalidade na região central do Oceano Pacífico, ela estará abaixo do horizonte para grande parte da região costeira do Brasil.</li><li style="text-align: justify;">O melhor Estado para se observar esse eclipse, no Brasil, será assim o Acre, onde a Lua será vista eclipsada parcialmente (com imersão em parte da sombra), mas bem posicionada próxima ao horizonte oeste.</li><li style="text-align: justify;">Para Brasília/DF, a fase de eclipse penumbral se inicia as 3:02 (19/11) e a fase de parcialidade as 4:18 (19/11). A Fig. 2 ilustra a posição da Lua como vista desde Brasília/DF as 5:00. </li><li style="text-align: justify;">O final do eclipse <i>não será visto em nenhuma parte</i> do Brasil.</li></ol></ol><div><br /></div><div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://lh3.googleusercontent.com/-tD87Zmj845o/YZFqdnWeW4I/AAAAAAAASvM/R5p5kipYzyI7uqQeB1G3-xqDwzXqrIyhQCNcBGAsYHQ/image.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img alt="" data-original-height="293" data-original-width="300" src="https://lh3.googleusercontent.com/-tD87Zmj845o/YZFqdnWeW4I/AAAAAAAASvM/R5p5kipYzyI7uqQeB1G3-xqDwzXqrIyhQCNcBGAsYHQ/s16000/image.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 2 Simulação Stellarium da Lua parcialmente eclipsada as 5:00 (TL) de 19/11/2021 como visto desde Brasília/DF. O aglomerado aberto da Plêiades é visto à Leste. Nessa ocasião, a Lua está a aproximadamente 6 graus de elevação em relação ao horizonte oeste.</td></tr></tbody></table></div><div><br /></div><div><b>Referência</b></div><div><br /></div><div><a href="https://www.timeanddate.com/eclipse/lunar/2021-november-19">https://www.timeanddate.com/eclipse/lunar/2021-november-19</a> (acesso em novembro de 2021)</div><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div><p></p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-25844911443354963832021-07-05T11:29:00.001-03:002021-07-05T11:29:37.018-03:00O software Occult - previsão de ocultações e outras efemérides<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-QHP8Wdz6lH8/YN93TMdpzcI/AAAAAAAAQyw/IEp9aHs9V_Y0NFDaI5fyPja5X5jBVILOQCNcBGAsYHQ/s450/occultfig01.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="417" data-original-width="450" src="https://1.bp.blogspot.com/-QHP8Wdz6lH8/YN93TMdpzcI/AAAAAAAAQyw/IEp9aHs9V_Y0NFDaI5fyPja5X5jBVILOQCNcBGAsYHQ/s320/occultfig01.jpg" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1 Tela de uma das janelas do software <i>Occult</i> prevendo a ocultação da estrela <i>θ</i> Ophiuchi em 13 de setembro de 2021 as 22:11 TU, para a localidade onde o autor deste blog mora.</td></tr></tbody></table><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: large;"><i>H</i></span>á muitos eventos no céu que acontecem conforme a posição geográfica do observador. Esses são fenômenos "locais", que exigem que o observador tenha sua posição fornecida para que o evento seja previsto e observado corretamente. Ocultações (tanto por asteroides como pela Lua) são alguns desses fenômenos.</p><p style="text-align: justify;">Tabelas com ocultações podem ser encontradas, por exemplo, em sites como o da IOTA (<i>International Occultation Timing Association</i>) [1] para diversas localidades. A observação desses eventos requer planejamento antecipado, e, muitas vezes, o uso de equipamentos de cronometragem. De fato, para que serve a observação de ocultações? Conforme [1]:</p><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="color: #274e13;">Uma ocultação é um das visões mais extraordinárias que um astrônomo amador pode testemunhar. Ocultações são como eclipses, pois envolvem a passagem de um objeto celeste em frente a outro. Esse processo cria a oportunidade de estudar a natureza de um ou de ambos os objetos, e oferece a astrônomos amadores e profissionais excitantes oportunidades de pesquisa continuada. Se, como astrônomo amador ou dono de telescópio, você sente necessidade de ser relevante, fazer algo útil em sua vida e ver coisas que muito poucos viram, então ocultações foram feitas para você. Os fenômenos de ocultação oferecem possibilidades de descobertas e pesquisas. É possível ao amador descobrir novas companheiras de estrelas, ajudar e melhorar a estimativa dos diâmetros polares do Sol e da Lua, identificar a existência de possíveis satélites orbitando asteroides, melhor nosso conhecimento da altura das montanhas lunares e as profundidade de vales lunares nas regiões polares, determinar correções para erros de efemérides e avaliar erros na posição de estrelas, melhor nosso conhecimento da forma e tamanho de asteroides e muito mais, tudo através da ciência das ocultações. Não importa onde se vive no mundo. Se você tem acesso a um computador e possui um telescópio de ao menos 4 a 6 polegadas, se você sabe sua posição geodética seja por meio do GPS ou de um bom mapa topográfico, tem uma boa fonte de sinal horário e gravador, você pode fazer suas próprias observações desses raros e críticos eventos.</span></blockquote></div><p style="text-align: justify;">O que acontece, porém, se onde eu moro não aparece nessas tabelas? Como faço para saber quais os principais eventos de ocultação?</p><p style="text-align: justify;">Para isso existe o software <b><i>Occult</i></b>. Na sua versão 4.12.9.1 esse programa para desktop permite calcular diversos fenômenos interessantes para as coordenadas do observador. Essas coordenadas são facilmente encontradas por meio de aplicativos de GPS para celular. </p><p style="text-align: justify;">O software <i>Occult</i> pode ser instalado gratuitamente com as instruções fornecidas em [2]. </p><p style="text-align: justify;">Depois de instalar, o usuário deve ir para a seção de manutenção ("<i>Maintenance" -> "General downloads"</i>, no canto inferior esquerdo, ver Fig. 2) e baixar os diversos bancos de posição de estrelas, bem como de elementos orbitais atualizados de asteroides, planetas etc). Isso é feito de forma regular e está instruído no software.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-lpaC_asRLV4/YN94J-1a7tI/AAAAAAAAQy4/HqRG-JiGAdg3oifyK3p-oJGeCYZme6zmgCNcBGAsYHQ/s450/occultfig02.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="419" data-original-width="450" src="https://1.bp.blogspot.com/-lpaC_asRLV4/YN94J-1a7tI/AAAAAAAAQy4/HqRG-JiGAdg3oifyK3p-oJGeCYZme6zmgCNcBGAsYHQ/s16000/occultfig02.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 2 Janela principal do <i>Occult</i>.</td></tr></tbody></table><br /><p>Conforme mostrado na Fig. 2, são várias as possibilidades de previsão:</p><p></p><ul style="text-align: left;"><li>Para ocultações de asteroides;</li><li>Para ocultações por planetas e pela Lua;</li><li>Tabelas de efemérides;</li><li>Predições lunares;</li><li>Fenômenos relacionados aos satélites de grandes planetas;</li><li>Eclipses e trânsitos.</li></ul><p></p><p><b>Prevendo eclipses</b></p><p style="text-align: justify;">Eclipses exigem a menor quantidade de informação de entrada possível. Basta clicar no botão e escolher entre eclipses do sol, da lua ou trânsitos de Vênus e Mercúrio pelo disco solar. Clicando-se em "<i>lunar eclipses</i>" ficamos sabendo que a data de 16 de maio de 2022 nos trará um eclipse lunar total que será amplamente visto nas Américas como mostra a Fig. 3.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-RcCAqXa6qUA/YN972WddLHI/AAAAAAAAQzE/oyu2uQU66M0uTrppl6CY7aJD1c6WHCo3ACNcBGAsYHQ/s500/occultfig03.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="278" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-RcCAqXa6qUA/YN972WddLHI/AAAAAAAAQzE/oyu2uQU66M0uTrppl6CY7aJD1c6WHCo3ACNcBGAsYHQ/s16000/occultfig03.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 3 Previsão do <i>Occult</i> para o eclipse lunar total de 16/5/22. </td></tr></tbody></table><br /><p style="text-align: justify;">Essa figura mostra diagramas da Terra como vista desde a Lua eclipsada. Como a America do sul é visível, então a Lua estará em boa posição no céu, confirmando 04:11 TU como o horário de máximo. </p><p style="text-align: justify;">Atenção, todos os horários no <i>Occult</i> estão em "Tempo Universal" (TU), de forma que é necessário converter para o fuso do horário local e prestar atenção para a incidência de horários de verão!</p><p style="text-align: justify;"><b>Ocultações lunares</b></p><p style="text-align: justify;">Vá direto para "<i>Lunar predictions</i>" e, em seguida, "<i>predictions for single sites</i>". Na tela que aparece, o usuário deve escolher "<i>use single</i>" para entrar com coordenadas de sua posição e altitude. Chamei o meu lugar de "Home", e o <i>Occult</i> grava essa posição para uso futuro.</p><p style="text-align: justify;">Uma boa experiência é calcular ocultações para estrelas mais brilhantes que mag. 4.0 (escolha "XZ < 4.0"), deixando as opções "<i>grazes only</i>" e "<i>doubles only</i>" não selecionada. Essas opções somente selecionam "ocultações razantes" ou por estrelas "duplas". Um bom período de cálculo é um ano. O Occult passa então a varrer o calendário buscando por ocultações conforme os requisitos de entrada. As primeiras duas entradas retornadas preveem uma ocultação para a minha localidade (long -48°0'40.3" e lat -15°50'21.8" e 1200 metros de altitude) conforme a tabela abaixo:</p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;">Occultation prediction for Home</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;">E. Longitude - 48 0 40.3, Latitude -15 50 12.8, Alt. 1200m; Telescope dia 15cm; dMag 0.0</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> day Time P Star Sp Mag Mag % Elon Sun Moon CA PA VA AA</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> y m d h m s No D v r V ill Alt Alt Az o o o o</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: #fcff01; font-family: courier; font-size: x-small;">21 Jul 20 5 19 46 m 2307 B1 3.9 4.0 80+ 126 7 250 4S 188 83 178</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> R2307 = Kow Kin = omega 1 Scorpii</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> Distance of 2307 to Terminator = 3.2"; to 3km sunlit peak = 0.0"</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"><span style="background-color: white;">21 Jul 20</span> 5 19 51 Gr 2307 B1 3.9 4.0 80+ 126 6 ** GRAZE: CA 3.5S; Dist. 39km in az. 339deg. [Lat =-15.46+0.36(E.Long+48.01)]</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> Distance of 2307 to Terminator = 10.9"; to 3km sunlit peak = 0.0"</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="background-color: #04ff00; font-family: courier; font-size: x-small;">21 Sep 13 21 7 43 D 2500cB2 3.3 3.4v 50+ 90 -1 81 186 35S 149 142 146</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> R2500 = theta Ophiuchi</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> 2500 is double: AB 3.4 6.2 0.08" 20.2, dT = -0.2sec</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> 2500 is a close double. Observations are highly desired</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: courier; font-size: x-small;"> 2500 = tet Oph, 3.25 to 3.31, V, Type BCEP, Period 0.140531 days, Phase 55%</span></p><p style="text-align: justify;">A primeira estrela (amarelo acima) é ω1 Scorpi ou "Kow Kin" no Escorpião, para o dia 20 de julho de 2021 às 5:19 TU, e se trata de uma ocultação rasante, com distância estimada em 3.2". Enquanto que o segundo evento (verde acima) é em 13 de setembro de 2021, às 7:43TU para θ Ophiuchi. Conforme mostrado na Fig. 1, uma representação gráfica da Lua e da posição da estrela é mostrada ao se clicar na linha do evento assinalado para o dia 13 de setembro. O software também comenta a ocultação. Por exemplo, para θ Ophiuchi, a observação do evento é "altamente desejável" considerando que se trata de uma estrela dupla cerrada - ou seja, se espera que a variação do brilho não seja abrupta.</p><p style="text-align: justify;">Ao se escolher a opção "planetas", o <i>Occult</i> calcula eventos de ocultação lunar para planetas. Para minha localidade, estão previstas ocultações de Júpiter em 22 de março e 2023, Mercúrio em 4 de dezembro de 2021 e 24 de outubro de 2022, Urano em 22 de julho de 2022. O evento de 22 de março de 2023 é previsto para as 21:13 TU, e uma imagem Stellarium confirmando o que vai ocorrer é visto na Fig. 4 para 18:12 do tempo local. De fato, na data, a Lua se encontrará recém saída da fase nova e a cerca de 13° acima do horizonte oeste! Uma rápida consulta ao mapa lunar revela que a ocultação de Mercúrio pela Lua em dezembro deste ano será muito difícil de ser observada, pois a Lua estará muito próximam do Sol. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jYROqOmL4XU/YN-Fv-K2iaI/AAAAAAAAQzY/0Kxa5pnlfNwl5jm4aGUn1HEivkdsW3vIgCNcBGAsYHQ/s450/occultfig04.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="450" src="https://1.bp.blogspot.com/-jYROqOmL4XU/YN-Fv-K2iaI/AAAAAAAAQzY/0Kxa5pnlfNwl5jm4aGUn1HEivkdsW3vIgCNcBGAsYHQ/s16000/occultfig04.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 4 Confirmação da ocultação de Júpiter pela Lua pelo <i>Stellarium</i>, como previsto pelo <i>Occult</i>, para a minha localidade em 22 de março de 2023 as 18:12 do tempo local. </td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Para conhecer a região da Terra onde essa ocultação será visível, basta seguir o caminho "<i>Lunar Predictions" -> "Predictions of single objecs"</i>, escolher "<i>Planets: Jupiter</i>" e ajustar os anos da busca (p. ex., entre 2021 e 2026). O resultado é mostrado numa lista na parte inferior da janela. Para 22 de março de 2023, o gráfico da Fig. 5 demonstra a região de observabilidade do evento da Fig. 4.</div><div><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-tVG6Hr-pFks/YN-UUSz_WlI/AAAAAAAAQ0E/4jJyhPnCLkIvTXxxlOv1vKODRxM34aQOwCNcBGAsYHQ/s500/occultfig06.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="277" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-tVG6Hr-pFks/YN-UUSz_WlI/AAAAAAAAQ0E/4jJyhPnCLkIvTXxxlOv1vKODRxM34aQOwCNcBGAsYHQ/s16000/occultfig06.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 5. Gráfico do <i>Occult</i> da região de observaçao da ocultação de Júpiter pela Lua em 22 de março de 2023 ou o evento simulado na Fig. 5.</td></tr></tbody></table><div><b style="text-align: justify;"><br /></b></div><div><b style="text-align: justify;">Fenômenos nos satélites de Júpiter e Saturno</b></div><div><p style="text-align: justify;">Ocultações ou eclipses nos satélites dos grandes planetas Júpiter e Saturno também são possíveis e demonstram a complexa projeção de luzes e sombras nesses sistemas de múltiplos satélites e de rica dinâmica. A observação deles pode ser difícil, a depender da resolução óptica do instrumento usado e das condições de observação.</p><p style="text-align: justify;">De razoável interesse são os eclipses e ocultações "mútuas", que se pode escolher ao clicar em "<i>satellite phenomena</i>" da janela principal do <i>Occcult</i>. Escolhendo Saturno e um período de 3 anos desde julho de 2021, busquei por eventos com separação de até 0.5" entre luas de Saturno. O resultado foram eventos quase todos concentrados em 2024 (provavelmente por causa do alinhamento enre o plano orbital dos satélites e a eclíptica). </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-EQ0LErN3aEk/YN-LENCoNEI/AAAAAAAAQzs/Hcg0n94uj58AogHCBiQQ-umNHnOScjh5wCNcBGAsYHQ/s494/occultfig05.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="494" data-original-width="450" src="https://1.bp.blogspot.com/-EQ0LErN3aEk/YN-LENCoNEI/AAAAAAAAQzs/Hcg0n94uj58AogHCBiQQ-umNHnOScjh5wCNcBGAsYHQ/s16000/occultfig05.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 6 Previsão do <i>Occult </i>para "quase ocultação" entre Encélado e Mimas para 1 de junho de 2024 as 6:30TU. </td></tr></tbody></table><span style="text-align: justify;"><br /></span><div><div style="text-align: justify;">Diversos eventos são previstos para junho e julho de 2024. Em 1 de junho de 2024, às 6:30 TU, p. ex., ocorre um evento desse tipo entre Encélado e Mimas, com separação inferior a 0.5", não talvez para cacterizar uma verdadeira ocultação. A escala mostrada na Fig. 6 (de 10") demonstra que grandes aumentos (e uma grande abertura, talvez um telescópio de 30 cm de diâmetro) são neecessários para observar esse evento.</div><p style="text-align: justify;"><b>Ocultações por asteroides</b></p><p style="text-align: justify;">A observação de ocultação por asteroides pode ser planejada e reportada pelo <i>Occult</i>, que foi certamente a principal utilidade planejada desse software. Pode-se tanto tentar observar ocultações em qualquer lugar do mundo, como tentar encontrar ocultações futuras na posição geográfica de seu observatório. Eu tentei essa última opção clicando em "<i>Asteroid Predictions-> Search for and list occultations</i>". O processo exige que se tenha carregado os catalogos Tycho 2 (para plotar os mapas) e uma das versões GAIA (no meu caso escolhi até mag. 12). </p><p style="text-align: justify;">Escolhi um período de 2 anos de busca desde julho de 2021. O resultado deve ser gravado em um arquivo, que é ajustado automaticamente pelo <i>Occult</i>. Usei como "<i>search filters</i>" passagens a 300 km de minha posição geográfica (basta clicar e "<i>select site</i>", como mostra a Fig. 7. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-tf_cw5kl544/YOID9TqUWWI/AAAAAAAARBY/JAUUkHMjY4IG9tG5j4bs1hpIWuyC7mtvgCNcBGAsYHQ/s360/occultfig07.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="258" data-original-width="360" src="https://1.bp.blogspot.com/-tf_cw5kl544/YOID9TqUWWI/AAAAAAAARBY/JAUUkHMjY4IG9tG5j4bs1hpIWuyC7mtvgCNcBGAsYHQ/s16000/occultfig07.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 7 Quadro de opção dos filtros para o cálculo de ocultações por asteroides em uma localização específica. </td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">Não se deve aumentar muito o limite de magnitude das estrelas escolhidas, pois ocultações de estrelas brilhantes são raríssimas e o resultado será quase sempre vazio (estrelas brilhantes aqui são aquelas com magnitude abaixo de 9.0!). No meu caso, limitei o brilho à mag. 12. Ao se clicar no botão "<i>Search</i>" da área 5, o software passa a varrer uma lista de asteroides (quase 5000 corpos) por ocultações sobre a região escolhida. Para a minha localidade, apenas uma ocultação foi encontrada, mesmo assim, ela não cai exatamente sobre minha posição, mas a centenas de quilômetros ao norte. Isso pode ser visto no gráfico da Fig. 8, que também pode ser gerado clicando-se em "<i>Asteroid Predictions-> List and display occultations</i>" e escolhendo o arquivo gerado da busca. O processo de busca é lento se o período buscado for longo (mais de 1 ano). </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-9CE55pHBHAg/YOIGoc71ZMI/AAAAAAAARBg/r-1soDrciaAMKLFfzdJgyg7hOBAm4nv2wCNcBGAsYHQ/s600/occultfig08.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="374" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-9CE55pHBHAg/YOIGoc71ZMI/AAAAAAAARBg/r-1soDrciaAMKLFfzdJgyg7hOBAm4nv2wCNcBGAsYHQ/s16000/occultfig08.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 8 Resultado da busca de ocultações feitas pelo <i>Occult</i> para a minha localidade (representada pela cruz azul no mapa). Trata-se de um evento previsto para o dia 4 de setembro de 2022, que não ocorrerá na posição pedida, mas a centenas de quilômentros ao norte, e durará aproximadamente 8 segundos.</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;">O evento encontrado é a ocultação da estrela TYC 582101392-1 de mag. 11.4 por 5 Astraea em 4 de setembro de 2022. A previsão é de uma queda de 0.6 magnitudes durante aproximadamente 8.3 segundos. Um mapa detalhado do céu da posição da estrela é mostrado na parte inferior direita. Esse mapa pode ser usado para planejar a observação e pode ser ampliado.</p><p style="text-align: justify;">Caso eu deseje observar esse evento em particular, posso recalcular as posições no mapa a fim de encontrar um sítio de observação apropriado. Também é aconselhável refazer o cálculo com elementos orbitais mais atualizados quando próximo da data do evento, para se refinar a posição. Nesse caso, acompanhar ocultações se transforma também em uma oportunidade de turismo, e meu observatório deve ser transportado até o local para acompanhar o desaparecimento breve da estrela assinalada.</p><p><b>Conclusões</b></p><p style="text-align: justify;">O software <i>Occult</i> é uma ferramenta razoável, não só para previsão de ocultação mas também como calculadora de efemérides astronômicas. Os cálculos que ele realiza, de fato, são bastante complexos. Ele substitui com vantagens os antigos "almanaques astronômicos", porque customiza as saídas para a posição do observador. </p><p style="text-align: justify;">O usuário não deve esperar por uma interface simples e intuitiva: não há, certamente, muita intuição no manuseio das janelas, mas tudo pode ser aprendido rapidamente, facilitando seu uso contínuo. Nem há qualquer equivalente para celulares (Android etc). Esse software deve ter suas bases de dados atualizadas constantemente para que resulte em cálculos precisos. Comparações rápidas feitas com o Stellarium demonstram a excelência da ferramenta, que facilita encontrar diretamente os eventos mais relevantes de ocultação onde o observador morar. Isso não significa que não haja problemas - de fato, tudo depende bastante do grau de atualização das bases usadas para os cálculos em qualquer software que se use. </p><p style="text-align: justify;">O usuário deve prestar atenção à base de tempo que ele emprega para reportar ocultações calculadas com o <i>Occult</i> e verificadas em outros softwares. Por causa da latência em sistemas de rede, ele não deve confiar cegamente no tempo fornecido por servidores que são usados para se calibrar, por exemplo, dispositivos móveis. Esse é um assunto mais complicado que merece um post futuro dedicado. Erros de timing são esperados e o planejamento da observação de um evento de ocultação serve para se calibrar bases de dados e de modelos dinâmicos dos softwares, exigindo que os relógios usados estejam sincronizados com relógios confiáveis.</p><p><span style="text-align: justify;">Caso o leitor queira apenas uma lista rápida de ocultações previstas para 2021, vá para [3][4]. </span></p><p><b>Referências</b></p><p>[1] <span style="text-align: justify;"><a href="https://occultations.org">https://occultations.org</a>/</span></p><p><span style="text-align: justify;">[2] </span>Herald D. (2021). Occult v4.12.x.x, Occultation Prediction Software. Disponível em <a href="http://www.lunar-occultations.com/iota/occult4.htm">http://www.lunar-occultations.com/iota/occult4.htm</a> </p><p>[3] <a href="http://www.lunar-occultations.com/iota/bstar/bstar.htm">http://www.lunar-occultations.com/iota/bstar/bstar.htm</a> </p><p>[4] Asteroid occultations: <a href="https://www.asteroidoccultation.com/">https://www.asteroidoccultation.com/</a> </p></div></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-65509179398067144572021-07-02T14:04:00.003-03:002021-07-13T08:08:14.985-03:00Conjunção de Vênus e Marte em 12-13 de julho de 2021.<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-amjLwLPsTzg/YN9CrlS7qaI/AAAAAAAAQx4/z06ikRpu-d4DekVKZwZX_ojfFt0CaoL_ACNcBGAsYHQ/s469/venusMarte.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="469" data-original-width="350" src="https://1.bp.blogspot.com/-amjLwLPsTzg/YN9CrlS7qaI/AAAAAAAAQx4/z06ikRpu-d4DekVKZwZX_ojfFt0CaoL_ACNcBGAsYHQ/s16000/venusMarte.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aspecto do céu em 12 de julho de 2021, mostrando a conjunção entre Marte e Vênus ao entardecer (simulação <i>Stellarium</i> por volta das 18:40 do tempo local como visto desde Brasília/DF.)</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><i><span style="font-size: x-large;"><br />U</span></i>ma interessante conjunção entre Vênus e Marte ocorrerá em 12-13 de julho de 2021. Ela se destaca pela proximidade dos dois planetas: que estarão separados por menos de 1 grau. Logo ao entardecer do dia 12 de julho, será possível ver a Lua se juntar à dupla de planetas, formando uma bela cena para fotografia. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Maior aproximação entre esses planetas ocorrerá em 13/7, quando a lua já terá se afastado do par de planetas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Espere até o pôr-do-sol e olhe em direção à oeste, buscando pelo planeta Vênus.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-Hu2JaTl92Xk/YO1z8doiwCI/AAAAAAAARJ4/g4AIOBO9iBI8i8HdAqtdvktrV-p0hCiRwCNcBGAsYHQ/s500/conjvenusmars12jul21foto.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="375" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-Hu2JaTl92Xk/YO1z8doiwCI/AAAAAAAARJ4/g4AIOBO9iBI8i8HdAqtdvktrV-p0hCiRwCNcBGAsYHQ/s16000/conjvenusmars12jul21foto.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Conjunção como vista em 12 de julho 2021. 18:30 do horário local.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-61474625322625219882021-05-19T15:38:00.000-03:002021-05-19T15:38:15.771-03:00Eclipse total da lua em 26 de maio de 2021<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-pnJRgj6Wr3I/YKVYeLPIPUI/AAAAAAAAPp4/Dhu4zDrwylMqBE_CuSSfYVKymItS0xFWACNcBGAsYHQ/s600/210526_mooneclipse.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="262" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-pnJRgj6Wr3I/YKVYeLPIPUI/AAAAAAAAPp4/Dhu4zDrwylMqBE_CuSSfYVKymItS0xFWACNcBGAsYHQ/s16000/210526_mooneclipse.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa da região de visibilidade do eclipse da lua em 26/5/2021 segundo a referência.</td></tr></tbody></table><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;"><i>E</i></span>m 26 de maio de 2021 haverá um eclipse total da lua, com seu máximo de totalidade visível apenas para as longitudes do centro do Oceano Pacífico. Mesmo assim, o início do eclipse será visível em grande parte da América do Norte (Estados Unidos e costa oeste do Canadá). </p><p style="text-align: justify;">A lua estará completamente eclipsada na faixa branca do gráfico acima. Na região escura, nenhum eclipse será visto, o que corresponde a todo território da África e a Europa. </p><p style="text-align: justify;">Nas regiões cinzas, o eclipse será parcial.</p><p style="text-align: justify;">Para o Brasil, o início do eclipse será visto na região P1 (nordeste do Brasil) e, em boa parte do território, o eclipse será <i>penumbral</i>. Esse início se dará com a lua <i>próximo ao horizonte ocidental</i>. Á medida que o eclipse avança, a lua se põe, de forma que a fase de totalidade<i> não será visível no Brasil</i>.</p><p style="text-align: justify;">Em boa parte do Brasil (exceto para o Acre, one o eclipse será parcial), haverá leve esmaecimento da iluminação do sol no disco lunar, sem a presença de alguma sombra. A fase penumbral dura até as 9:44 TU (ou 6:44 do tempo de Brasília), quando a lua começa a ser coberta pela sobra da Terra.</p><p style="text-align: justify;">O próximo eclipse da lua ocorrerá em 19 de novembro de 2021.</p><p><b>Referência</b></p><p><a href="https://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEplot/LEplot2001/LE2021May26T.pdf">https://eclipse.gsfc.nasa.gov/LEplot/LEplot2001/LE2021May26T.pdf</a></p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-61823491339354902762021-04-20T16:02:00.000-03:002021-04-20T16:02:22.946-03:00Por que os cometas possuem caudas e de que elas são feitas?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-cLe07C0An2o/YH8kdtBdxCI/AAAAAAAAPe8/AhJegpmBj2wjIvkZR9csGk3Uaf2BKc5JwCNcBGAsYHQ/s450/cometdiagram.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="256" data-original-width="450" src="https://1.bp.blogspot.com/-cLe07C0An2o/YH8kdtBdxCI/AAAAAAAAPe8/AhJegpmBj2wjIvkZR9csGk3Uaf2BKc5JwCNcBGAsYHQ/s16000/cometdiagram.png" /></a></div><br /><p></p><div style="text-align: justify;">Longe do calor do sol, núcleos de cometas são indistinguíveis de asteroides ou outros corpos rochosos. Sua composição volátil faz com que eles percam massa muito rapidamente se aquecidos. Esses materias, em grande parte gases ou fluidos gaseificáveis, são expelidos tanto do interior da massa que compõem os núcleo dos cometas como evolam para o espaço.</div><br />Existem dois tipos de cauda:<div><ul style="text-align: left;"><li style="text-align: justify;">Uma <b>cauda de gás ou de íons</b>: criadas pelo efeito da luz ultravioleta do sol que ioniza o gás. Elas são mais 'retas' e apontam sempre imediatamente na direção oposta ao sol. Como são partículas carregadas, elas são empurradas tanto pelo vento solar como por campos magnéticos.</li><li style="text-align: justify;">Uma <b>cauda de poeira</b>: formada por partículas microscópicas, 'poeira de cometa', mas mais pesadas que a cauda de gás. Atuada principalmente pela força de radiação. Como as partículas são massivas, elas têm uma estrutura mais complexa e, a vezes, estriada, revelando fluxos não uniformes a partir do núcleo do cometa. Importante também entender que, ao se desprenderem do cometa, cada partícula é um corpo em órbita do sol. Assim, sofre a influência da atração solar, razão porque algumas caudas de poeira têm o formato encurvado.</li></ul><div style="text-align: justify;">Como cometas perdem massa quando estão próximos do sol com o aquecimento, a luz do sol exerce uma pressão (chamada "de radiação") sobre as moléculas liberdas e uma calda se forma.</div><br /><div style="text-align: justify;">A força de radiação que empurra as partículas evoladas dos cometas depende da intensidade da luz. Quanto mais próximo do sol o cometa se encontrar, tanto maiores serão as caudas, pois as partículas serão projetadas em direção oposta ao sol com maior velocidade.</div><br /><b>Referência</b><br /><br />ALFVEN, H. t. On the theory of comet tails. Tellus, v. 9, n. 1, p. 92-96, 1957. <a href="https://tandfonline.com/doi/pdf/10.3402/tellusa.v9i1.9064">https://tandfonline.com/doi/pdf/10.3402/tellusa.v9i1.9064</a></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-68747510897711947072021-02-14T15:11:00.001-03:002021-02-14T15:11:53.913-03:00Cometas em 2021: C/2021 A1 (Leonard)<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-0t3GXKr0pBk/YClfkaBj0RI/AAAAAAAAPGE/syO1qO6XVgcWQVnYhy5FCE43ecePHxywQCNcBGAsYHQ/s600/cleonard02.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="339" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-0t3GXKr0pBk/YClfkaBj0RI/AAAAAAAAPGE/syO1qO6XVgcWQVnYhy5FCE43ecePHxywQCNcBGAsYHQ/s16000/cleonard02.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Posição simulada via <i>Carte du Ciel</i> do cometa C/2021 A1 como visto desde Brasília em 10 de dezembro de 2021 as 5:40. Na ocasião, sua magnitude estimada é da ordem de 4.5, o que o torna um cometa visível a olho nu. Nesta data, o cometa está na constelação de <i>Serpens Caput</i> e muito próximo do horizonte oriental (E). </td></tr></tbody></table><p>Em 3 de janeiro de 2021, Greg Leonard, trabalhando com os recursos do observatório Mount Lemmon no Arizona (EUA), descobriu um novo cometa que logo recebeu a designação C/2021 A1. Na ocasião, uma imagem do novo corpo já mostrava uma cauda perceptível. Logo também uma primeira órbita foi calculada, indicando seu periélio para <b>3 de janeiro de 2022</b>.</p><p style="text-align: justify;">Estimativas iniciais do laboratório JPL da NASA indicam a data de maior aproximação com a Terra para o dia <b>12 de dezembro de 2021</b>, quando então o cometa Leonard passará a quase 35 milhões de quilômetros da Terra. Mais próximo ainda ele chegará do planeta Vênus (a 2,6 milhões de quilômetros) no dia 18 de dezembro deste ano. Fosse essa a distância para a Terra, teríamos um espetáculo maravilhoso no céu. Infelizmente, não podemos ir para Vênus testemunhar a aproximação.</p><p style="text-align: justify;">Logo também surgiram avaliações de seu máximo brilho, algo como no intervalo de magnitudes 4.0-5.0. Sendo uma estimativa inicial, seu brilho real poderá ainda trazer surpresas, podendo, inclusive, se mostrar visível durante o dia no início de dezembro. </p><p style="text-align: justify;">Por enquanto, o cometa é um objeto muito débil, acima da mag. 18.0. Poderá passar boa parte do ano como um objeto apenas acessível a grandes instrumentos para se tornar mais visível para pequenos telescópios no final de novembro deste ano. A época não é favorável para observação no Brasil, por causa da incidência de chuvas e imprevisibilidade climática. </p><p style="text-align: justify;">Porém, é interessante o fato de que a fase de maior brilho do C/2021 A1 favorecerá <i>observadores no hemisfério sul</i>. Portanto, uma brecha nas nuvens poderá facilitar sua observação. </p><p style="text-align: justify;">Para a região de Brasília (o que também vale para boa parte do Brasil), o objeto poderá ser visto próximo ao horizonte leste antes do nascer do sol em sua fase "<i>pré-perigeu</i>" (antes de se aproximar o máximo da Terra). No início de dezembro (entre os dias 5 de 14) o cometa se localizará entre as constelações de <i>Bootes</i> e <i>Serpens Caput</i> (como mostrado na Figura acima). Seu brilho se elevará paulatinamente com sua aproximação do sol, porém, será menos visível por causa da proximidade com o fulgor da aurora. </p><p style="text-align: justify;">Entretanto, depois do dia 14 de dezembro, o cometa será mais facilmente observado como um astro vespertino e estará mais elevado em relação ao horizonte ocidental. Entre 15 e 18 de dezembro ele estará na constelação de Sagitário, cruzando uma região rica em objetos celestes. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-YRd9TmJ6u5A/YCli1ScJYFI/AAAAAAAAPGU/msq6e0o13oUY81KTF7BhXr0Eilrlb3xlACNcBGAsYHQ/s600/cleonard03.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="353" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-YRd9TmJ6u5A/YCli1ScJYFI/AAAAAAAAPGU/msq6e0o13oUY81KTF7BhXr0Eilrlb3xlACNcBGAsYHQ/s16000/cleonard03.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Posição do cometa Leonard em 15 de dezembro de 2021 as 19:00 como visto desde Brasília. Na data, o cometa é um astro vespertino na constelação de Sagitário e com mag. 4.2.</td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Entre os dias 17 e 18 de dezembro, ele estará relativamente próximo do planeta Vênus, o que poderá ser usado para facilitar sua localização no céu. Com o passar do tempo, o cometa se tornará um objeto mais elevado no céu do hemisfério sul. No dia 24 de dezembro, com mag. 5.4 (ainda visível a olho nu em locais longe dos centros urbanos), ele poderá ser visto na constelação <i>Microscopium</i>. Gradativamente enquanto reduz seu brilho, ele também pode ser visto por mais tempo logo após do por do sol. Na ocasião de seu periélio, o cometa será visível com mag. 6.3 na constelação do Grou, ainda facilmente acessível aos observadores do hemisfério sul.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-dtYnovwYOpU/YCllpVjti7I/AAAAAAAAPGg/q5a1QQJlGi4cXn4qMX5nFI4SM0XD-sguACNcBGAsYHQ/s600/cleonard04.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="335" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-dtYnovwYOpU/YCllpVjti7I/AAAAAAAAPGg/q5a1QQJlGi4cXn4qMX5nFI4SM0XD-sguACNcBGAsYHQ/s16000/cleonard04.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Posição do cometa Leonard em 24 de dezembro de 2021, com mag. 5.4 na constelação do Microscópio.</td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Como cometas são corpos instáveis, é possível que o cometa se transforme em um espetáculo nos céus, caso sua atividade aumente consideravelmente. Ao longo do ano, com novos dados e medidas de seu brilho, será possível provavelmente corrigir nossas estimativas aqui.</div><div><div><p style="text-align: justify;"><b>Referências</b></p><p style="text-align: justify;"><a href="https://www.ap-i.net/skychart/en/start" target="_blank">Carte du Ciel (Software)</a></p><p style="text-align: justify;"><a href="https://earthsky.org/astronomy-essentials/bright-comet-c-2021-a1-leonard-2021-2022#:~:text=Bottom%20line%3A%20Comet%20C%2F2021,comet%20get%20brighter%20and%20brighter." target="_blank">Newly found Comet Leonard might become 2021’s brightest.</a></p></div></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-87340897069677510182020-12-20T14:27:00.003-03:002020-12-20T14:38:54.730-03:00A estrela de Belém<div dir="ltr" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-sSw0-2qUQQQ/X99KzxBu-9I/AAAAAAAANy4/moBMwLIf3gMfoZFw493W0bWLhIwan8-2ACNcBGAsYHQ/s480/pres%25C3%25A9pio.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="480" data-original-width="297" src="https://1.bp.blogspot.com/-sSw0-2qUQQQ/X99KzxBu-9I/AAAAAAAANy4/moBMwLIf3gMfoZFw493W0bWLhIwan8-2ACNcBGAsYHQ/s16000/pres%25C3%25A9pio.jpg" /></a></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: right;">
<i>E, tendo nascido Jesus em Belém de Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do oriente a Jerusalém, dizendo: Onde está aquele que é nascido rei dos judeus? porque vimos a sua estrela no oriente, e viemos a adorá-lo. </i>(Mateus 2:1,2)<i> </i></blockquote>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: right;">
<i>E, tendo eles ouvido o rei, partiram; e eis que a estrela, que tinham visto no oriente, ia adiante deles, até que, chegando, se deteve sobre o lugar onde estava o menino. </i>(Mateus 2:9)</blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><i>P</i></span>ara quem gosta de Astronomia, a proximidade do Natal lembra a "Estrela de Belém" ou a referência nos Evangelhos sobre o surgimento de um corpo celeste que teria indicado aos três Reis Magos a posição da Manjedoura. De fato, inúmeros astrônomos no passado se dedicaram a desvendar o significado astronômico do surgimento dessa estrela, que está registrada apenas no Evangelho de Mateus. Céticos naturalmente considerem a descrição fantasiosa, como criada à posteriori para validar toda a narrativa dos Evangelhos sobre a vida de Jesus. Entretanto, para a imensa maioria dos cristãos, essa opinião não é válida. </div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
O que seria essa estrela? Encontrar uma explicação astronômica é uma tarefa difícil, pois envolve reconciliar o texto do Evangelho com diversas possibilidades em um cenário de escassos registros da época. Dependendo de qual for favorável, há uma sequência de datas que, se aceitas, determinariam o momento mais exato do nascimento de Jesus e toda a sequência de acontecimentos de sua vida conforme narrado no texto dos evangelhos. </div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Excluindo a hipótese levantada pelo ceticismo - que chamamos aqui de "teoria da fábula"- algumas das possibilidades levantadas ao longo dos séculos para a Estrela de Belém são descritas de forma breve aqui. O assunto é complexo, pois envolve inúmeros autores e explicações possíveis.<br />
<br />
<b>Teorias</b></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Meteoro</b>: um bólido ou pedaço de meteorito que atinge a Terra vindo do espaço é um fenômeno bastante comum, mas rápido demais para se adequar ao texto evangélico, que diz ter sido a estrela vista "no oriente", de onde teriam vindo os magos. O texto sugere que o tempo envolvido desde o avistamento da estrela até o instante da manjedoura é incompatível com a hipótese do meteoro.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<b>Cometa</b>: uma representação universal dos presépios é o da Estrela de Belém como um cometa. Essa explicação leva em conta a descrição de movimento da estrela ao longo do tempo (seu "aparecimento" repentino) e apenas um cometa poderia ter essas características em um período de alguns meses (que seria comensurável com a duração da viagem dos magos até Belém).<br />
<br />
O únicos registros que duraram milênios de passagens de cometas foram feitos por astrônomos chineses e coreanos. Um apareceu em 5 a. C e outro em 4. a. C. Um outro, registrado em 12 a. C, coloca a data do nascimento de Cristo muito antes do tempo para ser aceito como possível. Segundo Humphreys [1] apenas o cometa de 5 a. C. seria um candidato à identificação de estrela dado seu brilho, conforme descrito na cronologia chinesa. Visível à vista desarmada de 6 de abril a 9 de março de 5 a. C, foi um cometa com longa cauda que teria aparecido e visto pelos magos. A cronologia permite inferir a região do céu onde o cometa foi visto, o que corresponde à constelação de Capricórnio (Ch'ien-niu). Conforme descreve Humphreys:<br />
<blockquote class="tr_bq">
<span style="color: #073763;">É interessante observar que os registros chineses descrevem o cometa de 5 a. C. como cruzando a constelação de Capricórnio. Em março-abril, Capricórnio se levanta no horizonte leste como visto desde a Arábia e vizinhanças e é observado nas primeiras horas do dia. Assim, esse cometa em particular foi visto se levantando à leste no céu da manhã. Mateus 2:2 diz que os magos viram "a sua estrela no oriente". Uma tradução alternativa para "no oriente" seria "em sua ascensão". Se essa tradução for adotada, o cometa de 5 a. C. se encaixa na descrição (...) </span>[Ref. 1, p. 398] </blockquote>
A hipótese cometária foi vista com ceticismo entre acadêmicos dada a crença generalizada de que cometas anunciariam desastres. Entretanto, conforme lembrado por Humphreys [1], cometas podiam simbolizar tanto bons como maus presságios. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Uma vantagem da hipótese do cometa é que ela resolveria o problema com a data da morte de Herodes (por volta de 4. a. C), o que claramente indica que Cristo teria nascido meia década <i>antes</i> da data oficialmente fixada pela Igreja. Outro autor que defende a teoria comentária é Nicholl [2], embora não identifique o cometa chinês como um possível candidato, e afirme que o cometa de Cristo foi um outro, não encontrado nos registros chineses.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-o-sQ0VctXww/X992rieQInI/AAAAAAAANzQ/GIainjebmZEiZqKaOz4X6ofw1KLSBbqlgCNcBGAsYHQ/s500/novastella.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="266" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-o-sQ0VctXww/X992rieQInI/AAAAAAAANzQ/GIainjebmZEiZqKaOz4X6ofw1KLSBbqlgCNcBGAsYHQ/s16000/novastella.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 1 Imagem da Wikipedia da obra de Kepler "<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/De_Stella_Nova" target="_blank">De Stella Nova</a>" de 1606 aberta na ilustração da nova estrela na constelação do Ofiúco (Serpentário). </td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;"><b>Conjunção planetária seguida de "nova estrela". </b>Em outubro de 1604 uma "<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Kepler%27s_Supernova" target="_blank">nova estrela</a>" apareceu na constelação de Ofiúco (o Serpentário, Fig. 1), que foi vista por Johannes Kepler (1571-1630) depois de algumas dificuldades de observação por causa do mau clima na Europa Central [3][4]. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Kepler, hoje conhecido como um dos mais importantes astrônomos do Renascimento, era também astrólogo. Um pouco antes, ele também observou uma grande conjunção entre Júpiter, Saturno e Marte em uma região do céu conhecida na época como o "Triângulo de fogo" (entre Sagitário, Áries e Leão). Para os astrólogos de então, uma conjunção desse tipo tinha um significado profundo. Kepler especulou que tal conjunção prenunciou o aparecimento da estrela no Serpentário . Como Kepler sabia que o ano imaginado para o nascimento de Jesus estava errado (como vimos, sabia-se que Herodes - responsável pelo massacre dos inocentes - teria morrido em 4 a. C), ele lançou a teoria de que a estrela de Belém seria uma nova estrela também precedida por uma conjunção como de Júpiter e Saturno. Os três reis magos, como astrólogos, teriam previsto a aparição da nova estrela por causas dessas conjunções. <br />
<br /></div><div style="text-align: justify;">De fato, conjunções desse tipo ocorreram em 7 a. C. e nos anos seguintes [5]. As datas das conjunções foram 27 de maio, 6 de outubro e 1o de dezembro de 7 a. C. Uma conjunção tripla (envolvendo Júpiter, Saturno e Marte) ocorreu em 6 a. C. na constelação de Peixes (associada ao Cristianismo). Elas são comuns, embora a raridade aumente quanto mais próximo se avalie os planetas na conjunção ou se a conjunção é tripla (envolve três planetas).</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Há quem afirme que uma coincidência de três grandes eventos astronômicos marcou o nascimento de Cristo [1]: um cometa, uma nova estrela e conjunções planetárias. Todas essas ideias estão profundamente arraigadas em interpretações astrológica, que se perderam no passado [1], p. 398:</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #073763;"></span><blockquote><span style="color: #073763;">Sugere-se que uma combinação de três eventos astronômicos estavam envolvidos: uma sequência de três conjunões de Saturno e Júpiter em 7 a.C, uma conjunção de três planetas em 6. a. C. e, finalmente, o aparecimento de um cometa na constelação de Capricórnio em 5 a. C. A história mundial astrológica, "Sobre conjunções, religiões e povos" de Mashalla do Sec. 8 AD baseou-se em uma teoria babilônica anterior de que importantes mudanças religiosas e políticas são preditas por conjunções de Saturno e Júpiter. Assim, Mashalla usou cálculos astronômicos Iranianos para declarar que inundações, o nascimento de Cristo e Maomé foram preditos por conjunções de Saturno e Júpiter sob circunstâncias astrológicas especiais... Dessa forma, sugere-se que a mensagem astrológica da conjunção de Saturno e Júpiter em Peixes em 7 a.C. era esta: o rei Messias nasceria em Israel. O fato de que a conjunção ocorreu três vezes em 7 a. C (maio, outubro e dezembro) reforçou a mensagem provavelmente. </span></blockquote></div><div style="text-align: justify;">E os autores de [1] continuam:</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #073763;"></span><blockquote><span style="color: #073763;">Um encontro semelhante foi observado por Kepler em 1604 que, diferentemente de Regiomontano, calculou que tais encontros entre Júpiter, Saturno e Marte ocorreriam a cada 805 anos, e sugeriu que eles coincidiam com grandes eventos históricos (suas datas supostas foram 1617 a. C. para Moisés, 812 a. C. para Isaías, 6-7 a. C para Cristo, 799 AD para Carlos Magno e 1604 para a Reforma Protestante). Para Kepler, o encontro de três planetas era astrologicamente mais importante do que conjunções sucessivas de Júpiter e Saturno, de forma que sugeriu que a supernova de 1604 e a nova estrela de 5 a. C. devem ter sido resultados dessas conjunções. Para Caldeus, Marte representava o deus da guerra, para os Persas, o guerreiro celestial. Assim, sugere-se que o encontro de três planetas em 6 a. C., depois de três conjunções sucessivas em 7 a. C., confirmou para os magos que o rei Messias haveria de nascer em Israel e seria um rei poderoso. A cena estava dada: suas expectativas aumentaram depois do terceiro sinal que indicaria que o nascimento do rei era iminente. </span></blockquote></div><div style="text-align: justify;">Assim, os "sinais do céu" (conjunções planetárias, eclipses etc) encontrados em citações bíblicas denunciam a influencia da astrologia na narrativa bíblica. A própria teoria de Kepler se fundamenta em crenças muito mais antigas, de raiz verdadeiramente astrológica.</div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Teorias "Aeronômicas"</b>. Para essas teorias, a tal estrela seria um corpo muito mais próximo da Terra - algo pertencente à alta atmosfera terrestre. Aqui entramos no campo puramente especulativo, sem registros ou de impossível "comprovação". Entretanto, um objeto desse tipo se ajustaria perfeitamente a uma interpretação literal do texto do evangelho.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b>A conjunção de Júpiter e Saturno em 2020. </b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="http://astronomiapratica.blogspot.com/2020/11/conjuncao-de-jupiter-e-saturno-em.html" target="_blank">Conforme já divulgamos, o final de 2020 será marcado por uma aproximação entre Júpiter e Saturno</a>, mais exatamente entre 20-21 de dezembro. Essa aproximação, de fato, é a mais fechada e visível a noite desde 4 de março de 1226. A Fig. 2 traz o registro da conjunção tripla que fizemos envolvendo também a lua em 16 de dezembro último. Muitos artigos recentes [6][7] identificam essa conjunção com o nome de J. Kepler, e erroneamente inferem que se trata de uma nova "estrela de Belém". Como vimos aqui, essa não foi a ideia de Kepler, a conjunção - como "ocorrência astrológica" prenunciaria para ele provavelmente outros fatos astronômicos. Para Kepler, a estrela de Belém seria uma nova estrela, que hoje sabemos serem "supernovas" ou estrelas grandes em seus últimos estágios de vida, que nenhuma relação podem ter com conjunções de planetas a milhares de anos-luz de distância.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Seja qual for a explicação, o mistério da estrela de Belém continua...</div><div style="text-align: justify;"><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-nbrMVBjOZtE/X99VEPLsIXI/AAAAAAAANzE/7xGfKswI8tAEzj8OIke9a1nlGRK5OrxQwCNcBGAsYHQ/s541/conjJupSat2020.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="541" data-original-width="400" src="https://1.bp.blogspot.com/-nbrMVBjOZtE/X99VEPLsIXI/AAAAAAAANzE/7xGfKswI8tAEzj8OIke9a1nlGRK5OrxQwCNcBGAsYHQ/s16000/conjJupSat2020.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;">Fig. 2 Conjunção tripla entre a Lua, Júpiter e Saturno em 16 de dezembro de 2020, como visto em Brasília/DF. Foto do autor. Para J. Kepler (um dos últimos astrônomos-astrólogos), conjunções desse tipo prenunciavam o aparecimento de "novas estrelas" no céu. Uma delas teria sido a Estrela de Belém.</td></tr></tbody></table><div><br /></div></div>
<div>
<b>Referências</b><br />
<br />
[1] Humphreys, C. J. (1991). The Star of Bethlehem a Comet in 5-BC and the Date of the Birth of Christ. <i>Quarterly Journal of the Royal Astronomical Society</i>, 32, 389.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
[2] Nicholl, C. R. (2015). The great Christ comet: revealing the true Star of Bethlehem. Crossway.<br />
<a href="http://www.armaghplanet.com/blog/6-theories-about-the-star-of-bethlehem.html">http://www.armaghplanet.com/blog/6-theories-about-the-star-of-bethlehem.html</a></div><div><br /></div>[3] Burke-Gaffney, W. (1937). Kepler and the Star of Bethlehem. Journal of the Royal Astronomical Society of Canada, 31, 417.</div><br />[4] Kemp, M. (2009). Johannes Kepler on christmas. Nature, 462(7276), 987-987.<div><br /></div><div>[5] Clark, D. H., Parkinson, J. H., & Stephenson, F. R. (1977). An Astronomical Re-Appraisal of the Star of Bethlehem-A Nova in 5 BC. Quarterly Journal of the Royal Astronomical Society, 18, 443-449.</div><div><br /></div><div>[6] C. Choi (2020). Jupiter and Saturn’s Great Conjunction Is the Best in 800 Years—Here’s How to See It. <a href="https://www.scientificamerican.com/article/jupiter-and-saturns-great-conjunction-is-the-best-in-800-years-heres-how-to-see-it/">https://www.scientificamerican.com/article/jupiter-and-saturns-great-conjunction-is-the-best-in-800-years-heres-how-to-see-it/</a> </div><div><br /></div><div><div>[7] Ashley Strickland (2020). "Watch for the 'Christmas Star' as Jupiter and Saturn come closer than they have in centuries":</div><div><a href="https://edition.cnn.com/2020/12/16/world/christmas-star-jupiter-saturn-conjunction-scn-trnd/index.html">https://edition.cnn.com/2020/12/16/world/christmas-star-jupiter-saturn-conjunction-scn-trnd/index.html</a></div><div dir="ltr" trbidi="on">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
</div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-62797463068971058812020-12-02T12:33:00.002-03:002020-12-02T12:36:09.288-03:00Alguns eventos astronômicos em 2021<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-6_jzHLyQssk/X8eZJgLKH1I/AAAAAAAANlk/JQfs8r-DKAcU5Zt5CphGWQz6X7a6C9IzwCNcBGAsYHQ/s260/dpedroII.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="260" data-original-width="194" src="https://1.bp.blogspot.com/-6_jzHLyQssk/X8eZJgLKH1I/AAAAAAAANlk/JQfs8r-DKAcU5Zt5CphGWQz6X7a6C9IzwCNcBGAsYHQ/s16000/dpedroII.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">D. Pedro II, patrono da Astronomia no Brasil.<br /></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: right;"><b>Trecho do diário de D. Pedro II em 16 de maio de 1891:</b><i> </i></div><div style="text-align: right;"><i>A 23 haverá eclipse total da lua visível em parte em Paris. </i></div><div style="text-align: right;"><i>Entrada no perímetro da terra às 4h50 da tarde...</i></div><div style="text-align: right;"><i>Grandeza do eclipse 1299 de diâmetro da lua. </i></div><div style="text-align: right;"><i>Como a 23 a lua nasce em Paris às 7:44 da tarde, </i></div><div style="text-align: right;"><i>só se observará o fenômeno no fim,</i></div><div style="text-align: right;"><i> saindo a lua da sombra às 8:26 e da penumbra às 9:31.</i></div><div style="text-align: right;">(Acervo histórico do museu imperial)</div><p></p><p style="text-align: justify;">O ano de 2021 terá alguns eventos astronômicos interessantes como eclipses parciais da lua. Porém, não há ainda previsão de grandes cometas. Quase sempre cometas muito brilhantes são descobertos quando já estão mais próximos do periélio. Vamos torcer para que 2021 nos traga ao menos um. </p><p style="text-align: justify;">Apresentamos abaixo alguns dos principais eventos previstos para cada um dos meses do ano, com destaque para sua observalidade desde o Brasil.</p><p style="text-align: justify;">Detalhes de alguns dos eventos descritos abaixo serão apresentados ao longo de 2021.</p><p><b>Janeiro</b></p><p style="text-align: justify;">Uma conjunção de Saturno e Mercúrio ocorre no dia 9, e Mercúrio está em conjunção com Júpiter no dia 11. O asteroide 14 Irene atinge oposição no dia 14 com mag. 9.3. O cometa C/2019 N1 (Atlas) alcançará máximo brilho (mag. 9.7) no começo do mês. A luna nova (13 de janeiro) não atrapalhará as observações. Máxima elongação oriental de Mercúrio em 24 de janeiro, o que permitirá observar esse planeta ao entardecer. Na verdade, serão vários dias em que o mais próximo planeta do sol poderá ser observado. </p><p><b>Fevereiro</b></p><p style="text-align: justify;">A lua nova ocorre no dia 11 e a cheia no dia 27. Não há previsão de cometas brilhantes, o mais importante deles no mês será o C/2019 N1 (Atlas), com mag. 12, acessível apenas por instrumentos. O pico do chuveiro Alfa Centauridas ocorre em 8 de fevereiro com um máximo de 6 meteoros por hora. No dia 22 ocorre a oposição do asteroide 29 Amfitrite que atingirá mag. 9.7. Uma conjunção da lua e saturno ocorre no dia 10.</p><p><b>Março</b></p><p style="text-align: justify;">Mercúrio atinge a máxima elongação ocidental no dia 6, sendo possível observar esse planeta antes do sol nascer. Júpiter e Mercúrio estão em conjunção no dia 5. A lua nova ocorre no dia 13. Vênus atinge máxima elongação ocidental no dia 20, sendo facilmente observado antes do nascer do sol. Ao telescópio será possível observar facilmente a "meia-lua" do planeta. O cometa 10P/Tempel 2 atinge o periélio no dia 24 atingindo mag. 11. </p><p><b>Abril</b></p><p style="text-align: justify;">A lua nova ocorre em 12 e a cheia em 27. Sem perspectiva de cometas brilhantes. O asteroide 4 Vesta atinge oposição no dia 4, atingindo mag. 6.2. (Ver Fig. 1 para mapa de localização desse asteroide). Haverá uma ocultação de marte pela lua em 17 de abril, que será visível apenas entre a Índia e a Austrália.</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-ofr3y_4L3EU/X8eZ-fbBmWI/AAAAAAAANlw/A-ERwW6sn5MxWjuCGLKTATInfdLBxK-agCNcBGAsYHQ/s1149/Vesta.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="917" data-original-width="1149" height="509" src="https://1.bp.blogspot.com/-ofr3y_4L3EU/X8eZ-fbBmWI/AAAAAAAANlw/A-ERwW6sn5MxWjuCGLKTATInfdLBxK-agCNcBGAsYHQ/w640-h509/Vesta.png" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 1 Mapa da localização em 2021do asteroide Vesta.<br /></td></tr></tbody></table><p><b>Maio</b></p><p style="text-align: justify;">Haverá uma conjunção da lua com Saturno no dia 3 e da lua com Júpiter no dia 4. A lua nova ocorre em 11, o que é relevante para a observação das Eta Aquáridas e Eta Líridas que tem picos neste mês. Esse último chuveiro, para o Brasil não será favorável (taxa horária baixa, ~3 meteoros por hora). Mercúrio atinge máxima elongação oriental em 17. Destaque para uma conjunção de Vênus e Mercúrio poderá ser vista em 29. O cometa mais brilhante do mês será ainda o 10P/Tempel 2, com mag. 11. Há um eclipse total da lua em 26 que será observado no Brasil como <i>eclipse parcial,</i> com a lua se pondo no horizonte ocidental. Em 29, Mercúrio e Vênus estão em conjunção.</p><p><b>Junho</b></p><p style="text-align: justify;">Os cometas do mês são 15P/Finlay (que atinge o perigeu no dia 18) e 7P/Pons-Winnecke ambos com mag. 11. A lua nova ocorre no dia 10, quando um <i>eclipse anular do sol</i> poderá ser visto em regiões setentrionais (como o Canadá, Groenlãncia e Rússia). Esse eclipse não será observado no Brasil. Uma conjunção da lua com Saturno ocorre em 27 e da lua com Júpiter em 28.</p><p><b>Julho</b></p><p style="text-align: justify;">Máxima elongação ocidental de Mercúrio no dia 4. A lua nova ocorre em 9. No dia 7, o cometa 15P/Finlay atinge máximo brilho (mag. 8.5-9). Com a proximidade da lua nova, será uma boa data para observação desse cometa. Há várias conjunções da lua com planetas: com Mercúrio (dia 8), com Vênus (dia 12), com Saturno (dia 24), com Júpiter (dia 25). O asteroide 12 Victoria atinge oposição no dia 30 com mag. 8.8. Nesse dia também ocorre o pico do chuveiro Delta Aquáridas austrais. Em 13, ocorre uma conjunção entre Vênus e Marte, que estarão separados por apenas 29' (um diâmetro da lua cheia).</p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-kaPv1kmmEik/X8ev15_BeUI/AAAAAAAANmI/7LqWjGXXLP4f9aJ0OcdfXo3LxDRDFpqoACNcBGAsYHQ/s424/conjvenusmars12jul21.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="424" src="https://1.bp.blogspot.com/-kaPv1kmmEik/X8ev15_BeUI/AAAAAAAANmI/7LqWjGXXLP4f9aJ0OcdfXo3LxDRDFpqoACNcBGAsYHQ/s16000/conjvenusmars12jul21.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Simulação Stellarium da conjunção de Marte-Vênus-Lua <br />no entardecer do dia 12 de julho de 2021.<br /></td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">Agosto</b></p><p style="text-align: justify;">Saturno atinge oposição no dia 2. A lua nova ocorre no dia 8. Há uma conjunção da lua com Vênus em 11. O máximo das Perseidas ocorrem no dia 12. Júpiter atinge oposição no dia 19. Os cometas mais brilhantes do mês são 8P/Tuttle e 15P/Finlay, ambos com mag. 9.0. O asteroide 89 Júlia atinge oposição no dia 24 com mag. 9.0. A lua cheia ocorrem em 22 e é considerada uma "lua azul". Em 19, ocorre uma conjunção de Mercúrio e Marte que estarão separados por apenas 41.</p><p><b>Setembro</b></p><p style="text-align: justify;">O cometa mais brilhante no mês será o 8P/Tuttle que atingirá mag. 8, sendo visível antes do por do sol. Observações desse cometa são ideais próximos à lua nova, que ocorre no dia 6. Outro cometa previsto para o mês é o 4P/Faye que tem periélio no dia 10. Esse cometa, entretanto, atingirá mag. 10-11. O asteroide 2 Pallas atinge oposição no dia 11 com mag. 8.6 (ver Figura 2). Mercúrio atinge máxima elongação oriental no dia 13. A lua cheia ocorre no dia 20. </p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-jb0yQe8T3pE/X8eiubslIuI/AAAAAAAANl8/2YdX_5cRl204TcDuNFpItpn0pW6btaCuACNcBGAsYHQ/s1736/Pallas.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1736" data-original-width="1149" height="640" src="https://1.bp.blogspot.com/-jb0yQe8T3pE/X8eiubslIuI/AAAAAAAANl8/2YdX_5cRl204TcDuNFpItpn0pW6btaCuACNcBGAsYHQ/w424-h640/Pallas.png" width="424" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Figura 2. Mapa da posição do asteroide Pallas em 2021.</td></tr></tbody></table><p style="text-align: justify;"><b>Outubro</b></p><p style="text-align: justify;">O asteroide 40 Harmonia atinge oposição no dia 1 com mag. 9.5. A lua nova ocorre em 6. O cometa 8P/Tuttle continua visível com mag. 8. Outros cometas de mesmo nível de brilho são 6P/d'Arrest e 67P/Churyumov- Gerasimenko com mag. 9-10. Vênus atinge máxima elongação oriental no dia 29. O planeta é visível por vários dias após o entardecer. A famosa chuva Oriônidas, tem máximo no dia 21 e será prejudicada pela lua cheia que ocorre no dia 20.</p><p style="text-align: justify;"><b>Novembro</b></p><p style="text-align: justify;">A lua nova ocorre no início do mês, dia 4. O cometa mais brilhante deste mês será 67P/Churyumov-Gerasimenko com mag. 8. No dia 5, Urano estará em oposição. O mês anterior e novembro será um período ideal para observar Urano. A lua cheia ocorrem em 19, que também será marcada por um eclipse lunar visível como eclipse parcial no Brasil com a lua se pondo no horizonte ocidental. Esse eclipse será total no oceano pacífico. O pico do chuveiro das Leônidas ocorrem entre 17-18. O asteroide Ceres está em oposição no dia 27 quando atinge mag. 7.2 (ver mapa de sua posição). </p><p style="text-align: justify;"><b>Dezembro</b></p><p style="text-align: justify;">A lua nova ocorre no início do mês, dia 4. A data marca também um <i>eclipse total</i> do sol que será visível apenas da Antártica. Não haverá eclipse em qualquer outra parte do mundo. O cometa mais brilhante deste mês será 67P/Churyumov-Gerasimenko com mag. 9. O asteroide 44 Nysa estará em oposição em 10 quando atingirá mag. 9.1. A lua entra em conjunção com vários planetas: Vênus em 6, Saturno em 8, Júpiter em 9. A lua cheia ocorre em 19. Em 29 ocorre uma conjunção entre Vênus e Mercúrio. O dia 31 é marcado por uma <i>ocultação de Marte</i> pela lua que somente será visível da Antártica. Para outros locais no mundo, o evento será uma conjunção. </p><p style="text-align: justify;"><b>Referências</b></p><p style="text-align: justify;"><a href="https://in-the-sky.org/">https://in-the-sky.org/</a> (mapas dos asteroides)</p><p style="text-align: justify;"><a href="http://www.seasky.org/astronomy/astronomy-calendar-2021.htm">http://www.seasky.org/astronomy/astronomy-calendar-2021.html</a></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-45322153890796430682020-11-16T14:11:00.002-03:002020-11-16T14:11:42.438-03:00Conjunção de Júpiter e Saturno em dezembro de 2020<p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-FTWA2DVv0-k/X7KxKnrNLRI/AAAAAAAANbQ/IwlBIJNEAJYKCb4yuhpYtSrJ21trV0e1gCNcBGAsYHQ/s627/img_201116_conjJupSat.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="352" data-original-width="627" src="https://1.bp.blogspot.com/-FTWA2DVv0-k/X7KxKnrNLRI/AAAAAAAANbQ/IwlBIJNEAJYKCb4yuhpYtSrJ21trV0e1gCNcBGAsYHQ/s16000/img_201116_conjJupSat.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aspecto da conjunção de Júpiter e Saturno em 21/12/2020 como visto por um telescópio de baixo aumento.<br /></td></tr></tbody></table></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: x-large;">J</span>úpiter e Saturno em conjunção em 20-21 de dezembro de 2020, a aproximadamente 6' de arco de distância (1/10 de grau) ou 1/5 do diâmetro da lua cheia. Trata-se de um fenômeno fácil de se observar a vista desarmada e que somente ocorreu nas mesmas condições de aproximação em 1623.</p><p style="text-align: justify;">O melhor horário de observação será depois do pôr do sol, por volta das 19:00 no horário local do observador. O tempo de observação da conjunção após o por do sol é pequeno, com os planetas muito próximos do horizonte ocidental. Assim, a conjunção não será visível por muito tempo nas datas indicadas - a menos que o observador localize o par de planetas durante o dia. </p><p style="text-align: justify;">Júpiter e saturno estarão na constelação do Capricórnio.</p><p style="text-align: justify;">Essa conjunção oferece uma boa oportunidade para fotografar o par de planetas usando uma câmera acoplada a uma teleobjetiva. Deve-se usar máximo ISO e um tempo de exposição que sature os discos dos planetas para registrar os satélites (de Júpiter e Saturno). </p><p style="text-align: justify;">O melhor instrumento para observar essa conjunção é um <u>binóculo</u>.</p><p style="text-align: justify;">Associada à conjunção de dezembro, uma conjunção tripla envolvendo a lua, júpiter e saturno ocorrerá em 19 de novembro de 2020, na ocasião, os planetas estarão ainda bastante afastados. </p><p style="text-align: justify;">Conforme o site earthsky.org, uma conjunção semelhante somente ocorrerá em <b>março de 2080</b>.</p><p><b>Referência</b></p><p>[1] <a href="https://earthsky.org/astronomy-essentials/great-jupiter-saturn-conjunction-dec-21-2020">https://earthsky.org/astronomy-essentials/great-jupiter-saturn-conjunction-dec-21-2020</a> </p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-66948757631598632752020-10-08T11:42:00.004-03:002020-10-08T12:03:02.531-03:00Uma rara monografia sobre Marte por R. R Freitas Mourão<p style="text-align: center;"> <a href="https://1.bp.blogspot.com/-eu7juv_fDws/X3ydNXQy8lI/AAAAAAAANJg/urjTzB2fXNQS6A3qtF9w5KaaUJNS-pLQACNcBGAsYHQ/s537/Mourao.png" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" data-original-height="537" data-original-width="294" height="320" src="https://1.bp.blogspot.com/-eu7juv_fDws/X3ydNXQy8lI/AAAAAAAANJg/urjTzB2fXNQS6A3qtF9w5KaaUJNS-pLQACNcBGAsYHQ/s320/Mourao.png" /></a></p><p style="text-align: justify;"><i>Podemos calcular, portanto, que a observação telescópica nas condições mais favoráveis será um disco - equivalente, em superfície, a 16 luas cheias. O número de detalhes observáveis, então, com um tal aumento será teoricamente imenso. Para o astrônomo, entretanto, ver "tudo o que se pode ver" sobre a superfície de Marte, serão necessárias observações persistentes, noite após noite, no fim das quais seus olhos tornar-se-ão cada vez mais espertos, até que, por fim seja fácil distinguir pormenores superficiais completamente invisíveis no começo.</i> (R. R. de Freitas Mourão, "O Enigma Marciano").</p><div style="text-align: justify;"><a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Ronaldo_Rog%C3%A9rio_de_Freitas_Mour%C3%A3o" target="_blank">Ronaldo Rogério de Freitas Mourão</a> (1935-2014) foi um conhecido astrônomo brasileiro e diretor do Observatório Nacional. Dotado de uma cultura imensa, ele escreveu dezenas de obras relacionando a Astronomia com inúmeros outros temas. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Já escrevemos <a href="http://astronomiapratica.blogspot.com/2014/07/astronomia-brasileira-de-luto.html" target="_blank">aqui</a>, na ocasião de seu falecimento, uma descrição de sua bibliografia. Em nossa biblioteca particular encontramos um livro antigo de nossos pais, a coleção "Ciência Atraente e Recreativa" da década de 50, editada por Ary Maurell Lobo (quinto livro), um interessante ensaio de Mourão, apresentado como aluno do <a href="https://andrews.g12.br/" target="_blank">Colégio Andrews</a> no Rio de Janeiro. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Trata-se do ensaio "<i>O Enígma Marciano</i>" (Fig 1 e ref. 1), na grafia típica da época. Ainda com 21 anos, seu estilo parece não ter se modificado. Isso indica a precocidade de sua personalidade e que a metodologia que ele adotaria para escrever suas obras já estava definida desde muito cedo.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img alt="Página Inicial do Ensaio de Mourão sobre Marte" border="0" data-original-height="418" data-original-width="300" src="https://1.bp.blogspot.com/-724eO3E-aSw/X38JN7eAPLI/AAAAAAAANJw/Hrp6zUeuGssGU8ItcaOryZSfvw5oziH_wCNcBGAsYHQ/s16000/enigmamarte.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1 Página inicial do ensaio de Mourão sobre Marte.<br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O editor da obra, que também era professor de Mourão, afirma na introdução não ter realizado nenhuma alteração no manuscrito original. Embora sem contar com uma lista de referências bibliográficas, o texto é repleto de citações, mostrando que Mourão já tinha, desde muito cedo, acesso a uma grande quantidade de informação sobre a astronomia marciana ou "aerografia". </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">O texto é interessante para historiadores da Astronomia Nacional, porque revela o conhecimento que tínhamos então - na era pré-espacial - sobre Marte. Sua relevância cresce por representar a opinião de um autor nacional - ainda que muito jovem. Assim, pela comparação entre o que sabemos hoje e o texto de Mourão, fazemos ideia do quanto avançamos nesse conhecimento ou não. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Mourão mistura informações de então - colhida de nomes profissionais como <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/G%C3%A9rard_de_Vaucouleurs" target="_blank">G. Vaucouleurs</a> e <a href="https://pt.wikipedia.org/wiki/Gerard_Kuiper" target="_blank">G. Kuiper</a> - com dicas sobre como observar marte, bem como conexões com a mitologia e a história da Astronomia. Na época, sobravam teorias sobre como uma possível vegetação poderia ser responsável pelas alterações de cor e tonalidade observadas na superfície de Marte, todas elas realizadas por meio de telescópios terrestres e sem a ajuda de sondas espaciais. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Exemplos: sobre a descoberta dos satélites de Marte por <a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Asaph_Hall">A. Hall</a>, descreve Mourão:</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="color: #073763;">Em 11 de agosto (1877), Hall, juntamente com a sua secretária (que por sinal era a sua esposa), e, com ele, também se mostrava bastante interessada nessa pesquisa), observa o primeiro satélite de Marte (Deimos). Como nas cinco noites subsequentes não faça bom tempo, no dia 17 é que ele volta a pesquisar as vizinhanças de Marte, encontrando, então, o segundo satélite (Fobos). </span>(p. 161)</blockquote></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="511" data-original-width="310" src="https://1.bp.blogspot.com/-hyN-xmVqN5w/X38Q9m_XhSI/AAAAAAAANJ8/v23elQLOqowcvDAhp45agKfQ3-1Dr2BXACNcBGAsYHQ/s16000/enigmamarte02.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 2 Desenho clássico de Marte e especulações de Mourão <br />na legenda sobre a superfície marciana.<br /></td></tr></tbody></table><br /><div style="text-align: justify;">Especulações da época estão presentes na monografia (Fig. 2), demonstrando as crenças entre astrônomos sobre a dinâmica da superfície de Marte. Um autor muito citado por Mourão é Gérard Henri de Vaucouleurs (1918-1995). Por exemplo:</div><div style="text-align: justify;"><span style="color: #073763;"></span><blockquote><span style="color: #073763;">São tais variações de coloração as que maior interesse despertam, por estarem estreitamente ligadas à existência de uma possível vegetação no planeta. G. Vaucouleurs observou que elas estão relacionadas com a chegada nessas regiões de uma onda de umidade, que se propaga por difusão na atmosfera seca, alternativamente, a partir das regiões polares Norte e Sul ao curso da evaporação vernal dos depósitos de gelo polar. </span>("Manchas Escuras", p. 165)</blockquote></div><div style="text-align: justify;">essa opinião, de fato, fazia sentido na época, pois era natural imaginar que água evaporada ou derretida das calotas polares (que se podia ver apresentavam modificações visíveis de tamanho) poderia "inundar" os desertos ou estepes secas do planeta e fazer crescer a vegetação. Hoje sabemos que parte das calotas polares se derrete e é formada por água, mas opinião mudou desde Mourão sobre a composição das calotas. O fato é que a atmosfera de Marte, sendo muito tênue, não permite esse fenômeno de "difusão de umidade" especulado por Vaucouleurs. </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;">Sobre o aspecto de Marte ao telescópio, Mourão escreve:</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="color: #073763;">Examinado ao telescópio, três quartas partes aproximadamente da superfície de Marte apresentam uma tonalidade rósea ou ocre. Elas são, de um modo geral, bastante monótonas e de grande estabilidade. seu relevo è assaz moderado, pois as deformações observadas atingem no máximo 2 a 3000 metros. Entretanto, algumas vezes, aparecem pequenos pontos brancos em certas partes fixas, que talvez sejam montanhas isoladas, muito altas, capazes de favorecer uma condensação de gelo ou nuvens. Esses pontos esbranquiçados tem sido observados por vários astrônomos, entre eles: Schiaparelli, Jarry-Desloges, Wright, Maggini, Trumpler e Antoniadi. </span>( "Manchas Claras", p. 168)</blockquote></div><div style="text-align: justify;">De fato, tais ideia se confirmaram. A "<i>Nix Olympica</i>", por exemplo, foi identificada mais tarde como o topo de um dos mais elevados vulcões do sistema solar, o "<a href="https://en.wikipedia.org/wiki/Olympus_Mons" target="_blank">Olympus Mons</a>" com 21 km de altitude. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b><a href="Canais de Marte" target="_blank">Canais de Marte</a></b></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Sobre os canais (Fig. 3), Mourão faz um resumo da polêmica ainda existente na época sobre a existência dos canais marciano. </div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="color: #073763;">Foi no histórico ano de 1977 - marco de uma nova aerografia, como muito bem asseverou o grande Flammarion - que, no Observatório de Milão, Giovanni Schiaparrelli observou traços mais ou menos regulares e finos, atravessando as regiões desérticas do planeta. Na denominação destas formações usou Schiaparelli o vocábulo italiano "canali", no seu sentido de origem (traço, linha etc), que, entrentanto, com o tempo - terrível é a deturpação das palavras! - passou a significar canais artificiais. Logo após, em 1886, o mesmo astrônomo relatava, perante a Regia Academia dei Lincei, o curioso fenômeno de "geminazione", por ele observado, em 1881 e 1882, no qual os canais se desdobravam em outros paralelos. </span>(p. 173)</blockquote></div><div style="text-align: justify;">Mourão descreve a controvérsia (ver ref. 3) e divide os nomes de astrônomos em dois times: os que observaram o fenômeno dos canais e os que não conseguiram ver nada. Mourão cita Domingos Costa (1880-1956) como um dos que não conseguiram ver os canais de Marte (ver ref. 2). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="359" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-nPpIUZ3_AsY/X38aGvYaQeI/AAAAAAAANKI/h0bZv3zmFLUO2h5s3P7AnuYsTlJ04_BKACNcBGAsYHQ/s16000/enigmamarte03.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 3 Reprodução do famoso mapa de Schiaparelli dos canais de Marte na monografia de Mourão. <br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">A solução? Segundo Mourão, ela estava na próxima oposição de Marte, que ocorreria no ano da publicação de sua dissertação:</div><div style="text-align: justify;"><blockquote><span style="color: #073763;">Contudo, a grande esperança para a completa elucidação dos canais é a próxima oposição deste ano, em que se utilizará o telescópio de 200 polegadas, de Monte Palomar - que pode fotografar Marte em exposições de um décimo de segundo ou menos - para se obter um número imenso de fotografias (na oposição de 1954, foram tidadas 8.100 fotografias, nos Observatórios de Monte Wilson e Palomar), que permitirão revelar a existência e a estrutura real dos "canais".</span> (p. 174)</blockquote></div><div style="text-align: justify;">Desnecessário dizer que não houve solução alguma pelo telescópio de Palomar. De qualquer forma, na grande oposição de 2020, homenageamos aqui seu autor que, no cenário nacional presente de desencando e desinformação, está fazendo muita falta.</div><div style="text-align: justify;"><b><br /></b></div><div style="text-align: justify;"><b>Referência</b></div><div style="text-align: justify;"><ol><li>R. R. F. Mourão (1956) - "<i>O Enigma Marciano</i>". Ciência Atraente e Recreativa, 5 Livro. p. 157-176. Interessados podem escrever para o autor deste post sobre como obter acesso ao texto integral. </li><li>Sobre Domingos Costa: <a href="http://brasilianafotografica.bn.br/?tag=domingos-fernandes-costa">http://brasilianafotografica.bn.br/?tag=domingos-fernandes-costa</a></li><li>O que aconteceu aos canais de Marte? <a href="http://astronomiapratica.blogspot.com/2015/02/o-que-aconteceu-com-os-canais-de-marte.html">http://astronomiapratica.blogspot.com/2015/02/o-que-aconteceu-com-os-canais-de-marte.html</a></li></ol></div><div><div style="text-align: justify;"><br /></div><p></p></div>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-56438121081497785192020-10-05T13:08:00.004-03:002020-10-08T10:40:27.967-03:00Oposição de Marte em 2020<p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="226" data-original-width="600" height="226" src="https://1.bp.blogspot.com/-1RZ4m2ky3vU/XdG6fG4GVtI/AAAAAAAAK3s/jCryb2qNTyMr-k0NOcf7Uqw2R_tqRedegCPcBGAYYCw/w618-h226/mars2020.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" width="618" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">fig. 1 Diagrama da <a href="http://www.alpo-astronomy.org/jbeish/2020_MARS.htm">ALPO</a> dos principais aspectos da oposição marciana de 2020.</td></tr></tbody></table><p></p><div style="text-align: justify;">Outubro em 2020 é o grande mês da oposição marciana. Este ano, a posição do planeta será favorável a sua observação com diâmetro máximo de 22.6". Como o período orbital deste planeta é aproximadamente o dobro do ano terreno, apenas a cada dois anos temos a oportunidade de observá-lo mais próximo.</div><p><span style="text-align: justify;">Conforme noticiamos <a href="http://astronomiapratica.blogspot.com/2019/12/" target="_blank">aqui</a>, e segundo o comunicado da ALPO</span></p><p><span style="background-color: white; color: #073763; font-family: Georgia, Utopia, "Palatino Linotype", Palatino, serif; font-size: 15.4px; text-align: justify;"></span></p><blockquote style="text-align: justify;"><span style="color: #073763;">A aproximação máxima ocorrerá as 14:19 TU em 6/10/2020, com um disco planetário aparente de 22,6" a uma distância de 0,41 UA ou 62,07 milhões de quilômetros de distância. Durante a máxima aproximação em 2020, o diâmetro de Marte será 1,7" menor que na oposição de 2018, porém, ele estará 31 graus mais alto no céu, o que favorecerá observadores nos hemisférios norte e sul da Terra. Observa-se que a máxima aproximação da Terra com Marte não necessariamente coincide com o tempo de oposição, mas varia num intervalo de até duas semanas.</span></blockquote><p></p><div style="text-align: justify;">Em realidade, o planeta permanecerá visível favoravelmente ao longo de todo o mês de outubro e parte de novembro. A data de máxima aproximação é 6 de outubro, mas sua oposição ocorrerá em 13 de outubro. As datas não coincidem porque o ponto de máxima aproximação não corresponde à posição de sua órbita em que ele se posiciona em "oposição" ao sol em relação à Terra.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na oposição de outubro de 2020, Marte estará na constelação de peixes. Nessa oposição, o <i>hemisfério sul</i> de marte estará em posição mais favorável de observação para a Terra. Por meio de um bom telescópio será possível ver regiões claras e escuras na sua superfície que correspondem a desertos e a regiões onde rocha está exposta. Será possível observar a calota polar sul, que dominará a visão dos polos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para observar o planeta, como já comentado, um telescópio de no mínimo 150 mm de abertura é recomendado. Grandes aberturas (~ 300 mm sob boas condições atmosféricas) podem proporcionar imagens detalhadas de características da superfície do planeta. Com instrumentos menores (p. ex., um refrator de 75 mm de diâmetro), é possível ver marte como uma pequena "bolinha" sem grandes aumentos.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><b>O problema das tempestades de areia</b><br /><br />Como é conhecido, não está garantida uma observação absolutamente límpida dos princiapais detalhes na superfície de Marte, dada a chance de ocorrerem tempestades de areia. <div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: justify;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><img border="0" data-original-height="275" data-original-width="450" src="https://1.bp.blogspot.com/-uWeQn9qHDwM/X3tBoOX1FtI/AAAAAAAANI8/W4tDKqI4ZwYGrwmW0S4OFscN9MSakRSHgCNcBGAsYHQ/s16000/fig01marsopp2020.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;" /></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">fig. 2 Diagrama do aspecto de Marte em sucessivas oposições desde 2016 até 2035. Crédito: Pete Lawrence. </td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para quem perder a oposição de 2020, haverá outra em 2022. O diagrama da fig. 2 mostra o aspecto do planeta e seu tamanho nas diversas oposições desde 2016. A oposição de 2018 foi a mais favorável, com diâmetro de 24.3". A partir de então, Marte reduzirá seu tamanho aparente até 2033 quando uma oposição semelhante à de 2020 ocorrerá. Em particular, a oposição de 2035 será bastante favorável.</div><p style="text-align: justify;"><b>Referência</b></p><p style="text-align: justify;">Revista "Sky at Night". <a href="https://www.skyatnightmagazine.com/">https://www.skyatnightmagazine.com/</a> </p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-73455469956650518852020-08-14T13:29:00.005-03:002020-08-21T07:26:31.780-03:00Novas notícias sobre Betelgeuse<p></p><p style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: black; font-family: "times new roman"; font-size: medium; font-style: normal; font-variant-caps: normal; font-variant-ligatures: normal; font-weight: 400; letter-spacing: normal; orphans: 2; text-align: left; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; widows: 2; word-spacing: 0px;"></p><p></p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="-webkit-text-stroke-width: 0px; font-family: "times new roman"; letter-spacing: normal; margin-left: auto; margin-right: auto; orphans: 2; text-decoration-color: initial; text-decoration-style: initial; text-indent: 0px; text-transform: none; widows: 2; word-spacing: 0px;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-unpfx8kf3_Q/Xza2oo83qaI/AAAAAAAAM7s/YFOYkYxR4gkAQ3xUWD2dcthJl9qjfqb7ACNcBGAsYHQ/s500/betelgeuseExplained.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="214" data-original-width="500" src="https://1.bp.blogspot.com/-unpfx8kf3_Q/Xza2oo83qaI/AAAAAAAAM7s/YFOYkYxR4gkAQ3xUWD2dcthJl9qjfqb7ACNcBGAsYHQ/s0/betelgeuseExplained.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig 1 Representação pictórica da NASA ilustrando como uma nuvem de poeira obscureceu a visão de Betelgeuse. Créditos: NASA/ESA/E. Wheatley (STScI).</td></tr></tbody></table><p><span style="text-align: justify;">O leitor deve se lembrar do mínimo histórico atingido por Betelgeuse no final de 2019. Escrevemos o post "</span><a href="http://astronomiapratica.blogspot.com/2020/01/sera-que-betelgeuse-orionis-vai-explodir.html" style="text-align: justify;" target="_blank">Será que Betelgeuse (α Orionis) vai explodir ?</a><span style="text-align: justify;">" logo no começo deste ano. Nesse texto alertamos para a onda de "catastrofismo" que também assola a Astronomia. A crença é que aquela estrela estava prestes a explodir, o que iluminaria o céu com um segundo sol.</span></p><p style="text-align: justify;">Pois bem, passado mais de meio ano desde a notícia, há novidades sobre o caso. Em um artigo recente, Dupree et al (2020) descrevem algumas conclusões baseadas em análises do telescópio Hubble e uma nova hipótese para a redução de brilho:</p><p><span style="color: #073763;"></span></p><blockquote style="text-align: justify;"><span style="color: #073763;">A supergigante vermelha Betelgeuse (Alpha Orionis, HD 39801) experimentou um esmaecimento visual entre dezembro de 2019 e o primeiro semestre de 2020, alcançando uma mínima histórica entre os dias 7 e 13 de Fevereiro. Durante o período de setembro a novembro de 2019, antes do evento de redução de brilho óptico, a fotosfera expandiu-se. Ao mesmo tempo, espectros ultravioletas com resolução espacial usando o espectrógrafo de imagem do telescópio espacial Hubble revelaram um aumento substancial, no espectro ultravioleta, da linha de emissão de Mg II da cromosfera sobre o hemisfério sul da estrela. Além disso, a temperatura e densidade eletrônica inferidas a partir do diagnóstico espectral da linha CII também aumentaram no hemisfério. Essas mudanças aconteceram antes do grande evento de esmaecimento. Variações nos perfis da linha de Mg II sugerem que material se moveu para fora em resposta à passagem de um pulso ou onda de choque de setembro de 2019 até novembro. Parece que esse fluxo extraordinário de material da estrela, iniciado provavelmente por elementos fotosféricos convectivos, foi aumentado por coincidência com movimento de fluxo de fase da pulsação de 400 dias. Essas observações em ultravioleta parecem fornecer uma conexão entre as grandes células convectivas da fotosfera e o evento de ejeção de massa que se resfriou para formar uma nuvem de poeira sobre o hemisfério sul registrado em dezembro de 2019, e que também resultou no esmaecimento óptico excepcional de Betelgeuse em fevereiro de 2020.</span></blockquote><p></p><p style="text-align: justify;">A Fig. 1 é uma ilustração do Instituto para o Telescópio Espacial que simplifica o resumo do artigo de Dupree et al de 2020 traduzido acima. Ao invés de uma grande contração que reduziria o brilho e seria o prenúncio de uma catástrofe estelar, algo mais simples teria ocorrido. </p><p style="text-align: justify;">Uma gigantesca ejeção de massa como observada no hemisfério sul da estrela já em setembro de 2019 teria coincidido com uma das pulsações "para fora" da estrela gerando uma nuvem de poeira. Por coincidência (alinhamento geométrico), essa nuvem de pó ficou entre a Terra e a estrela, e o que vimos foi o brilho de Betelgeuse se reduzir drasticamente. </p><p style="text-align: justify;">Novas imagens e medidas de brilho de Betelgeuse continuarão ao longo de 2020 tão logo a estrela saia de sua fase de conjunção helíaca. As medidas de brilho, aliadas à observações espectrais, fornecerão uma imagem dinâmica da evolução desses eventos de variação irregular de brilho e auxiliarão a compreensão do mecanismo de evolução de grandes estrelas como Betelgeuse.</p><p><b>Referências</b></p><p></p><ul style="text-align: left;"><li>"<a href="http://astronomiapratica.blogspot.com/2020/01/sera-que-betelgeuse-orionis-vai-explodir.html" target="_blank">NASA telescope uncovers the cause of Betelgeuse's mysterious dimming</a>". Cnet.com (Agosto de 2020)</li><li>Dupree et al (2020). Spatially Resolved Ultraviolet Spectroscopy of the Great Dimming of Betelgeuse. The Astrophysical Journal. <a href="https://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-4357/aba516" target="_blank">https://iopscience.iop.org/article/10.3847/1538-4357/aba516</a></li><li><a href="https://www.nasa.gov/feature/goddard/2020/hubble-finds-that-betelgeuses-mysterious-dimming-is-due-to-a-traumatic-outburst" target="_blank">Hubble Finds That Betelgeuse's Mysterious Dimming Is Due to a Traumatic Outburst</a>. (Agosto de 2020)</li></ul><p></p>Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4127700854094355096.post-80975606481813142522020-08-06T20:52:00.000-03:002020-08-06T20:52:14.678-03:00Ocultação de Marte pela lua em 6 de setembro de 2020 (GMT)<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-xRu6llMu6J8/XisbLdNJJcI/AAAAAAAAMMY/W-7O3SmZ9cQwih5f6kWMo_DMg5cWqC8UwCNcBGAsYHQ/s1600/ocult6sep2020.jpg" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="355" data-original-width="600" src="https://1.bp.blogspot.com/-xRu6llMu6J8/XisbLdNJJcI/AAAAAAAAMMY/W-7O3SmZ9cQwih5f6kWMo_DMg5cWqC8UwCNcBGAsYHQ/s1600/ocult6sep2020.jpg" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Mapa IOTA para a região de observação da ocultação de marte pela lua em 6 de setembro de 2020.</td></tr></tbody></table><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br /><div style="text-align: justify;">Em 6 de setembro de 2020 (GMT), a lua ocultará Marte para boa parte do território nacional como mostra a figura acima. A ocultação também será visível na parte ocidental da América do Sul.</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
Em conformidade com a página da <a href="http://lunar-occultations.com/iota/iotandx.htm">IOTA</a> [1], o desaparecimento de Marte terá início para Brasília/DF, por exemplo, em 6/9/2020 as 2:49 TU (ou 23:49 da <b>hora local do dia 5/9/2020</b>. <font color="#d52c1f">Atenção para as datas</font>!). </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://1.bp.blogspot.com/-SAaU9Jsto5U/XwCiNmREYoI/AAAAAAAAMt8/ZcHabP-l_Sk-07UmvqNxMV1kaHBSD0fRgCK4BGAsYHg/s472/marsoccultation200906.png" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="288" data-original-width="472" src="https://1.bp.blogspot.com/-SAaU9Jsto5U/XwCiNmREYoI/AAAAAAAAMt8/ZcHabP-l_Sk-07UmvqNxMV1kaHBSD0fRgCK4BGAsYHg/d/marsoccultation200906.png" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fig. 1 Aspecto do reaparecimento de marte as 1:05 BRT em 6/9/20 como visto desde Brasília/DF. <br /></td></tr></tbody></table><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Na ocasião, marte brilhará com mag. -1.9 e a lua estará bem alta no céu. Mais interessante do que o desaparecimento, o <i>reaparecimento</i> de marte ocorrerá na parte não iluminada do disco lunar. Para Brasília/DF, o aspecto do reaparecimento de marte é visto na Fig. 1 e ocorrerá próximo de 1:03 do dia 6/9/2020.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Para outras localidades do Brasil consulte [1]. O software Stellarium permite determinar o aspecto da ocultação para qualquer localidade, desde que a posição do observador esteja ajustada corretamente. </div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><b style="text-align: left;">Referências</b></div>
<br />
[1] <a href="http://lunar-occultations.com/iota/planets/0906mars.htm">http://lunar-occultations.com/iota/planets/0906mars.htm</a><br />
<br />
<br /></div>
Ademir Xavierhttp://www.blogger.com/profile/03107983671695146764noreply@blogger.com0